O Escadote
O Escadote
10 h ·
𝗔 𝗦𝗔𝗗 𝗱𝗼 𝗦𝗽𝗼𝗿𝘁𝗶𝗻𝗴 𝗖𝗹𝘂𝗯𝗲 𝗱𝗲 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮: 𝗔𝘀 𝗮çõ𝗲𝘀 𝗱𝗮 𝗖â𝗺𝗮𝗿𝗮 𝗠𝘂𝗻𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗹, 𝗼 𝘁𝗮𝗹 𝗳𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝗶𝗻𝘃𝗲𝘀𝘁𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 …𝗲 𝘂𝗺𝗮 𝗼𝗽𝗼𝗿𝘁𝘂𝗻𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 ú𝗻𝗶𝗰𝗮 𝗱𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗱𝗶ç𝗮𝗱𝗮
Hoje voltaremos a abordar o tema da SAD do SC Braga, nomeadamente o processo de venda das ações da Câmara Municipal.
Convidamos desde já os nossos leitores a consultar os primeiros dois artigos onde abordamos esta temática:
𝟭) 𝗘𝗻𝗾𝘂𝗮𝗱𝗿𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗵𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗰𝗼 𝗲 𝗹𝗲𝗴𝗮𝗹 𝗱𝗮𝘀 𝗦𝗔𝗗𝘀/𝗦𝗗𝗨𝗤𝘀 -
https://bit.ly/2ZuabTD𝟮) 𝗔 𝗦𝗔𝗗 𝗱𝗼 𝗦𝗖 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮: 𝗮 𝗰𝗿𝗶𝗮çã𝗼 𝗲 𝗮 𝗲𝘃𝗼𝗹𝘂çã𝗼 𝗱𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗿𝘂𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗶𝘀𝘁𝗮 -
https://bit.ly/3iSdTwJComecemos por frisar que a participação da Câmara Municipal na SAD do clube apresentou desde sempre um fim estratégico: proteger e defender os interesses de um dos maiores embaixadores da cidade de Braga – O Sporting Clube de Braga – através de uma maioria conjunta (Clube + Câmara) no capital da SAD do clube (visto que em 1998 e à data da criação da SAD, o clube fundador apenas poderia deter uma participação máxima de 40% - limite legal esse que atualmente já não existe).
Esta participação na SAD do Clube (17.14%), custou aos cofres do município 1 milhão de euros (200 mil ações, 5 euros/ação). Em Novembro de 2016, foram vendidas em hasta publica ao preço de 200 mil euros: por cada ação vendida registou-se uma perda de 4 euros para a cidade.
A equipa do Escadote acredita que se perdeu aqui uma oportunidade única de o clube assumir uma posição maioritária na SAD. Todo o processo de venda revelou uma clara falta de transparência, objetividade e bom senso das várias partes envolvidas. Questões que gostaríamos de ver esclarecidas visto que neste momento ainda não temos respostas para as mesmas:
𝟭. 𝗤𝘂𝗲 𝗺𝗼𝘁𝗶𝘃𝗼 𝗹𝗲𝘃𝗼𝘂 𝗼 𝗰𝗹𝘂𝗯𝗲 𝗮 𝗻ã𝗼 𝗮𝘃𝗮𝗻ç𝗮𝗿 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗿𝗮 𝗱𝗮𝘀 𝗮çõ𝗲𝘀 𝗱𝗮 𝗖𝗮𝗺𝗮𝗿𝗮 𝗠𝘂𝗻𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗹? 𝗣𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗿𝗮𝘇ã𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗮𝘀𝘀𝗲𝗺𝗯𝗹𝗲𝗶𝗮-𝗴𝗲𝗿𝗮𝗹 𝗲𝘅𝘁𝗿𝗮𝗼𝗿𝗱𝗶𝗻á𝗿𝗶𝗮 𝗻𝘂𝗻𝗰𝗮 𝘀𝗲 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗶𝘇𝗼𝘂?
1.1 Em Marco de 2015, António Salvador informou que iria pedir uma assembleia-geral extraordinária para os sócios aprovarem a compra das ações da Câmara (mais info aqui:
https://bit.ly/2WfG28t). Esta assembleia nunca se realizou.
𝟮. 𝗔𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗶𝗰í𝗽𝗶𝗼 𝗰𝗼𝗹𝗼𝗰𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗮 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗶𝗻𝘁𝗲 𝗾𝘂𝗲𝘀𝘁ã𝗼: 𝗰𝗵𝗲𝗴𝗼𝘂 𝗮 𝘀𝗲𝗿 𝗲𝗾𝘂𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗱𝗮 𝗮 𝗱𝗼𝗮çã𝗼 𝗱𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮çã𝗼 𝗮𝗼 𝗰𝗹𝘂𝗯𝗲 𝗼𝘂 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝘂𝗺𝗮 𝘃𝗲𝗻𝗱𝗮 𝗱𝗶𝗿𝗲𝘁𝗮 𝗱𝗮𝘀 𝗮çõ𝗲𝘀 𝗮𝗼 𝗦𝗖 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮?Que estudo foi feito para definir o valor mínimo de 1 euro por ação? Este valor estipulado pela Câmara (17% do capital vendido por 200 mil euros), fez uma avaliação direta de 100% do capital da SAD do clube de cerca 1.176 milhões de euros. Será este o valor real e de mercado desta sociedade?
2.1 Em comunicado (ver carta enviada pelo Presidente do Município ao Presidente do Conselho de Administração da SC Braga Futebol SAD), verificamos a existência de várias reuniões entre a SAD e a Câmara Municipal para discutir este processo. Que assuntos foram discutidos nestas reuniões? Existiram ou não conversações para que a participação da Câmara na SAD fosse doada/adquirida ao/pelo clube? E se existiram, quais os motivos para tal não ter acontecido?
Ainda recentemente tivemos o caso da Câmara Municipal de Setúbal que estrategicamente e bem, doou 8% do capital da SAD ao Vitoria Futebol Clube. Provando-se assim ser uma solução viável e legal que podia perfeitamente ter sido aplicada ao caso do Sporting Clube de Braga.
Existiam outras alternativas mas devido à inércia ou falta de vontade da direção do clube, perdeu-se uma oportunidade única para recuperar a maioria do capital na SAD. Relembramos que esta posição detida pela câmara municipal foi vendida por uns meros 200 mil euros. Um negócio duplamente trágico para todos os bracarenses: financeiramente ruinoso para os cofres da câmara municipal e uma oportunidade única desperdiçada para o clube recuperar o controlo da sua SAD…por 200 mil euros.
Nos próximos dias voltaremos a abordar este processo de venda acrescentando mais alguns detalhes. Convidamos desde já os nossos leitores a deixar as suas opiniões na zona de comentários.