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«Quando cheguei, SC Braga era "Braguinha" e hoje é tratado de outra forma» - Entrevista BnR com Andrés MadridDiogo Lagos Reis
Natural de Mar del Plata (Argentina), Andrés Madrid disse adeus ao Club de Gimnasia y Esgrima La Plata e chegou a Portugal em 2004 – uma casa onde ainda hoje é feliz. Relembrámos a sua aventura no futebol dividida em duas fases: jogador e treinador. À conversa, veio a saída do Gimnasia sem perspetivas de trabalho, diferenças entre o futebol argentino e o português, os sete anos no SC Braga e Jesualdo Ferreira (“um pai do futebol”), os títulos e a passagem curta pelo FC Porto, outras experiências, transição de jogador para treinador, momento no Âncora-Praia (atual clube), estilo tático, aranha roxa e preta de Angola e muito mais.
Andrés Madrid falou sobre a evolução do SC Braga e o crescimento do clube com Jesualdo Ferreira. Em entrevista exclusiva ao Bola na Rede, o antigo médio e hoje treinador de Futebol, abre o jogo sobre o crescimento do clube minhoto:
“Quando cheguei, o Braga era o “Braguinha” por assim dizer. Estava num momento decisivo se crescia ou se continuava a ser uma equipa “pequena”. Nessa altura, graças aos jogadores, treinadores e todos os que estiveram envolvidos no processo, conseguimos meter o Braga, hoje em dia, a jogar para outras coisas e a ser tratado de outra forma. Penso que foi naquela altura do Jesualdo Ferreira (três anos) que o Braga começa a dar o salto e a partir dali, torna-se numa equipa muito mais competitiva a nível nacional e europeu“, afirmou.
https://twitter.com/BolaNaRedePT/status/1547673537426534404?t=LHjv8HDl4a-Os2k-rGh57Q&s=01– Olá Futebol, Olá Portugal –
«Nunca imaginei que, em final de contrato sem grande perspetiva de trabalho, daria o salto para a Europa»
Bola na Rede: Antes de mais, muito obrigado por ter aceite o convite e pela disponibilidade. Qual a memória mais antiga que tem do futebol?
Andrés Madrid: Penso que foi jogar com os meus amigos, irmão (que também chegou a ser profissional) e pessoas no bairro desde manhã ao final do dia. Só parava quando a minha mãe gritava para voltar a casa.
Bola na Rede: Pelo que percebi, iniciou a sua carreira no Club Atlético Platense (Argentina) e depois esteve alguns anos no Club de Gimnasia y Esgrima La Plata. Como surgiu a oportunidade de vir para Portugal jogar no SC Braga?
Andrés Madrid: Segundo me foi dito, estava em final de contrato no Gimnasia sem perspetiva de nada. Entretanto, por volta do último jogo do campeonato, o Jesualdo Ferreira envia o Rui Águas para ver um jogador adversário. Não sei se era do River Plate, não me lembro. Nesse jogo, nem era para ser convocado, mas acabei por ser titular no Gimmasia que jogava contra aquela equipa. No final do jogo, o míster estava a ver o jogo em direto e decidiu contratar o miúdo da outra equipa (Andrés Madrid). Às sete da tarde, tive de ir para Buenos Aires ter uma reunião para, no dia seguinte às cinco da manhã, viajar para Portugal. Foi muito rápido.
Bola na Rede: Fala-se que um dos maiores sonhos dos jovens futebolistas da América do Sul é vir jogar para a Europa. Era também um sonho para si?
Andrés Madrid: Nunca pensei muito nisso. Para mim, o futebol sempre foi tudo. A ideia era procurar a próxima equipa. Nunca imaginei que, em final de contrato sem grande perspetiva de trabalho, daria o salto para a Europa. Acabou por correr bem. Não era principalmente um sonho. Creio que, para todos na América do Sul, o maior sonho é de jogar na Seleção Nacional, antes de ir para a Europa ou qualquer coisa do tipo.
Bola na Rede: Uma vez que vivenciou as duas realidades, quais foram as maiores diferenças entre o futebol argentino e o português?
