Sem saber os detalhes do negócio (quem sabe? Provavelmente só os envolvidos), parece-me que o Salvador está a mostrar a habitual habilidade para os negócios, mesmo que usando a também habitual pouca ética.
Ao Braga não interessa vender o jogador, pois perderá o melhor jogador e, provavelmente pouco ganhará em termos financeiros. Sabendo disto, o Salvador terá pensado: eu, se vender, terei de para uma pipa de massa ao Málaga e ficarei sem o jogador. Por outro lado, se não vender, ficarei com o jogador e nada terei de pagar. Mas o jogador quer ir e, então, tenho de ganhar uma boa maquia. Portanto, vou ficar com quase todo o dinheiro e dou uns trocos ao Málaga. Eles ou aceitam, ou não vendo e ficam com nada. Assim, fico sempre a ganhar: ou o jogador fica e é bom para a equipa, ou ganho bom dinheiro. E o Málaga que pode fazer? Pouco. Se aceita os trocos, não pode reclamar depois. Se o negócio não se fizer, não tem nada a receber, pelo que também não pode reclamar.
Penso que a coisa deverá ser mais ou menos assim. Pouco ético, mas a dominar por completo a negociação.
O problema é se há aí por trás algumas cláusulas extra que o possa entalar.