Cá estamos nós de regresso, para mais um ano de bola. Bola que tem de ser jogada, mas também falada e escrita, como mandam as regras do bom desportista de bancada e sofá.
Para começar da melhor maneira, vamos falar de jornais (não, desta vez não é para desancar nos jornais desportivos). Quero só chamar a atenção para as manchetes dos últimos tempos. Se pegarmos, por exemplo no Diário de Minho, nas páginas generalistas encontramos coisas como: um homem detido em Famalicão por atear dois fogos a troco de dez euros; uma menina que desapareceu no Algarve, raptada ou coisa pior; sismo devastador na Indonésia; centenas de milhares de mortos no Iraque desde o início da intervenção americana. Por outro lado, nas secções desportivas encontramos temas como: selecção de basquetebol alcança resultados históricos, os “lobos” do rugby conquistam feito histórico; atletismo do SC de Braga alcança terceiro lugar no europeu de estrada; Carlos Dias, treinador de voleibol do SC de Braga considerado treinador do ano.
Há ou não algumas diferenças entre os dois tipos de notícias? É claro que alguns dos caros leitores estarão a pensar: “pois, mas ele está a misturar o desporto com coisas sérias”. Pois, respondo eu, mas a beleza do desporto é precisamente essa: não é coisa séria; é coisa para divertir e não para dar cabo dos nervos e neurónios. Mesmo quando, após um empate justíssimo, o nosso seleccionador de futebol assenta uma lambada num jogador sérvio, mesmo aí, não consigo deixar de rir. Tem a sua piada, sim senhor! Ao fim e ao cabo ninguém se magoou e tivemos mais acção num minuto do que durante todo o jogo.
Outros não menos caros leitores, estarão a cogitar: pois, é tudo muito divertido; vitórias surpreendentes, prémios para bracarenses, “lapadas” em sérvios… mas ele esquece-se por exemplo do Apito Dourado, que também é coisa séria. Pois, respondo eu antes que mudem de página, mas para nós, acima nomeados desportistas de bancada e sofá, esse apito colorido não tem que ser coisa séria. Pelo contrário, até o acho caso muito divertido: pode lá haver melhor chalaça que duas irmãzinhas engalfinhadas daquela forma por causa de uns milhares de euros ganhos à custa de um livro que nenhuma delas escreveu? O tal Apito pode até ser coisa séria; mas que assim o encare quem de direito. Eu não; para coisas sérias já chegam as que a Ministra da Educação me impinge (não é que ela não tenha piada, até tem as suas pilhérias, mas infelizmente não me fazem rir).
Cá por mim, prefiro concentrar-me naquilo que é deveras importante: a carreira do S. C. de Braga. Estamos ainda no início da vindima e daqui até lavarmos os cestos ainda muita uva há-de ser colhida, pisada e espremida. Para já apetece-me apenas salientar um nome que me parece estar a ser menos falado do que merece: Vandinho. Não é brilhante a defender como os nossos centrais; não é brilhante na recuperação de bolas como Madrid; não é brilhante na transição como é o jovem João Pinto; mas é muito bom em tudo isso. É o trabalhador modesto e incansável, o verdadeiro faz-tudo. Quando veio para Braga, chegou acompanhado de Jaime (ambos provenientes do Rio Ave). Mas aquele que trazia o carimbo de “artista” era o Jaime. E agora, quem é a estrela? Vandinho é um “carregador de pianos” que, para deixar tudo em campo, não precisa que ninguém o visite nas cabinas no intervalo dos jogos. Nem precisa de dar entrevistas e conferências de imprensa para ser “craque”.
Para terminar em beleza, os meus parabéns ao Carlos Dias pela justa distinção que acima referi e que muito honra o desporto bracarense.
Para começar da melhor maneira, vamos falar de jornais (não, desta vez não é para desancar nos jornais desportivos). Quero só chamar a atenção para as manchetes dos últimos tempos. Se pegarmos, por exemplo no Diário de Minho, nas páginas generalistas encontramos coisas como: um homem detido em Famalicão por atear dois fogos a troco de dez euros; uma menina que desapareceu no Algarve, raptada ou coisa pior; sismo devastador na Indonésia; centenas de milhares de mortos no Iraque desde o início da intervenção americana. Por outro lado, nas secções desportivas encontramos temas como: selecção de basquetebol alcança resultados históricos, os “lobos” do rugby conquistam feito histórico; atletismo do SC de Braga alcança terceiro lugar no europeu de estrada; Carlos Dias, treinador de voleibol do SC de Braga considerado treinador do ano.
Há ou não algumas diferenças entre os dois tipos de notícias? É claro que alguns dos caros leitores estarão a pensar: “pois, mas ele está a misturar o desporto com coisas sérias”. Pois, respondo eu, mas a beleza do desporto é precisamente essa: não é coisa séria; é coisa para divertir e não para dar cabo dos nervos e neurónios. Mesmo quando, após um empate justíssimo, o nosso seleccionador de futebol assenta uma lambada num jogador sérvio, mesmo aí, não consigo deixar de rir. Tem a sua piada, sim senhor! Ao fim e ao cabo ninguém se magoou e tivemos mais acção num minuto do que durante todo o jogo.
Outros não menos caros leitores, estarão a cogitar: pois, é tudo muito divertido; vitórias surpreendentes, prémios para bracarenses, “lapadas” em sérvios… mas ele esquece-se por exemplo do Apito Dourado, que também é coisa séria. Pois, respondo eu antes que mudem de página, mas para nós, acima nomeados desportistas de bancada e sofá, esse apito colorido não tem que ser coisa séria. Pelo contrário, até o acho caso muito divertido: pode lá haver melhor chalaça que duas irmãzinhas engalfinhadas daquela forma por causa de uns milhares de euros ganhos à custa de um livro que nenhuma delas escreveu? O tal Apito pode até ser coisa séria; mas que assim o encare quem de direito. Eu não; para coisas sérias já chegam as que a Ministra da Educação me impinge (não é que ela não tenha piada, até tem as suas pilhérias, mas infelizmente não me fazem rir).
Cá por mim, prefiro concentrar-me naquilo que é deveras importante: a carreira do S. C. de Braga. Estamos ainda no início da vindima e daqui até lavarmos os cestos ainda muita uva há-de ser colhida, pisada e espremida. Para já apetece-me apenas salientar um nome que me parece estar a ser menos falado do que merece: Vandinho. Não é brilhante a defender como os nossos centrais; não é brilhante na recuperação de bolas como Madrid; não é brilhante na transição como é o jovem João Pinto; mas é muito bom em tudo isso. É o trabalhador modesto e incansável, o verdadeiro faz-tudo. Quando veio para Braga, chegou acompanhado de Jaime (ambos provenientes do Rio Ave). Mas aquele que trazia o carimbo de “artista” era o Jaime. E agora, quem é a estrela? Vandinho é um “carregador de pianos” que, para deixar tudo em campo, não precisa que ninguém o visite nas cabinas no intervalo dos jogos. Nem precisa de dar entrevistas e conferências de imprensa para ser “craque”.
Para terminar em beleza, os meus parabéns ao Carlos Dias pela justa distinção que acima referi e que muito honra o desporto bracarense.