"Substância presente na pimenta malagueta é a chave da descoberta capaz de ajudar dentistas e médicos. Testes começam em três anos
Depois de aplicar o anestésico lidocaína, um dentista pede ao cliente que abra mais a boca para extrair um dente. Mas a dormência impede essa ação. Durante uma cesariana, o obstetra precisa que a gestante controle os movimentos da região pélvica para auxiliar na expulsão do bebê. No entanto, a anestesia peridural elimina instantaneamente a sensação nessa parte do corpo e a deixa paralisada. Criada em 1943 pelos suecos Nils Löfgren e Bengt Lundqvist, a lidocaína conseguiu eliminar a dor, mas impôs algumas limitações ao trabalhador da saúde e a desagradável sensação de perda motora ao paciente. Essas desvantagens podem estar com os dias contados. Cientistas norte-americanos da Escola de Medicina da Universidade de Harvard conseguiram anestesiar ratos de laboratório preservando os movimentos dos membros afetados pela substância.
Em entrevista ao Correio, Bruce Bean — professor de neurobiologia e autor da pesquisa — contou que os testes clínicos em seres humanos devem começar em três anos. Ele e sua equipe injetaram na perna dos roedores a QX-314, molécula derivada da lidocaína, e a capsaicina, uma substância responsável pelo sabor picante da pimenta malagueta. “Pressionamos pequenas cerdas de plástico nos membros do rato, o equivalente a ferir o dedo de uma pessoa com um palito”, explicou. “Quando o animal sente dor, a lidocaína remove qualquer sensação das pernas. Ao utilizarmos a combinação da QX-314 e da capsaicina, os ratos não sofreram paralisia nas pernas e foram capazes de movê-las, apesar de a dor ter sido bloqueada”, acrescentou o pesquisador. O estudo foi publicado hoje na revista científica Nature.
Segredo
O segredo está na atuação da capsaicina sobre a TRPV1, uma proteína existente apenas na membrana dos neurônios sensitivos, células nervosas espalhadas pela pele, músculos e tendões, que têm a função de levar informações ao sistema nervoso central. “Quando a capsaicina se cola à TRPV1, abre canais na própria membrana. A molécula QX-314 entra nos neurônios por esses poros e, lá dentro, detém a atividade elétrica das células nervosas”, relatou Bean. “A QX-314 não consegue invadir os neurônios motores, o que faz com que apenas os sinais de dor sejam bloqueados”, concluiu.
Enquanto discute com anestesiologistas sobre o melhor meio de implementar o conceito em humanos, Bean prevê os próximos passos de sua pesquisa. “Queremos desenvolver substâncias químicas diferentes da capsaicina e da QX-314 sem que elas percam as mesmas características básicas”, comentou. O pesquisador acredita que serão necessários vários anos para que a medicina tenha certeza da segurança do tratamento. Um medo comum é que substâncias alternativas à lidocaína provoquem efeitos colaterais indesejáveis, como choques anafiláticos." in http://www.saude.df.gov.br/003/00301015.asp?ttCD_CHAVE=54674
pósto esta noticia porque a nível do desporto de alto rendimento - como para a sociedade em geral - esta nova técnica/ferramenta medica pode permitir melhorias significativas nas cirurgias tanto como a nível de recuperações mais rápidas e por certo com muito menos efeitos secundários habituais nestas situações. Como também novas técnicas/ferramentas mesmo de cirurgias e tratamentos para varios tipos de doenças através deste novo desenvolvimento cientifico agora conseguido!!!
Depois de aplicar o anestésico lidocaína, um dentista pede ao cliente que abra mais a boca para extrair um dente. Mas a dormência impede essa ação. Durante uma cesariana, o obstetra precisa que a gestante controle os movimentos da região pélvica para auxiliar na expulsão do bebê. No entanto, a anestesia peridural elimina instantaneamente a sensação nessa parte do corpo e a deixa paralisada. Criada em 1943 pelos suecos Nils Löfgren e Bengt Lundqvist, a lidocaína conseguiu eliminar a dor, mas impôs algumas limitações ao trabalhador da saúde e a desagradável sensação de perda motora ao paciente. Essas desvantagens podem estar com os dias contados. Cientistas norte-americanos da Escola de Medicina da Universidade de Harvard conseguiram anestesiar ratos de laboratório preservando os movimentos dos membros afetados pela substância.
Em entrevista ao Correio, Bruce Bean — professor de neurobiologia e autor da pesquisa — contou que os testes clínicos em seres humanos devem começar em três anos. Ele e sua equipe injetaram na perna dos roedores a QX-314, molécula derivada da lidocaína, e a capsaicina, uma substância responsável pelo sabor picante da pimenta malagueta. “Pressionamos pequenas cerdas de plástico nos membros do rato, o equivalente a ferir o dedo de uma pessoa com um palito”, explicou. “Quando o animal sente dor, a lidocaína remove qualquer sensação das pernas. Ao utilizarmos a combinação da QX-314 e da capsaicina, os ratos não sofreram paralisia nas pernas e foram capazes de movê-las, apesar de a dor ter sido bloqueada”, acrescentou o pesquisador. O estudo foi publicado hoje na revista científica Nature.
Segredo
O segredo está na atuação da capsaicina sobre a TRPV1, uma proteína existente apenas na membrana dos neurônios sensitivos, células nervosas espalhadas pela pele, músculos e tendões, que têm a função de levar informações ao sistema nervoso central. “Quando a capsaicina se cola à TRPV1, abre canais na própria membrana. A molécula QX-314 entra nos neurônios por esses poros e, lá dentro, detém a atividade elétrica das células nervosas”, relatou Bean. “A QX-314 não consegue invadir os neurônios motores, o que faz com que apenas os sinais de dor sejam bloqueados”, concluiu.
Enquanto discute com anestesiologistas sobre o melhor meio de implementar o conceito em humanos, Bean prevê os próximos passos de sua pesquisa. “Queremos desenvolver substâncias químicas diferentes da capsaicina e da QX-314 sem que elas percam as mesmas características básicas”, comentou. O pesquisador acredita que serão necessários vários anos para que a medicina tenha certeza da segurança do tratamento. Um medo comum é que substâncias alternativas à lidocaína provoquem efeitos colaterais indesejáveis, como choques anafiláticos." in http://www.saude.df.gov.br/003/00301015.asp?ttCD_CHAVE=54674
pósto esta noticia porque a nível do desporto de alto rendimento - como para a sociedade em geral - esta nova técnica/ferramenta medica pode permitir melhorias significativas nas cirurgias tanto como a nível de recuperações mais rápidas e por certo com muito menos efeitos secundários habituais nestas situações. Como também novas técnicas/ferramentas mesmo de cirurgias e tratamentos para varios tipos de doenças através deste novo desenvolvimento cientifico agora conseguido!!!