Temos de aproveitar o "elan" que se criou com o jogo do Dragão, em que foi evidente a simbiose entre equipa e adeptos, para catapultar a equipa para um patamar de competitividade superior.
A equipa tem de sentir que, jogue bem ou mal, terá sempre uma mole humana disposta a dar-lhe suporte. Porque o futebol não vive apenas de horas boas. As horas más existem, são uma realidade pela qual passam todos os clubes, e têm de ser ultrapassadas em conjunto.
Quando os adeptos, embora exigentes, se predispõem a apoiar, fica a equipa mais próxima das boas exibições e, por isso, dos bons resultados.
Apoio como o que sentiu no Dragão é apoio que será rapidamente esquecido, até pela nada isenta imprensa portuguesa, se não lhe for dada sequência no jogo de quinta-feira.
Se, com esta chamada de adeptos, com estas promoções, realizando-se o jogo em dia de feriado, não conseguimos levar, pelo menos, 20 mil pessoas (como levamos, por exemplo, no ano passado), não podemos exigir da equipa mais do que aquilo que temos exigido.
Paralelamente à exigência para com equipa e treinador, temos de aprender a exigir de nós mesmos. Porque ser adepto, ser sócio, não se esgota no pagamento de quotas e cadeira; ser adepto é ser capaz de apoiar, ainda que também de exigir, mesmo quando tudo à nossa volta nos desagrada.
O Braga precisa de nós, pessoal.