Andrés Madrid: Primeiro, agressividade. Penso que a agressividade está mais latente no futebol sul-americano. É um jogo muito mais físico. Na Europa, incide mais a disciplina tática e o conhecimento que há para transmitir as ideias. A primeira impressão que tive foi naqueles lances que para mim era normal o jogo físico, aqui era pouco agressivo e levava amarelos aos dois minutos de jogo.
Bola na Rede: Adaptou-se bem ao futebol português e à vida quotidiana?
Andrés Madrid: Eu penso que sim. Normalmente, quando o sul-americano vem para a Europa tenta juntar-se a pessoas da mesma nacionalidade ou da mesma fala e eu não tive essa possibilidade. Cheguei aqui e eram só pessoas doutro país (portugueses) e isso obrigou-me a adaptar rapidamente. Tive de começar a jogar, não tive tempo de me preparar e acaba por ser tudo muito natural, mais próprio do momento em que chego ao clube.
– Em Braga e no Dragão –
«O Jesualdo Ferreira é como um pai no futebol»
Bola na Rede: Esteve sete anos no SC Braga. Como descreveria esta experiência?
Andrés Madrid: Foi um momento de estabilidade na minha carreira. Quando cheguei, o Braga era o “Braguinha” por assim dizer. Estava num momento decisivo se crescia ou se continuava a ser uma equipa “pequena”. Nessa altura, graças aos jogadores, treinadores e todos os que estiveram envolvidos no processo, conseguimos meter o Braga, hoje em dia, a jogar para outras coisas e a ser tratado de outra forma. Penso que foi naquela altura do Jesualdo Ferreira (três anos) que o Braga começa a dar o salto e a partir dali, torna-se numa equipa muito mais competitiva a nível nacional e europeu.
https://twitter.com/SCBragaOficial/status/1155769561200898048?t=kbUP3yFmNwdbz7KACHE5jw&s=01Bola na Rede: Em 2008/2009, foi emprestado ao FC Porto e ganhou dois troféus em 9 jogos. Que impacto teve esta experiência na sua vida profissional e pessoal e quais acreditam terem sido as razões pelas quais não conseguiu ter tantos minutos?
Andrés Madrid: A última é fácil. O FC Porto ganhava tudo, o meio-campo era fortíssimo pelo conhecimento em si. O Fernando, o Raúl e o Lucho jogavam de olhos fechados. Era muito difícil, para mim, o Guarín e o Mariano, entrar naquela equipa. Éramos um momento de descanso daquela equipa principal e no momento que tínhamos que entrar para jogar, ajudámos. Era muito difícil ter minutos com aquele trio. Não deu para continuar, mas é uma alegria enorme conseguir aqueles dois títulos muito importantes. Não me mudou assim nem pouco nem muito, acho que foi o suficiente para continuar a carreira.
Bola na Rede: Falemos de Jesualdo Ferreira. Quando chegou a Portugal, foi o seu primeiro treinador e depois voltou a ser treinado por ele no FC Porto. Como foi o reencontro e como era a sua relação com ele?
Andrés Madrid: O Jesualdo é como um pai no futebol, para mim. Aprendi muito com ele, assim como com todos os treinadores que tive. Mas se calhar como trabalhei mais tempo com o míster Jesualdo, acabei por ganhar mais afinidade e conhecimento. Tenho esse carinho por aquilo que conseguimos e estou muito curioso pelo que vai passar na carreira dele.
Bola na Rede: Em 2013, rumou ao Clube Recreativo Desportivo do Libolo na Angola onde apenas jogou dois jogos e depois regressou a Portugal. Como surgiu essa oportunidade e o que retira desta experiência, apesar de não ter tido muitos minutos?
Andrés Madrid: Já no Nacional, tive muitas lesões. Os problemas físicos nunca me largaram por completo e é nessa fase final que vou para a Angola. Não era para ir, tinha duas possibilidades daqui e doutra parte da Europa. Mas acabei por aceitar esse projeto, porque sabia que não dava para continuar a jogar a um nível mais alto. Essa equipa já me conhecia. Sabia o que era capaz, mas também sabia daquilo que eu poderia trazer com a minha rotina de lesões. Já se sabia o problema físico que tinha. Acabei por ir para a Angola, porque era a única possibilidade onde poderia jogar mais um pouco mais e continuar a carreira. Nunca vi como uma oportunidade de nada. Foi só para ver se o corpo continuava a acompanhar, mas também não acompanhou.
