Guerreiros agarram-se à liderança à boleia de um Dyego muito inspirado
Ricardo Anselmo
Avançado brasileiro marcou os dois golos com que o SC Braga derrotou o V. Setúbal (2-0). Guerreiros dominaram quase sempre, mas terminaram a partida com o credo na boca. Minhotos colam-se ao FC Porto na liderança e apimentam duelo do próximo sábado.
O SC Braga voltou ao primeiro lugar depois de ontem ter batido o V. Setúbal por 2-1, com dois golos de Dyego Sousa, que foi o melhor em campo. Os Guerreiros do Minho tiveram o jogo sempre controlado e até poderiam ter marcado mais golos, mas desperdiçaram algumas oportunidades e acabaram o jogo a defender com unhas e dentes a baliza à guarda de Tiago Sá, num forcing final da equipa sadina, que vendeu cara a derrota.
O primeiro sinal de perigo chegou dos pés de Fransérgio, logo no primeiro minuto e, à passagem do quarto de hora, Sequeira, na cobrança de um livre directo, atirou pouco ao lado da baliza de Joel Pereira. Era apenas o aviso para o que haveria de suceder logo a seguir, quando Marcelo Goiano iniciou uma corrida com bola ainda antes do seu meio-campo para, à entrada da área, tirar um cruzamento milimétrico para a cabeça do matador Dyego, que enganou o guardião setubalense e antecipou-se à sua saída da baliza. Estava feito, na ótica dos bracarenses, o mais difícil, mas o V. Setúbal conseguiu responder logo a seguir...da mesma moeda.
Éber Bessa tabelou com Cádiz dentro da área minhota e, com a defesa arsenalista a ver jogar, coube ao brasileiro atirar a contar perante um desamparado Tiago Sá que, mesmo assim, ainda tocou no esférico.
O jogo estava electrizante e, dois minutos volvidos, Fábio Martins (uma novidade no onze escalado por Abel Ferreira, à imagem de Fransérgio e Paulinho em relação ao último compromisso para o campeonato, com o Vitória SC) descaído sobre a esquerda, fez o movimento que mais se lhe reconhece, ou seja, puxou para o meio antes de rematar em jeito na tentativa de fazer um golo de levantar o estádio. Ficaram, no entanto, as boas intenções.
O SC Braga ia carregando na tentativa de sair para o intervalo em vantagem e, para isso, muito contribuiu o inevitável Dyego Sousa, que fareja o golo como poucos. Em mais um movimento digno de um excelente ponta-de-lança, Dyego trocou as voltas ao central sadino que o estava a marcar e, depois de um cruzamento com laço enfeitado de Ricardo Esgaio, foi só empurrar para a baliza de Joel Pereira.
O V. Setúbal surgiu revigorado na etapa complementar e subiu ao relvado pronto a reescrever a história do jogo. Éber Bessa e Cádiz deram os primeiros avisos, mas Tiago Sá, que primeiro ia dando uma abébia, acabou por se redimir e evitar o empate. Do outro lado, Goiano, numa parceria com Paulinho e Esgaio, sacudiu um pouco a pressão, com um remate que foi parar às malhas laterais.
A ordem era para cerrar fileira porque, mais importante que aumentar a vantagem era, sobretudo, não sofrer o empate.
Paulinho deu o lugar a João Palhinha com o intuito de reforçar o meio-campo para os minutos finais. Não se livraram de uns sustos, mas o Guerreiros lideram.
“Cá fora perdemos a calma, mas lá dentro foram extraordinários”
Pelo segundo jogo consecutivo em casa, para o campeonato, Abel Ferreira terminou expulso, fruto de maior exaltação nos últimos minutos da partida. Como tal, coube a João Martins a análise às incidência do desafio, que não se escudou a reconhecer alguns excessos na parte final do encontro com os sadinos. “Nesta liga é muito difícil ganhar um jogo com calma, as equipas criam muitas dificuldades, nos minutos finais uma distracção poderia ser fatal. Cá fora perdemos um pouco a calma, mas lá dentro eles foram extraordinários, isso é que é importante”, reconheceu.
Quanto ao jogo propriamente dito, e tendo em conta as dificuldades que os Guerreiros do Minho encontraram ao longo dos noventa minutos, João Martins assegurou que não era nada de que já não estivesse à espera. “Sabíamos que ia ser difícil, o Setúbal é uma equipa aguerrida, que cria muitas dificuldades. Conseguimos ser pacientes e fazer dois golos. Tivemos um percalço ao sofrer um golo, mas isso faz parte. Somamos três pontos, que é o mais importante”, reconheceu.
Abel acabou por promover algumas alterações no onze inicial, mas a equipa deu uma boa resposta, o que se explica pelo compromisso que todos têm em torno do objectivo que norteia o grupo. “Todos têm trabalhado muito bem, todos contam e hoje foi uma prova de que os que entraram acrescentaram. Contamos com todos e as coisas correram bem”, disse.
O próximo jogo do SC Braga é no Estádio do Dragão, com o FC Porto, mas João Martins descarta o carácter decisivo que esse jogo possa encerrar. “Não serve de nada ganharmos na próxima jornada se depois não dermos continuidade. Isto é uma maratona”, finalizou.
