Parabéns entre outros ao forista SomosBraga!, independentemente de concordar ou não com o que escreve, tentam expor cada um dos assuntos de forma racional e da forma que deve ser debatido, ao contrário de outros posts um pouco transtornados
Há aqui um ponto que não percebo completamente ou então pode faltar algum conhecimento nesta área legal entre SADs/clube etc
Por isso fica a questão no ar se alguém souber: o que adianta ao clube nesta fase opor-se (via estatutos ou da forma que for) à tal concretização da maioria da SAD por uma outra entidade? Como pode um accionista (clube) opor-se à transacção livre entre as entidades dos restantes dois terços e que façam aa compras e vendas que entenderem entre eles? Se a Sun qq coisa quiser vender à QSI, que pode o clube agora fazer? Se é que essa Sun não está já ligada a esse potencial comprador directa ou indirectamente...
Em qualquer outro tipo de sociedades anónimas naturalmente que o accionista de 36%não se poderia opor à consolidação do restante, quando muito um regulador iria obrigar a QSI a lançar uma OPA. Mas sendo isto o que é, uma SAD, o tal artigo 105°, existe alguma tal 'golden share' que bloqueie alguma coisa? Tenho sérias dúvidas, as mesmas são cada vez mais coisa do passado e até proibidas noutras áreas. E, de novo, o accionista A não pode proibir o accionista B e o C a agir em concertação. Se calhar esta reformulação do 105 já não muda nada e é só mesmo dar transparência ao inevitável
Ou muito me engano ou a actual CMB já deu este processo por concluido e decidiu sozinha o artigo 105. Porque o fez não sei. Fica à imaginação. Recorde-se que o assunto tinha ficado salvaguardado anteriormente, por não passar pela cabeça de ninguém que uma instituição da cidade pudesse pôr em causa outra, como boa 'guardiã' dos 15%. Mas pôs. E aqui estamos se calhar a discutir um facto já consumado
Seja como for, fica só a nota sa falta de jeito histórica da direcção em comunicar assuntos como este.... Com um bocado de jeito e se o maior interessado é realmente a QSI, talvez duas ou três janelas de transferências com grandes nomes a chegar e talvez, talvez alguna sócios passassem até a achar que o interesse na clube e nos resultados desportivos seria real. Assim é a opacidade e a falta de transparência do costume que podem, e bem, dar asas a todo o tipo de especulações sobre as intenções de tudo isto