Figo admite carreira de treinador
DIZ QUE NÃO FOI CONVIDADO PELO SPORTING
O ex-internacional português Luis Figo não põe de lado a hipótese de seguir a carreira de treinador. Numa entrevista ao "Diário Económico" referiu que, mesmo não tendo pensado nessa situação, "não significa que dentro de 4 ou 5 anos não possa vir a ser treinador".
A trabalhar na àrea das relações internacionais do Inter de Milão, clube onde acabou na última época a carreira de futebolista, Figo revelou que nunca foi convidado a terminar no Sporting e por isso não forçou o regresso ao clube leonino: "Eu nunca vou a casa de uma pessoa ou a uma festa sem ser convidado." Porém, caso tivessem existido negociações, admitiu que "avaliava a situação, avaliava os prós e os contras e decidia".
O antigo vencedor da Bola de Ouro abordou ainda a situação da Seleção Nacional, em dificuldades para se apurar para o Mundial de 2010, e não tem dúvidas de que a ausência na África do Sul será um rude golpe no prestígio da equipa. "Acho que seria extremamente negativo. Primeiro, para os jogadores, depois, para a imagem do futebol português e finalmente para a própria Federação", confessou.
Sobre a polémica mudança, em 2000, do Barcelona para o Real Madrid, Figo frisa que nunca se arrependeu e avisou o seu sucessor nos merengues, Cristiano Ronaldo, que não vai ter vida fácil em Madrid, devido à exigência dos "inchas" e não só: "Os adeptos querem sempre ganhar e, ao mesmo tempo, ver bom futebol. Ronaldo vai ter dificuldades por causa desta exigência, mas principalmente pelo valor da transferência."
Questionado sobre a realidade financeira dos clubes em Portugal, demonstrou preocupação com a forma de estar da maioria das equipas: "Acho que o futebol português tem de se preocupar em formar jogadores para poder consolidar os seus clubes, excepção feita às equipas que jogam na Liga dos Campeões, como é o caso do Porto, que têm mais receitas e, por isso, podem investir mais."
in Record