Bola na Rede: Na época seguinte, voltou logo a Portugal para jogar no Mirandela. Percebeu que Portugal é uma casa onde é feliz?
Andrés Madrid: Já há muito tempo que sou feliz em Portugal e que penso em ficar por aqui. A minha mulher é daqui. Estou completamente enraizado. Tenho dupla nacionalidade, sempre foi uma realidade que via para o meu futuro. Sempre vi como absoluto ficar por aqui num grande país.
– Dentro do Futebol, Fora das Quatro-Linhas –«Nesta divisão, aprende-se a contar ao euro. Todos os treinadores deviam ter esta experiência de trabalhar com este tipo de situações, porque se dá muito valores a cada euro que se investe»
Bola na Rede: No Vianense, terminou a carreira de jogador e iniciou a de treinador. Como surgiu esta oportunidade tão rápida e porque razões?
Andrés Madrid: Durante a minha carreira, 80/90% dos treinadores que tive viram sempre essa qualidade em mim: visão diferente da maioria dos jogadores. Tentava analisar muito aquilo que se passava à minha volta. Quase de repente de um dia para o outro, o treinador do Vianense sai e a direção abordou-me para esse lugar. Nem tinha equacionado essa possibilidade, nem tinha falado com ninguém disto. A minha mulher disse que era uma boa oportunidade para seguir. Já não conseguia jogar mais. Tocava agora meter a cabeça a funcionar e sinceramente acabei por gostar mais desta fase de treinador do que jogador.
Bola na Rede: Como foi a transição de jogador para treinador?
Andrés Madrid: Para mim, foi relativamente fácil. Sempre tive respeito dos meus colegas e mesmo dos jogadores. Quando comecei a treinar, tinha algum conhecimento do que tinha sido quando era jogador e consegui passar melhor a mensagem. Penso que um jogador quando acaba a carreira tem mais facilidade de transmitir os seus ideais, porque talvez quando estava no papel de jogador gostava que o seu treinador falasse de certa forma para que percebesse melhor o que estava a pedir e acredito assim que seja um pouco mais fácil para explicar aos jogadores hoje em dia.
Bola na Rede: Na época 2018/19, esteve um ano parado sem treinar. Há algum motivo em específico que nos possa contar?
Andrés Madrid: Eu tenho uma situação familiar. Felizmente, todos os anos tenho convites: muitas vezes, essa equipa não tem capacidade económica para contratar e outras vezes que tinham possibilidade, ficam muito longe. E no momento familiar que tenho de um problema de saúde, não consigo afastar-me daqui. Eu e a minha mulher não temos família. Somos só dois. O pai dela tem uma doença grave e portanto, temos de nos manter por perto juntos para conseguir resolver esse tipo de situação. Tentei no início, vimos que não era possível e então é melhor ficar por perto.
Bola na Rede: Passou pelo FC Tirsense, Rebordosa AC, AC Marinhense, Juventude de Pedras Salgadas e agora está no Âncora-Praia FC. Como avalia a evolução da equipa desde o momento da sua chegada até precisamente ao dia de hoje?
Andrés Madrid: No momento que entrei, era para fazer algo totalmente diferente ao que estava habituado: transformar uma equipa sem objetivos primários numa estrutura forte que tenha uma camada jovem melhor e mais consistente que aprenda a jogar em determinados palcos. Vamos tentar criar um clube, em vez de uma equipa. Como não temos qualquer obrigação de resultados, dá para trabalhar muito bem, com tempo e sem pressão para criar uma estrutura forte.
Bola na Rede: Pergunto-lhe ainda quais são os pontos fortes da equipa e as maiores dificuldades, ou seja, o que acredita ainda que possa ser melhorado?
