Estive em Vila do Conde e sei o que se passou. Vi uma equipa a bater-se do primeiro até ao último minuto. Até vencemos depois dos 90'. Nem sempre bem, é certo. Aplaudi e os jogadores aplaudiram os adeptos. Como já disse noutro post, só não fizeram a saudação final que era costume fazer. E teriam razões para isso.
Aquilo que se passou em Setúbal foi uma atitude indigna para os jogadores, para a equipa, para os adeptos que estavam na bancada a aplaudir e para o Sporting Clube de Braga. Foi uma "bela" imagem, não há dúvida. Podem estar orgulhosos. Vou a todos os jogos em casa e à maior parte dos jogos fora, incluindo, este ano, a Portimão. Não fui a Setúbal, mas, se tivesse ido, teria aplaudido a nossa equipa, claro. Bateram-se até à exaustão e estavam felizes pela vitória. Foram profissionais sérios. E foram maltratados.
Há uma sucessão de acontecimentos muito preocupantes que estão a criar um ambiente insustentável para a nossa equipa. Está a lutar, contra tudo e contra todos, por um lugar no pódio.
Quanto à saudação a todo o comprimento do campo, no final do jogo com o Guimarães, só tenho que a aplaudir. Foi bonito de ver. No estádio e na televisão. Permitiu que muito mais gente na Nascente e, sobretudo, na Poente pudesse participar na saudação final. É que na Poente, p.e., é preciso esperar 5/6/7 minutos para que os irredutíveis, como eu, possam fazer a saudação. Espero que o repitam no jogo com o Porto, sinal de que teremos jogado bem e/ou porque tivemos um bom resultado.
Quanto à falta de apoio por parte de outros adeptos, comecem por olhar para dentro. Até vos reconheço a liderança no apoio. A maioria dos adeptos não conhece a maior parte dos cânticos. Na Poente, e no local onde fico, e até sou dos empenhados, não consigo perceber, a maior parte das vezes, o que estão a cantar. Isso não acontece quando optam pelos incentivos simples, pelos mais populares ( há três ou quatro excelentes, diria mesmo, magníficos), pelo básico "Braga", em último recurso, entre bancadas, que quebra a tensão, dá um safanão na monotonia, faz participar os mais tímidos e menos intervenientes e, ao mesmo tempo, dá um sinal forte aos jogadores dentro do campo. Para os jogos grandes, se não se reinventarem, estamos liquidados em termos de apoio. Percebam os momentos do jogo e entendam o que os outro adeptos são capazes de dar. Ou ficarão isolados.
O que fizeram as claques em Setúbal foi uma vergonha e não há nada que o justifique.
Sobre o jogo, que devia ser o mais importante, depois da cena, nem dá vontade de dizer nada.