Até gostava que aparecesse mais gente a dizer como jogavam se fossem o treinador. Se correr mal no registo ofensivo é porque entra á campeão, se correr mal por entrar defensivo é porque é borrado sem ambição. Mas nunca sabemos quais eram as opções das vozes mais críticas
Por mim era o mesmo onze do último jogo. Só havendo hipótese de entrar o Djaló ou Bruma se estiverem disponíveis.
Não somos treinadores, nem temos de o ser para poder criticar. Só podes reclamar que a comida que te serviram no restaurante não está boa se tiveres curso de culinária?
Depois muitos já fazem isso, colocam aqui o 11 que jogariam, que não é o mesmo que a tática.
Eu até poderia dizer que entrava com 5 defesas e 2 médios, enquanto não se jogar assim ninguém pode dizer que não funcionaria.
É facil ver se a tática do Artur Jorge resultou ou não. É olhar para o jogo e para o resultado.
No jogo com o benfica mal saiu o 11 houve quem dissesse que parecia demasiado ambicioso. Não foram mais porque muitos já estariam no estádio, outros não queriam agoirar. E foinuma 1a parte muito má. Na segunda com mudança de posicionamento as coisas melhoraram.
Com o Guimarães o jogo foi correndo até aos 75 minutos. Não tivemos tantas oportunidades como normal porque faltavam Banza, Djaló e Bruma. Musrati também anda desaparecido. É óbvio que ofensivamente a equipa vai criar menos.
Mas até aos 75 não há grande reparo a fazer, até porque lá está, não há nada que nos diga que mudando a por b fosse melhor.
Mas a partir dos 75 em que o Guimarães tinha muita dificuldade em fazer onque fosse, apenas numas bolas esporádicas em profundidade o nosso treinador decide extender a passadeira vermelha e convidar los a subirem, em vez de mantermos o que estava a resultar, de continuarmos com a bola no meio campo deles, procurando o buraco para talvez marcar, sem abrir em demasia.
O Guimarães aparece no jogo porque o mandamos vir.
Se tivéssemos só queimado temponnos descontos, ou metido um central tb já nos descontos estando acossados isso seria visto como normal, mas o que aconteceu foram várias decisões sem nexo nenhum, durante um período demasiado longo, que transfiguraram o jogo, e em ultima análise o resultado. Empatar assim ou termos continuado da mesma forma e sofrer um golo exactamente igual pode parecer a mesma coisa mas não é.
Eu sei que há quem se queira fazer desentendido mas AJ foi cagao, mt mesmo, não pelo 11 mas dos 75 para frente.
E é um treinador cagao? Nem ele deve saber o que é. É um treinador extremamente inconstante pois muda a forma de jogar constantemente sobretudo nestes jogos de maior dificuldade (ora vai de peito aberto ora tudo na retranca). Dá ideia de andar ao sabor das críticas e mais do que focar se na estratégia como meio de vencer o jogo, pensa em afastar se de rótulos.
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Com o Benfica, na segunda parte jogou-se muito melhor, e o 11 era similar (não me parece que trocar Zalazar por A. Horta seja diferente no que toca a ser mais ou menos ofensivo), por isso essa crítica não funciona bem aqui.
Contra o Vitória, tu dizes que até aos 75 não há grande reparo a fazer, mas muita gente aqui (eu diria a maioria) discorda de ti, e é para esses que o JoaoPC está a falar.
Eu percebo o que tu dizes, e é um facto que o Vitória se instala no nosso meio-campo porque nós deixámos. A questão é que tu achas que isso foi mal feito, eu não tenho assim tanta certeza. Eles vieram para jogar no contra-ataque e a aproveitar a lentidão dos nossos centrais. Nós protegemo-nos disso e "demo-lhes" a bola a dizer "agora quero ver se conseguem fazer alguma coisa com ela". E a verdade é que, nesse período, as melhores oportunidades foram nossas, porque eles não se sentem confortáveis a jogar tão subidos, e deram-nos espaço. E nós só nos encostamos atrás a partir dos 75/80min, ao contrário do que alguns disseram. A minha grande crítica é que usámos os jogadores errados para adoptar essa estratégia que, para mim, fazia sentido. Pôr o Pizzi e o A. Horta denuncia vontade de ter bola e guardá-la, mas não foi nada disso que se viu.
Eu entendo perfeitamente que achem que isto é ser "medroso", mas para mim há jogos em que isto é inteligente. Se o teu adversário está formatado para jogar baixo e com ataques rápidos a aproveitar erros teus, dar-lhes a bola e pouco espaço é o pior que lhes podes fazer. Por algum motivo a maior dificuldade que uma equipa de futebol tem, ofensivamente, é a de "desmontar autocarros". Por isso que o Sporting se viu grego para ganhar ao Portimonense, mas goleou com facilidade o Estoril. Ouvi o Tomás da Cunha dizer, e com razão, que um adversário mais forte não é necessariamente um adversário mais difícil. E o Braga, a meu ver, quis ser cínico e deixar o Vitória desconfortável. E a verdade é que conseguiu deixá-los à nora durante vários minutos e criar várias oportunidades para fazer o 2º. Acho que será consensual dizer que tivemos mais oportunidades com 1-0 do que com 0-0, e penso que esse era o objetivo. Aos 80min continuar a tentar jogar subido e em posse, deixando descobertas as costas do Serdar e do Fonte, seria fazer aquilo que muitas vezes por aqui temos criticado, e que muitos golos nos tem custado.
Se me falares das duas paragens de substituição ou do Matheus no chão, isso já acho ridículo, mas acho que foi por ser no jogo que foi, mesmo para espicaçar o adversário. Correu-nos mal, e o treinador tem claramente culpas. Daí ao "escabeche" que por aqui se faz a cada jogo que passa, mesmo quando ganhámos, acho demasiado. E neste eu percebo que o melão teve influência, mas ainda assim.
Já agora, e porque vi a tua "provocaçãozinha" sobre o Real noutro sítio: fui eu que falei do Real em Braga, e não vejo a diferença... O Real em Braga baixou voluntariamente as linhas para defender, e fartou-se de perder tempo nos minutos finais. Onde é que isso é radicalmente diferente do que nós fizemos no sábado? A diferença é que eles concederam-nos mais oportunidades do que nós no sábado e, acima de tudo, que eles não sofreram e nós sofremos.