A propósito da saída de Leonardo Jardim e da possível entrada de José Peseiro, acompanhado de Fernando Couto (e eventualmente de Costinha como director desportivo) achei por bem deixar uma reflexão. Não a quis deixar nalgum dos tópicos onde estas questões se discutem para não contaminar a discussão - porque, no fundo, ela ultrapassa estas questões pontuais.
Queria dizer que compreendo alguns remoques de muitos intervenientes quando, eventualmente há alguma gente que intervém com intuitos menos sérios, fazendo processos de intenções relativamente a António Salvador. Mas quem critica os que criticam, não pode confundir as coisas e meter tudo no mesmo saco, confundindo as motivações de algumas posições, caricaturando-as de forma pouco rigosa. Raciocínios do tipo "ou do nosso lado ou contra nós" ("bushismos", diria) são contraproducentes e satisfazem aqueles que antes referia, cujos objectivos não são discutir com abertura e lealdade o dia-a-dia do nosso clube.
Dizer, por exemplo, que quem pede uma maior transparência pretende que a gestão do clube seja discutida na praça pública é abusivo e desonesto. É um exemplo de uma caricatura pouco séria. No caso que despoletou tudo isto, nem está em causa a bondade da decisão de gestão (outros foristas o explicaram de forma concludente). Trata-se apenas de pedir uma satisfação para os sócios por um acto aparentemente ilógico (e que exactamente por isso requer uma explicação). Ninguém pretende que se venha cá para fora lavar roupa suja. Não queremos "ver o filme completo" dos acontecimentos; apenas saber, em termos gerais, quais os motivos para uma decisão que afecta de forma sensível o futuro da SAD e do clube no curto prazo e que, estou certo, apanhou toda a gente de surpresa. Se os motivos são o que a maioria dos foristas (aparentemente) julga verdadeiros, custava alguma coisa dizer que, após ponderação, se concluiu que não havia sintonia entre a SAD e a equipa técnica quanto aos objectivos a atingir nem quanto ao papel da equipa técnica na gestão do futebol, sob a alçada da SAD? É exactamente a falta de transparência da SAD que suscita interpretações menos abonatórias de alguns...
Enfim, todas estas decisões realmente importantes (incluindo os valores das transferências materialmente relevantes) deveriam ser muito mais transparentes. O facto de a SAD não estar sob a alçada da CMVM não implica que os princípios de transparência por esta exigidos não sejam válidos. A especulação nasce exactamente da falta de transparência.
Se a abertura para questionar não for aceitável, se se pretende que quem se pergunta sobre algumas decisões (ou nem sequer isso, quem questiona a forma como algumas delas, as mais relevantes, são comunicadas aos sócios do clube) é um “inimigo” do clube, então o fórum superbraga deixará de ser um espaço plural de discussão para passar a ser uma voz monolítica, um antro do pensamento único. E, sobretudo quando quem lidera tem um histórico de sucessos (como é notoriamente o caso), é muito importante que sejamos capazes de continuarmos a pensar por nós próprios, colocando questões... porque ninguém é infalível. É evidente que o passado dá créditos mas... não permite tudo. Muitas estórias na História tiveram finais tristes pelo facto de as pessoas deixarem que alguém ou alguns pensassem e tomassem as decisões por si, sem as questionarem.
NOTA: muita gente não se apercebe mas, de cada vez que alguém acusa outrem de ter uma outra cor clubística em mente apenas porque tem uma opinião diferente, é o nosso clube que sai menorizado. Como se não fosse possível dois braguistas divergirem neste ou naquele assunto, sendo ambos apenas braguistas...
Queria dizer que compreendo alguns remoques de muitos intervenientes quando, eventualmente há alguma gente que intervém com intuitos menos sérios, fazendo processos de intenções relativamente a António Salvador. Mas quem critica os que criticam, não pode confundir as coisas e meter tudo no mesmo saco, confundindo as motivações de algumas posições, caricaturando-as de forma pouco rigosa. Raciocínios do tipo "ou do nosso lado ou contra nós" ("bushismos", diria) são contraproducentes e satisfazem aqueles que antes referia, cujos objectivos não são discutir com abertura e lealdade o dia-a-dia do nosso clube.
Dizer, por exemplo, que quem pede uma maior transparência pretende que a gestão do clube seja discutida na praça pública é abusivo e desonesto. É um exemplo de uma caricatura pouco séria. No caso que despoletou tudo isto, nem está em causa a bondade da decisão de gestão (outros foristas o explicaram de forma concludente). Trata-se apenas de pedir uma satisfação para os sócios por um acto aparentemente ilógico (e que exactamente por isso requer uma explicação). Ninguém pretende que se venha cá para fora lavar roupa suja. Não queremos "ver o filme completo" dos acontecimentos; apenas saber, em termos gerais, quais os motivos para uma decisão que afecta de forma sensível o futuro da SAD e do clube no curto prazo e que, estou certo, apanhou toda a gente de surpresa. Se os motivos são o que a maioria dos foristas (aparentemente) julga verdadeiros, custava alguma coisa dizer que, após ponderação, se concluiu que não havia sintonia entre a SAD e a equipa técnica quanto aos objectivos a atingir nem quanto ao papel da equipa técnica na gestão do futebol, sob a alçada da SAD? É exactamente a falta de transparência da SAD que suscita interpretações menos abonatórias de alguns...
Enfim, todas estas decisões realmente importantes (incluindo os valores das transferências materialmente relevantes) deveriam ser muito mais transparentes. O facto de a SAD não estar sob a alçada da CMVM não implica que os princípios de transparência por esta exigidos não sejam válidos. A especulação nasce exactamente da falta de transparência.
Se a abertura para questionar não for aceitável, se se pretende que quem se pergunta sobre algumas decisões (ou nem sequer isso, quem questiona a forma como algumas delas, as mais relevantes, são comunicadas aos sócios do clube) é um “inimigo” do clube, então o fórum superbraga deixará de ser um espaço plural de discussão para passar a ser uma voz monolítica, um antro do pensamento único. E, sobretudo quando quem lidera tem um histórico de sucessos (como é notoriamente o caso), é muito importante que sejamos capazes de continuarmos a pensar por nós próprios, colocando questões... porque ninguém é infalível. É evidente que o passado dá créditos mas... não permite tudo. Muitas estórias na História tiveram finais tristes pelo facto de as pessoas deixarem que alguém ou alguns pensassem e tomassem as decisões por si, sem as questionarem.
NOTA: muita gente não se apercebe mas, de cada vez que alguém acusa outrem de ter uma outra cor clubística em mente apenas porque tem uma opinião diferente, é o nosso clube que sai menorizado. Como se não fosse possível dois braguistas divergirem neste ou naquele assunto, sendo ambos apenas braguistas...