Correio do Minho
Ricardo Anselmo
Avançado brasileiro marcou os dois golos com que o SC Braga derrotou o V. Setúbal (2-0). Guerreiros dominaram quase sempre, mas terminaram a partida com o credo na boca. Minhotos colam-se ao FC Porto na liderança e apimentam duelo do próximo sábado.
O SC Braga voltou ao primeiro lugar depois de ontem ter batido o V. Setúbal por 2-1, com dois golos de Dyego Sousa, que foi o melhor em campo. Os Guerreiros do Minho tiveram o jogo sempre controlado e até poderiam ter marcado mais golos, mas desperdiçaram algumas oportunidades e acabaram o jogo a defender com unhas e dentes a baliza à guarda de Tiago Sá, num forcing final da equipa sadina, que vendeu cara a derrota.
O primeiro sinal de perigo chegou dos pés de Fransérgio, logo no primeiro minuto e, à passagem do quarto de hora, Sequeira, na cobrança de um livre directo, atirou pouco ao lado da baliza de Joel Pereira. Era apenas o aviso para o que haveria de suceder logo a seguir, quando Marcelo Goiano iniciou uma corrida com bola ainda antes do seu meio-campo para, à entrada da área, tirar um cruzamento milimétrico para a cabeça do matador Dyego, que enganou o guardião setubalense e antecipou-se à sua saída da baliza. Estava feito, na ótica dos bracarenses, o mais difícil, mas o V. Setúbal conseguiu responder logo a seguir...da mesma moeda.
Éber Bessa tabelou com Cádiz dentro da área minhota e, com a defesa arsenalista a ver jogar, coube ao brasileiro atirar a contar perante um desamparado Tiago Sá que, mesmo assim, ainda tocou no esférico.
O jogo estava electrizante e, dois minutos volvidos, Fábio Martins (uma novidade no onze escalado por Abel Ferreira, à imagem de Fransérgio e Paulinho em relação ao último compromisso para o campeonato, com o Vitória SC) descaído sobre a esquerda, fez o movimento que mais se lhe reconhece, ou seja, puxou para o meio antes de rematar em jeito na tentativa de fazer um golo de levantar o estádio. Ficaram, no entanto, as boas intenções.
O SC Braga ia carregando na tentativa de sair para o intervalo em vantagem e, para isso, muito contribuiu o inevitável Dyego Sousa, que fareja o golo como poucos. Em mais um movimento digno de um excelente ponta-de-lança, Dyego trocou as voltas ao central sadino que o estava a marcar e, depois de um cruzamento com laço enfeitado de Ricardo Esgaio, foi só empurrar para a baliza de Joel Pereira.
O V. Setúbal surgiu revigorado na etapa complementar e subiu ao relvado pronto a reescrever a história do jogo. Éber Bessa e Cádiz deram os primeiros avisos, mas Tiago Sá, que primeiro ia dando uma abébia, acabou por se redimir e evitar o empate. Do outro lado, Goiano, numa parceria com Paulinho e Esgaio, sacudiu um pouco a pressão, com um remate que foi parar às malhas laterais.
A ordem era para cerrar fileira porque, mais importante que aumentar a vantagem era, sobretudo, não sofrer o empate.
Paulinho deu o lugar a João Palhinha com o intuito de reforçar o meio-campo para os minutos finais. Não se livraram de uns sustos, mas o Guerreiros lideram.
“Cá fora perdemos a calma, mas lá dentro foram extraordinários”
Pelo segundo jogo consecutivo em casa, para o campeonato, Abel Ferreira terminou expulso, fruto de maior exaltação nos últimos minutos da partida. Como tal, coube a João Martins a análise às incidência do desafio, que não se escudou a reconhecer alguns excessos na parte final do encontro com os sadinos. “Nesta liga é muito difícil ganhar um jogo com calma, as equipas criam muitas dificuldades, nos minutos finais uma distracção poderia ser fatal. Cá fora perdemos um pouco a calma, mas lá dentro eles foram extraordinários, isso é que é importante”, reconheceu.
Quanto ao jogo propriamente dito, e tendo em conta as dificuldades que os Guerreiros do Minho encontraram ao longo dos noventa minutos, João Martins assegurou que não era nada de que já não estivesse à espera. “Sabíamos que ia ser difícil, o Setúbal é uma equipa aguerrida, que cria muitas dificuldades. Conseguimos ser pacientes e fazer dois golos. Tivemos um percalço ao sofrer um golo, mas isso faz parte. Somamos três pontos, que é o mais importante”, reconheceu.
Abel acabou por promover algumas alterações no onze inicial, mas a equipa deu uma boa resposta, o que se explica pelo compromisso que todos têm em torno do objectivo que norteia o grupo. “Todos têm trabalhado muito bem, todos contam e hoje foi uma prova de que os que entraram acrescentaram. Contamos com todos e as coisas correram bem”, disse.
O próximo jogo do SC Braga é no Estádio do Dragão, com o FC Porto, mas João Martins descarta o carácter decisivo que esse jogo possa encerrar. “Não serve de nada ganharmos na próxima jornada se depois não dermos continuidade. Isto é uma maratona”, finalizou.
Correio do Minho