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POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
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POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3980 em: 06 de Abril de 2020, 11:09 »
Vukcevic recorda o mais brincalhão do Braga: ″Nunca vi uma figura como ele″

Em jeito de brincadeira, o médio montenegrino deixou algumas respostas interessantes e algumas curiosidades
Vukcevic, antigo jogador do Braga, aceitou o repto do clube e, na rubrica "Duas de letra-lendas", respondeu às perguntas de Marafona, dos adeptos e de alguns dos atuais jogadores do plantel bracarense.

Ex-colegas do Braga que levava para todo o lado?
"Rafa e o Paulinho".

Melhor comida, a portuguesa ou a espanhola? "
Prefiro a comida portuguesa, sobretudo a carne. Não gosto de peixe, nem marisco. O vinho é muito bom".

Diferenças entre o futebol espanhol e o português?
"Em Espanha corre-se mais do que em Portugal, muito mais, e eu não gosto disso. Gosto de jogar e tocar a bola".

Melhores recordações do Braga?
"A goleada, por 5-0, ao V. Guimarães. Este jogo vai ficar na história do Braga. A vitória por 4-1 ao Fenerbahçe e a conquista da Taça de Portugal".

O que significou ser capitão do Braga?
"Nunca pensei ser um dos capitães do Braga, mas como já estava no clube há cinco anos, foi um orgulho um montenegrino ser capitão".

O que significou defrontar Messi no campeonato espanhol?
"Fiquei muito contente por defrontar o melhor da história do futebol. Messi tem tudo".

Quem era o jogador do atual plantel com quem gostava de voltar a jogar?
"Paulinho e André Horta. Têm qualidade para chegar a um nível elevado".

Quem eram os mais brincalhões?
"André Pinto, Jefferson e Djavan. Nunca vi uma figura como o Djavan".

Está mais calmo?
"Não. Estou mais controlado. Nunca serei uma pessoa mais calma e não quero mudar".

Melhor treinador que teve?
"Paulo Fonseca como treinador e como pessoa. Tem algo de especial".

em: https://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/braga/noticias/vukcevic-recorda-o-mais-brincalhao-do-braga-nunca-vi-uma-figura-como-ele-12034192.html
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3981 em: 06 de Abril de 2020, 11:24 »
«Vitória por 5-0 em Guimarães fica na história do Sp. Braga»

Marafona e Vukcevic recordaram momentos marcantes da passagem pelos arsenalistas



O Sp. Braga juntou, através das redes sociais, dois antigos jogadores, Marafona e Vukcevic. O guarda-redes português e o médio montenegrino responderam às questões dos adeptos, revisanto alguns momentos marcantes dos seus percursos na Pedreira.

Para Vukcevic, cuja principal missão em campo não era, de todo, marcar golos, há um momento muito especial, o jogo em casa do rival Vitória, na época 2017/18. "Esse jogo vai ficar na históra do Sp. Braga. Marcámos cinco golos no dérbi, ganhamos 5-0! Foi dos meus melhores momentos no Sp. Baga. Não sou jogador de marcar golos, mas neste jogo marquei. Foi o mais importante golo que marquei na carreira", disse o médio, atualmente ao serviço do Levante. Mas esta é só uma das três principais recordações que guarda. "Seguramente o dia em que ganhámos a Taça de Portugal, a vitória 5-0 no dérbi e quando ganhamos ao Fenerhabçe por 4-1. Estes três jogos ficarão sempre na minha memória", disse, admitindo que gostava de "voltar a representar o Sp. Braga" no futuro.
E por falar em Taça, quem foi mesmo decisivo na final do Jamor, em 2015/16 foi Marafona, que se impôs no desempate por pontapés de penálti, diante do FC Porto. "Foi uma enorme alegria, uma sensação de já está, já ganhámos a Taça. Foi uma alegria imensa. Os penáltis da final da Taça, pelo simbolismo que tiveram, foram os mais difíceis e os melhores de defender na carreira", considerou o atual guardião do Alanyaspor, da Turquia.

Marafona desmascarou Palhinha

Marafona e Vukcevic foram confrontados não apenas com questões de adeptos, já que houve alguns 'intrusos' pelo meio. Foram os casos de Jefferson (jogou em Braga em 2017/18 emprestado pelo Sporting) ou de alguns elementos do atual plantel, como Raúl Silva, Tiago Sá ou Palhinha. Aliás, este último acabou por ser 'desmascarado' por Marafona quando lhe perguntou se tinha saudades do companheiro de quarto.
"Claro que tenho saudades, principalmente do que acontecia às 4 horas da manhã, quando ressonavas e até me acordavas e eu filmava tudo. Põe-te fino, qualquer dia mando o vídeo e apareces na gala do Sp. Braga a ressonar", atirou o guarda-redes, com muitos risos à mistura.
O português tem sido bastante regular no acompanhamento dos jogos do Sp. Braga, mesmo à distância.
O mesmo já não se pode dizer que Vukcevic. "Vi o jogo com o FC Porto, Benfica, Rangers... Não gosto de ver futebol na televisão", confessou o montenegrino.
No entanto, ambos estão convictos do sucesso da temporada do Sp. Braga, bem como do crescimento do clube. "Já não há três grandes, mas sim quatro. E, com o Custódio, a equipa pode fazer grandes coisas", disse Vukcevic. "O Sp. Braga vai crescer ainda mais", prognosticou Marafona

Por André Gonçalves

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/vitoria-por-5-0-em-guimaraes-fica-na-historia-do-sp-braga?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3982 em: 06 de Abril de 2020, 12:02 »
DUAS DE LETRA EM MODO LENDÁRIO

Duas de Letra… com duas Lendas.