Andrés Madrid: O maior ponto-forte é a família e acredito que tudo o que façamos vá agarrado à mão daquilo que somos como grupo. Esta família que conseguimos encontrar ajuda a que todo o trabalho envolvido se torne mais fácil a que acreditem ao que proponho. A nível de jogo, têm aquela coisa rara de não se preocuparem com o resultado. Jogam efetivamente para ganhar o jogo, são desinibidos e criamos 14/15 oportunidades por jogo. Em todos os jogos, independentemente do resultado (ganhar, empatar ou perder), os adeptos acabam por bater palmas por aquilo que vê da equipa. Acredito que isso é impagável para os jogadores em si e tentar criar isso na maioria das equipas seria muito bom para o futebol português. Desde já o “baixo”, dá para perceber que a única forma de estar no futebol é tentar passar mais e melhor, sem pensar muito naquela mentalidade de resultado.
Bola na Rede: Quais são os seus maiores objetivos no Âncora?
Andrés Madrid: Quero que evoluem como clube e os jogadores como equipa. Quero que se mantenham uma família e aquela postura que faz com as pessoas queiram ir ver os jogos (somos a equipa que leva mais adeptos em casa e fora). Penso que isso vai contagiar mais pessoas e que vejam o Âncora como um exemplo a seguir.
Bola na Rede: E no geral, está a gostar da experiência?
Andrés Madrid: Claro! Quando aceitei este projeto, tive várias possibilidades de patamares superiores (até profissional), mas considerando a minha situação familiar, não podia aceitar nada que saísse da minha rotina. E então apareceu esta possibilidade interessante de fazer algo novo de início, começar a sério e fazê-lo crescer o máximo possível e estou a adorar esta oportunidade de trabalhar com este clube
Bola na Rede: Como caracteriza o seu estilo tático e que dinâmicas não podem faltar às suas equipas?
Andrés Madrid: Intensidade e carácter. Em cada treino e jogo, penso sempre em três aspetos: intensidade, disciplina e carácter. Por vezes, a disciplina e a concentração não são os melhores e às vezes, acabam por abdicar um pouco disso. Mas há a intensidade e o carácter de jogarem nesta divisão (ninguém joga por outra coisa que não seja paixão pelo futebol). Tem obrigatoriamente de ter este carácter de assumir o jogo e pensar que estão a representar um clube e um grupo de pessoas.
Bola na Rede: Para si, considera mais fácil chegar a um plantel já definido (como o caso do Âncora, por exemplo) ou ser o próprio treinador a construir as bases como quer?
Andrés Madrid: Depende, se tiveres orçamento. Uma coisa é teres a possibilidade de fazer uma equipa com um par de milhares. Nesta divisão, aprende-se a contar ao um euro. Todos os treinadores deviam ter esta experiência de trabalhar com este tipo de situações, porque se dá muito valores a cada euro que se investe. E o facto de trabalhar não é só mesmo o treinador que tem essa ideia definida, tem de chegar e sabe que o teu jogador vai carregar caixas a tarde toda. Não é o mesmo de um jogador profissional que estava cansado e que pensa só em jogar. Por isso, é importante que todos os jogadores (quando terminam a carreira) acabem por passar por estas situações porque ajuda a abrir a cabeça e a pensar de forma diferente.
Bola na Rede: Acredita que a ideia do treinador deve sempre prevalecer numa equipa, ou o treinador é que se deve adaptar em relação às características dos jogadores à sua disposição?
Andrés Madrid: Acho que o treinador tem de se adaptar aos jogadores, ao clube e à sua mística. Há treinadores que, às vezes, chegam às equipas, tentam pôr aquilo de forma diferente, pensam que é muito rápido e que só com ideias e jogadores é que se faz aquilo e não é. Tens de ir à procura da mística do que é o clube, do que se vê e idealiza o que pode ser o clube e a equipa. A partir daí, com os jogadores que tens junto das ideias do treinador, é tentar desenvolver o melhor possível. Quanto mais pessoas implicadas naquele projeto, maior será o apoio e a possibilidade de triunfar.
Bola na Rede_ Quase sempre no futebol, ouvimos os jogadores e treinadores nas flash-interviews e conferências de imprensa, com um discurso mecanizado e, por isso, “decorado”. Acha que os jogadores e treinadores são proibidos de dizerem o que pensam?
