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Hugo estreou-se há 13 anos e em ambiente escaldante Já passaram 13 anos desde que Hugo se estreou, como profissional, na I Liga portuguesa. A efeméride foi assinalada no passado domingo, no Bonfim, quando o central do Setúbal subiu ao relvado do Bonfim para defrontar o Braga, precisamente a equipa que o lançou para a alta-roda do futebol.
Nesse dia 5 de Abril de 1996, Hugo tinha apenas 18 anos. O Braga, na altura orientado por Manuel Cajuda, deslocou-se à Luz para defrontar o Benfica. O resultado já era desfavorável aos minhotos quando, a sensivelmente 20 minutos do final do encontro, o actual técnico do Guimarães fez Hugo saltar do banco para o relvado.
O jogador recordou a O JOGO aquele momento mágico que descreve como a concretização de um sonho. Apesar da responsabilidade, confessa que em nenhum momento sentiu as pernas a tremer. "Entrei tranquilo e confiante graças às palavras de Manuel Cajuda, a quem estou agradecido pela oportunidade, e as coisas até não correram mal para mim. Consegui fazer um remate perigoso à baliza do Michel Preud'homme. O pior foi o resultado, nesse dia perdemos por 3-0", recordou.
Hugo diz que uma das recordações desse dia foi o facto de ter jogado, pela primeira vez, perante uma enorme moldura humana. "No antigo Estádio da Luz estavam cerca de 50 mil pessoas e um ambiente fantástico. Depois do jogo recebi imensas manifestações de simpatia, não só da família, mas também de alguns amigos. Ao fim e ao cabo não é todos os dias que um jovem de 18 anos se estreia na I Liga e logo num jogo daqueles."
Volvidos 13 anos, Hugo entrou na contagem decrescente de uma carreira que o deixa orgulhoso. "Tive o privilégio de só ter jogado em grandes clubes e o Vitória é um dos que incluo nesse lote", realçou o número três da formação vitoriana.
Entre o Real, a Sampdória ou... desistirCompletou este domingo - dia do jogo com o Braga -, 13 anos desde que Hugo se estreou na Liga pela equipa minhota. O treinador que o lançou, Manuel Cajuda, recorda-se do tempo em que o jovem defesa reclamava um lugar na equipa. "Tive o privilégio de lidar com ele. É um homem fabuloso, companheiro e amigo", começou por referir o treinador do Guimarães a O JOGO, para quem Hugo passou as "passas do Algarve" antes de se estrear, na Luz, frente ao Benfica. "Ele trabalhou comigo dois anos e, em desespero, houve uma altura em que desabafou que queria abandonar o futebol porque não era opção. Desiludido, disse-me que não tinha oportunidades e que o melhor seria desistir. E eu respondi-lhe que a hora dele haveria de chegar", sintetizou Cajuda, acrescentando: "Chegou o jogo na Luz, virei-me para ele e disse-lhe: quer jogues bem ou mal, nunca mais te tiro da equipa. No fim da época, transferiu-se para a Sampdória e rendeu dinheiro ao Braga." Cajuda confessou que pensava que o seu destino seria o Real Madrid. "Estavam olheiros na bancada mas acabou por ir para Itália", disse, lembrando que o recomendou ao Sporting após a aventura transalpina.»
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