Longe de Braga mas nunca longe dos corações da Legião. Marafona e Vukcevic farão sempre parte da família e, como tal, estão sempre disponíveis para o ‘seu’ SC Braga.
O ‘Herói do Jamor’ e o ‘Vuk’ protagonizaram uma conversa super divertida, responderam às questões dos adeptos… e deixaram-nos com saudades de os termos connosco.


Vukcevic – Vuk, quando voltas?
“Em primeiro lugar um grande abraço. Sinceramente não sei. Ainda tenho muito tempo para jogar, mas um dia gostaria de jogar novamente com a camisola do SC Braga. Não sei quando, nem se vai ser possível. Mas acredito que um dia vou voltar”.
 

Marafona – Qual o sentimento de defender o pénalti do Maxi na final da Taça?
“Foi um sentimento de enorme alegria. Quando o defendi senti que já estava. Tínhamos ganho a Taça de Portugal. Foi uma alegria imensa”.
 

Vukcevic – Vuk, o que sentiste quando marcaste ao Vitória no jogo dos 5-0?
“Este jogo vai ficar na história. Marcámos cinco golos num dérbi e ganhamos 5-0. Um dos meus melhores momentos no SC Braga. Não costumo marcar golos, mas este foi um dos mais importantes”.
 

Marafona – Qual foi o pénalti mais difícil que defendeste? E porquê?
“Difícil penso que são todos. Obviamente que os da final, pelo simbolismo que tiveram, foram os mais difíceis e os mais saborosos. O Vuk gostou (risos)”.


Vukcevic – Quem é a tua inspiração?
“Não tenho nenhuma figura. Gosto de lutar e é essa minha inspiração. Acordar todos os dias e ir para a luta”.
 

Marafona – Tens saudades do teu colega de quarto? (Pergunta feita pelo Palhinha)
“Claro que tenho saudades, principalmente às quatro da manhã quando ressonavas e me acordavas. Fazias com que filmasse. Um dia destes mando o vídeo e apareces na gala”.
 

Vukcevic – Achas que já falas melhor Português do que o Marafona?
“Não sei se falo melhor português, mas inglês e turco tenho a certeza. Não sei se ele sabe sequer uma palavra (risos)”.
 

Marafona – Do que mais gostas na posição de guarda-redes?
“O que mais gosto é poder sentir que tenho dez jogadores à minha frente que confiam em mim. É algo motivante. É muito bom sentir isso. Nós que somos a última barreira”.
 

Vukcevic – Como foi jogar ao meu lado? (Pergunta feita pelo Jefferson)
“Grande Jefferson. Gostei muito de jogar contigo, mas sobretudo de partilhar o balneário contigo. Jogar… Mais ou menos, mas falar contigo era fantástico (risos)”.


Marafona – Quem é o teu melhor patrocinador de chuteiras? (Pergunta feita pelo Paulinho)
“És tu, mas estás a falhar. Ainda estou à espera, não me venhas dizer que ficou preso na alfândega. Já estou a precisar de dois pares. Um de borracha e um misto. Muito obrigado meu amigo”.
 

Vukcevic – Quais são as tuas melhores recordações de Braga
“Quando ganhámos a Taça de Portugal. Depois ganhar 5-0 ao Vitória SC no dérbi. A vitória sobre o Fenerbahce por 4-1 também foi fantástico. São jogos que ficarão sempre na memória”.


Marafona – Como sabes para onde vão as bolas nos penáltis?
“Eu não sei (risos). Agora temos vídeos e material de observação que nos ajuda bastante. Depois é a escolha e o feeling”.
 

Vukcevic – Como foi ser capitão do Mágico?
“Quando cheguei a Braga não pensava que isso fosse possível. Cinco anos depois, foi um orgulho para mim, um montenegrino, ser capitão numa equipa grande de Portugal. Acho que foi merecido”.
 

Marafona – O que você planta hoje, você vai colher amanhã? (Pergunta feita pelo Raul Silva)
(com sotaque brasileiro) “Já disse para você que o que eu colhi hoje já plantei (risos). Não esqueça essa frase não”.
 

Vukcevic – Como está a ser viver esta situação em Espanha?
“Está difícil. Estamos em casa há mais ou menos 25 dias. Não saímos. Compras online apenas. Mas isto vai passar e vamos aprender muito com tudo. Aprender a desfrutar da vida todos os dias”.
 

