O campeonato nacional de futebol não está subvertido só no nome. Para além do arrevesado título de casa de apostas e da crónica diferenciação, promovida a vários níveis, entre “grandes” e pequenos, a nossa competição principal de futebol está cada vez mais abalada por uma sucessão interminável de erros da arbitragem. Não há jornada em que não aconteça uma escandaleira! Podem muitos entendidos alegar que os árbitros estrangeiros também erram. Mas eu desafio-os a fazer uma busca pelos jornais desses países na Internet e verão como, por lá, os motivos de discussão são bem diferentes. Isto ressalvando algumas excepções, como é o caso do Brasil.
Por cá, a meu ver, a questão é muito agravada pelo envolvimento descarado de alguns jornalistas nestas questões, não se coibindo de formular juízos de valor e defendendo, de forma mais ou menos disfarçada este ou aquele clube. Devido talvez ao nosso peculiar complexo de inferioridade, em Portugal sempre tivemos o hábito pedante de imitar tudo o que vem de fora; desde os telhados em bico por causa da neve dos Alpes até aos azulejos que transformam as casas em latrinas viradas do avesso, passando pela distribuição de telemóveis aos pastores, mesmo que não tenham rede, tudo serve para ser imitado, porque o que é estrangeiro é chique. Da mesma forma, no futebol, é cada vez mais nítido que a imprensa desportiva imita a atitude declarada de alguns jornais espanhóis de defender este ou aquele clube. Cada vez mais, os nossos jornais desportivos aparecem como parceiros dos seus “grandes” preferidos.
Esta situação (que até se admitia se os critérios editoriais prescindissem de forma assumida da isenção jornalística) só contribui para acirrar as polémicas em torno da arbitragem.
Os responsáveis pela arbitragem, por sua vez, tentam a todo o custo tapar o sol com a peneira, procurando convencer não sei bem que incautos adeptos, de que tudo vai bem neste reino de brincar. E aparecem-nos na televisão com um argumento francamente risível: “os jogadores também erram”. Na minha opinião é um argumento absolutamente falso e inconcebível. Porque estes senhores esquecem-se que quando o jogador erra, quem é penalizado pelo erro é ele e a sua equipa. Mas quando o árbitro erra, quem é o maior prejudicado?
Depois temos a velha e ignóbil verdade de que “quem não berra não mama”. É uma frase muito feia mas é a mais pura verdade. E quem não tem voz nos ditos “orgãos semi-oficiais” dos clubes, torna-se o alvo fácil, porque os erros passarão sempre mais ou menos despercebidos, como naquele lance em Guimarães em que um golo é validado (talvez) sem que a bola entre na baliza, com um jogador do Braga a ser (talvez) carregado em falta por um adversário que estava (talvez) em fora de jogo.
Fala-se muito em corrupção na arbitragem. Nem sequer vou por aí porque quero acreditar que é só imaginação nossa, dos adeptos. Mas se não há corrupção, pelo menos, existe muita, mas mesmo muita incompetência. E o que é que acontece em Portugal aos árbitros incompetentes? (Talvez) sejam promovidos a internacionais.
Por cá, a meu ver, a questão é muito agravada pelo envolvimento descarado de alguns jornalistas nestas questões, não se coibindo de formular juízos de valor e defendendo, de forma mais ou menos disfarçada este ou aquele clube. Devido talvez ao nosso peculiar complexo de inferioridade, em Portugal sempre tivemos o hábito pedante de imitar tudo o que vem de fora; desde os telhados em bico por causa da neve dos Alpes até aos azulejos que transformam as casas em latrinas viradas do avesso, passando pela distribuição de telemóveis aos pastores, mesmo que não tenham rede, tudo serve para ser imitado, porque o que é estrangeiro é chique. Da mesma forma, no futebol, é cada vez mais nítido que a imprensa desportiva imita a atitude declarada de alguns jornais espanhóis de defender este ou aquele clube. Cada vez mais, os nossos jornais desportivos aparecem como parceiros dos seus “grandes” preferidos.
Esta situação (que até se admitia se os critérios editoriais prescindissem de forma assumida da isenção jornalística) só contribui para acirrar as polémicas em torno da arbitragem.
Os responsáveis pela arbitragem, por sua vez, tentam a todo o custo tapar o sol com a peneira, procurando convencer não sei bem que incautos adeptos, de que tudo vai bem neste reino de brincar. E aparecem-nos na televisão com um argumento francamente risível: “os jogadores também erram”. Na minha opinião é um argumento absolutamente falso e inconcebível. Porque estes senhores esquecem-se que quando o jogador erra, quem é penalizado pelo erro é ele e a sua equipa. Mas quando o árbitro erra, quem é o maior prejudicado?
Depois temos a velha e ignóbil verdade de que “quem não berra não mama”. É uma frase muito feia mas é a mais pura verdade. E quem não tem voz nos ditos “orgãos semi-oficiais” dos clubes, torna-se o alvo fácil, porque os erros passarão sempre mais ou menos despercebidos, como naquele lance em Guimarães em que um golo é validado (talvez) sem que a bola entre na baliza, com um jogador do Braga a ser (talvez) carregado em falta por um adversário que estava (talvez) em fora de jogo.
Fala-se muito em corrupção na arbitragem. Nem sequer vou por aí porque quero acreditar que é só imaginação nossa, dos adeptos. Mas se não há corrupção, pelo menos, existe muita, mas mesmo muita incompetência. E o que é que acontece em Portugal aos árbitros incompetentes? (Talvez) sejam promovidos a internacionais.