Andrés Madrid: Muitas vezes sim. Já na altura que eu jogava havia diretores de comunicação que quando acabava o jogo diziam o que nos podiam perguntar e como podíamos responder. Acaba por ser sempre assim e perde-se um pouco talvez o que queremos ouvir, mas também se protege alguma situação que possa estar menos bem no clube e acaba por minimizar esse problema. Mas sim, é muitas vezes mecanizado. Pode-se pensar que é sempre o mesmo, mas é o que se pode dizer.
Bola na Rede: Na sua carreira ainda curta, pode-nos revelar quais são os seus objetivos a médio e longo prazo?
Andrés Madrid: Não penso a longo prazo. Só penso no momento e ver o que posso fazer melhor com o que tenho. Só ligo àquilo que tenho em mão e o que tenho no dia-a-dia. Não gosto de quem pensa “imagina o futuro”. Já não reparamos no dia-a-dia que é tão conflituoso e é tão difícil de estarmos no nosso dia-a-dia que se estamos a pensar no futuro já fomos. Temos de estar no presente de alma.
Bola na Rede: Tem alguma história/vivência engraçada ou caricata que nos possa contar sobre a sua carreira como jogador ou treinador?
Andrés Madrid: Muitas não se podem contar.. deixa-me pensar (risos). Quando decidi ir para a África, o João Tomás convenceu-me a ir jogar a Champions Africana e veio comigo. Viajámos e tal. Chegámos lá e estávamos no meio de Angola num condomínio fechado. No quarto onde estava, aparece de repente uma aranha do tamanho da minha mão, espalhada na parede. Era daquelas abertas, preta e roxa. Era horrível e eu estava tapado até à cabeça a gritar pelo João e ele também cheio de medo. “Vai-te embora” (João). “Não, daqui eu não me mexo!” (Andrés). Fiquei tapado durante duas horas, porque sempre que nos tentávamos mexer a aranha mexia-se muito rápido e o medo fez com que eu ficasse tapado durante duas horas no cobertor com 40 graus de calor, a ver se desaparecia o raio da aranha.
Bola na Rede: Então e o que fizeram à aranha?
Andrés Madrid: Não faço ideia (risos). Desapareci dali e disse a alguns indivíduos do condomínio para tentar apanhar, mas disseram-me que já tinha ido embora. Mas pronto, passei duas horas mal e foi um pouco assustador.
PASSES CURTOS
Bola na Rede: Maior marco a nível profissional?
Andrés Madrid: Ir com o Braga à Liga dos Campeões.
Bola na Rede: Jogador que deu mais gosto de trabalhar?
Andrés Madrid: Lucho González.
Bola na Rede: Melhor jogador que já enfrentou?
Andrés Madrid: Cristiano Ronaldo.
Bola na Rede: Treinador que mais influenciou o modo das suas equipas jogarem?
Andrés Madrid: Jesualdo Ferreira.
Bola na Rede: Sistema tático preferido?
Andrés Madrid: 3-4-3.
Bola na Rede: Ganhar por 4-3 ou 1-0?
Andrés Madrid: 4-3.
Bola na Rede: Marcar hat-trick ou marcar o golo decisivo aos 90´?
Andrés Madrid: Golo decisivo.
Bola na Rede: Ganhar a Liga dos Campeões como jogador ou como treinador?
Andrés Madrid: Como treinador.
Bola na Rede: Final do Mundial: Portugal ou Argentina?
(risos)…. Gosto muito de Portugal e nunca imaginei viver ou sentir-me como foi o Euro que ganhou Portugal. Dei por mim a suar, a gritar e nervoso e a minha mulher disse para mim “mas tu nem és português”. Aí assimilei que não era português, porque estava a sentir como se fosse a Argentina. Podem ganhar tudo, mas a minha escolha é a Argentina.
Bola na Rede: Se pudesse levar consigo um jogador para todas as equipas, qual seria?
Andrés Madrid: Maradona.
Bola na Rede: Melhor jogador de sempre e da atualidade?
Andrés Madrid: Maradona e Messi.
Bola na Rede: Característica fundamental para vingar no futebol?
Andrés Madrid: Carácter.
Bola na Rede: Conselho que daria ao seu “eu” de 18 anos?
Andrés Madrid: Estuda.
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