Tenho-me afastado desta discussão pelo motivo que o Pedro refere. Em Braga há uma tendência enorme para "politizar" qualquer opinião. E no fórum há uma tendencia enorme para "radicalizar" qualquer opinião. Ou seja: se digo o que penso do negócio, há sempre quem associe isso à questão política. Masmo assim, não resisto a meter a minha "axa"
na fogueira.
Não me recordo, também, quando foi essa discussão que o Pedro refere. O que me recordo é de termos discutido a atribuição do nome do estádio a uma qualquer marca. E julgo que a minha opinião não mudou desde esse tempo: se o nogócio é inegavelmente vantajoso; se não se põe em causa o valor patrimonial do estádio; se a nova designação não é definitiva; se essa designação não ofende valores éticos, morais ou outros; não vejo motivo de força maior para impedir o negócio.
Neste caso, noutro texto, em tom de brincadeira, digo que me soa mal o termo "AXA". Mas só isso. Tratando-se de uma designação que não é definitiva e representa APENAS um patrocínio, não me oponho ao negócio.
Agora outra coisa, muito mais sensível, é aqulilo que o Pedro aborda no final do seu texto: a necessidade de identificação do clube com a cidade. Sem isso, como escrevi já várias vezes, nunca seremos o tal clube de topo que todos queremos, a lutar pelos títulos. Mas para que essa identificação aconteça é preciso criar laços d eunião entre o clube, a câmara e os bracarenses: a equação tem três termos, não tem dois!!! E é nesse aspecto que eu faço algumas críticas às três partes.
Eu sempre foi dos que considerei o estádio uma megalomania. Mas já que se fez, já que se gastou o dinheiro, temos de fazer todo para o valorizar e rentabilizar mesmo com a cedência provisória do nome! Os políticos da oposição estão a fazer o seu papel; por alguma razão são oposição, portanto, temos de contextualizar as suas posições e não entrar numa de caça às bruxas, do género "se não apoias tudo o que Salavador faz não és braguista". Nisto como em tudo tem de haver respeito pelas opiniões divergentes e não as empolar...
Outra coisa: temos de ir mais longe na aproximação do clube à cidade. Mas não poderiamos, a meu ver, descartar a hipótese de um bom negócio para não criar conflitos na opinião pública. penso que, neste caso, a opinião pública também não compreendeu da melhor maneira o âmbito do acordo. Nos cafés, nas conversas que por aí se ouvem há um enorme mal-entendido: "O Salvador e a Câmara venderam o nmome do estádio". É o que "corre". Esta mentira (ou, pelo menos, exagero) tem de ser desmistificada. E neste caso a oposição política a MM não tem ajudado muito...
Por outro lado, dando sequência à ultima parte do post do Pedro, voltando-se para outras frentes, Salvador tem muito por onde criar frentes de aproximação à cidade. neste fórum há anos que falamos delas...