VersãoAmorim trouxe novidades e ´chapa 7´ Texto por Mário Rui Mateus
Que arranque para Rúben Amorim! O novo técnico do SC Braga, que teve no adjunto Micael Sequeira a sua voz de comando, estreou-se na Liga NOS com uma goleada categórica por 1x7 na deslocação ao terreno do Belenenses SAD, resultado que permite a ascensão provisória ao sexto lugar.
As grandes notas de destaque da partida foram para o sistema de três centrais dos bracarenses, composto por Vítor Tormena, Bruno Viana e pelo regressado Raúl Silva, que teve Ricardo Esgaio e Nuno Sequeira nas alas. Já os azuis, tal como tem sido hábito, também se apresentaram com três centrais.
Cheios de pica! Desde cedo que as turmas de Pedro Ribeiro e Rúben Amorim apresentaram um futebol positivo, procurando sair a jogar a partir da defesa e recorrendo aos apoios. Contudo, neste duelo de ideias semelhantes, houve semelhanças e os guerreiros cedo as vincaram. Numa boa jogada de entendimento, Paulinho combinou com Ricardo Horta (8') e este rematou cruzado para o tento inaugural. O Belenenses SAD respondeu bem, só que no meio de tanta aflição, Vítor Tormena e Matheus Magalhães impediram o empate.
Passado o susto, os forasteiros estabilizaram, subiram as linhas e protagonizaram uma pressão alta que se revelou frutífera. Num desses lances, Nuno Sequeira antecipou-se a Silvestre Varela e tirou um cruzamento rasteiro com régua e esquadro, que Francisco Trincão (19') só teve de transformar em golo. O SC Braga estava confiante e num lance que começou com uma boa antecipação de Raúl Silva, Paulinho voltou a oferecer mais um tento ao letal Ricardo Horta (22').
O jogo só dava Braga, que fazia o queria no meio-campo azul: ora variava facilmente o jogo de flanco com passes longos, ora construía pela zona central. No entanto, Silvestre Varela (32') contrariou esta corrente e sacou de um belo remate, reduzindo para 1x3. Apesar do golo encaixado, a sede minhota não foi satisfeita e João Palhinha (45'), bem servido por Ricardo Horta, atirou na passada para o quinto golo da tarde-noite.
Minhotos insaciáveis Apesar do setor defensivo bem preenchido, os homens da casa sofreram quatro golos, o que levou Pedro Ribeiro a alterar a sua estratégia (saiu o central Gonçalo Silva e entrou o avançado Robinho). No entanto, as transições defensivas continuaram a ser um problema e o emblema bracarense chegou ao 1x5: ataque rápido, com Ricardo Esgaio a cruzar para o golo fácil de Paulinho (48').
O cronómetro avançou e o resultado registado cedo fez prever o desfecho do encontro, por isso não foi e estranhar o abrandamento do ritmo. Sempre com mais bola, o Braga esteve perto de fazer balançar as redes azuis pela sexta vez, só que Hervé Koffi negou o golo a Francisco Trincão, que desenhou um belo lance individual.
À entrada do último quarto de hora, Robinho desentendeu-se com o árbitro Tiago Martins (uma pequena palmada da mão do juiz) e foi expulso. Se já era complicado com 11 jogadores, com menos um a tarefa do Belenenses SAD tornou-se impossível e para agravar a situação, os visitantes voltaram a marcar mais duas vezes antes do apito final, ambas pelo recém-entrado Rui Fonte (84' e 91'): primeiro após mais um bom cruzamento de Ricardo Esgaio e depois aproveitando uma má saída de Hervé Koffi.
Sete golos marcados num só jogo não acontecem com regularidade, ainda para mais numa estreia, que Rúben Amorim certamente não vai esquecer...
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