O trágico acontecimento a que assistimos nesta semana fez-nos relembrar outro que ainda não olvidamos.
Vários foram os casos idênticos aos de M. Feher. A proximidade que a televisão nos incute, nos últimos momentos destes desportistas, desperta-nos, ao mesmo tempo, um sentimento de compaixão, revolta e... terror. Isto porque, na minha opinião, enquanto desportistas amadores (ou não), esta realidade parece-nos bastante próxima e receamos a possibilidade de isto nos suceder (a nós próprios - perdoe-se a redundância), ou a alguém ainda mais próximo.
Posto isto, uma questão pertinente tem de ser levantada:
- O que fazer para evitar estas tragédias (uma vez que, indubitavelmente, estes foram jogadores acompanhados diariamente pelos respectivos departamentos médicos, estando, portanto, sujeitos e inúmeros testes e provas físicas)?
Para além disto, e estabelecendo um paralelo com outras mortes trágicas (nestas circunstâncias) de outro desporto - o ciclismo -, repescando igualmente alguns comentários de vários técnicos de saúde aquando da morte do M. Feher, é inevitável lançar outra pergunta, que talvez não vá agradar a todos:
- Estarão estas mortes relacionadas com a utilização de substâncias ilícitas (doping), as quais, como sabemos, comportam estes riscos para o músculo cardíaco?
Consta-se, de fonte segura, que tal facto foi detectado no sangue analisado a M. Feher no hospital de Guimarães. Contudo, (provavelmente devido a pressões 'importantes') o facto foi 'abafado', para "salvaguardar a integridade da imagem do futebolista"... Outros motivos poderão, no entanto, estar por detrás desta camuflagem, como, por exemplo, a quantia do seguro pessoal que protegia o clube sobre qualquer fatalidade que ocorresse com qualquer um dos seus atletas; o bom nome do departamento médico do SLB (o qual, como sabemos, se viu recentemente envolto em várias polémicas de uso de substâncias ilegais: Nuno Assis; ciclistas; e outros atletas).
Resumindo, sendo fruto do acaso, estas mortes enchem-nos de compaixão e revolta. Mas, caso contrário, não seria premente divulgar o uso destas substâncias para, assim, todos nos consciencializarmos dos riscos do consumo das mesmas, bem como dos reais 'culpados' destas tragédias?!
Lanço estas questão para reflexão.