Marafona – Quantos minutos estiveste com o Vital a estudar os jogadores do FC Porto?
“Todos os jogos o mister Vital fornece uma pen com o tal estudo pormenorizado que falei. É algo que se faz normalmente e na final não foi diferente. O que ele me transmitiu foi uma enorme confiança”.


Vukcevic – Do que tens mais saudades do clube?
“Marafona (risos). Muitas coisas. Sobretudo o apoio que tinha de todos. É disso que sinto mais falta”.
 

Marafona – Quem foi o melhor parceiro de treino que já tiveste? (Pergunta feita pelo Tiago Sá)
“Tu foste um dos grandes parceiros que já tive. Não vou enumerar as razões porque posso complicar a tua vida. Podes saber que foste um dos grandes sem dúvida”.
 

Vukcevic – Como é que é jogar contra o Messi?
“É uma grande experiência jogar contra o melhor jogador da história do futebol” (segue-se milésima discussão entre quem é o melhor)


Marafona – O que é que andas a fazer nesta quarentena?
“A minha quarentena não começou há muito, porque fizemos mais um jogo e treinámos mais duas semanas. Só estou esta semana em casa. Procuro treinar, ver filmes e estar com a família acima de tudo”.
 

Vukcevic – Com quem gostarias de voltar a jogar do plantel atual?
“Tenho dois jogadores. Com o Paulinho, porque gosto muito dele, e André Horta. O André tem qualidade para chegar ao topo. Não sei porque tem jogado menos, porque tem muita qualidade”.


Marafona – Marafa, porque é que você não escuta bem? (Pergunta feita pelo Jefferson)
“Foi um prazer partilhar o balneário contigo. O esquerdo é pior, mas hoje estou-te a ouvir bem, pus os dois auriculares (risos).
 

Vukcevic – Quem era o jogador mais brincalhão do teu tempo?
“André Pinto. Nunca vi uma pessoa que goste tanto de falar como ele. Jefferson também. E ainda o Djavan. Nunca vi uma figura como ele”.


Marafona – Qual é a diferença do futebol português para o turco?
“O futebol português é mais organizado e taticamente é mais difícil. Aqui joga-se um futebol mais aberto. Talvez as equipas sejam mais equilibradas. O último pode ganhar na casa do primeiro. O futebol português é superior”.
 

Vukcevic – Quais são as maiores diferenças entre a cultura portuguesa e a do Montenegro?
“Somos mais nervosos, sem dúvida. Gostamos mais de desfrutar da vida”.
 

Marafona – O que dirias àqueles que agora estão a dar os primeiros passos como guarda-redes?
“Que se divirtam e que joguem com paixão. Para nunca desistirem e lutarem pelos sonhos. Quando parece que nada vai correr bem é quando a vida nos surpreende”.


Vukcevic – Concordas que te tornaste num jogador mais calmo ao longo dos anos. Porquê?
“Estou mais controlado. Mas nunca vou ser mais calmo. Nunca. Não quero mudar (risos)”.
 

Marafona – Quem é o melhor guarda-redes do Mundo?
“Tenho dois ídolos. O Toldo e o Buffon. Da atualidade andará entre Oblak, Ederson e De Gea”.
 

Marafona/Vukevic – Qual foi o melhor treinador que tiveram em Braga?
M – “Paulo Fonseca. Acho que é comum. Ensinou-nos muito e marcou-nos bastante, pela conquista que tivemos juntos”.
V – “Paulo Fonseca. Ele tem algo especial. É um grande treinador e uma grande pessoa”.
 

Marafona – Quem era o jogador mais preguiçoso do plantel?
“Era eu, a seguir ao Vuk. Essa não é a palavra mais indicada. Há jogadores que demoram mais a entrar no treino e no jogo. Mas incluo-me nesse lote”.
 

Marafona/Vukcevic – Acompanham e sentem o SC Braga onde estão?
M – “Tento acompanhar quase sempre. Devido aos horários não consigo acompanhar todos. Mas vejo quase todos”.
V – “Também tento. Mas quem me conhece sabe que não gosto de ver futebol na televisão. Vi alguns, nomeadamente na vitória contra o FC Porto no Dragão e contra o SL Benfica”.


Marafona – Foste tu que ensinaste o Matheus a defender penáltis?
“Não. Nem ninguém. Nós como guarda-redes podemos olhar para os melhores e tentar aprender. É isso que faço, assim como o Matheus, o Tiago Sá e todos os outros”.
 

Marafona/Vukcevic – Onde se vêm no futuro? Gostavam de voltar a Portugal?
M – “Tenho mais um ano de contrato. Penso que vou cumprir e ainda não pensei muito sobre isso. Mas é uma das hipóteses no futuro”.
V – “Tenho mais dois anos. Ainda é cedo para falar sobre isto. Mas não descarto um regresso”.
 

Marafona – Tens saudades da comida portuguesa?
“Muitas. Principalmente carne de porco, que aqui não existe. Só como frango, porque as restantes carne são horríveis”.
 

Marafona/Vukcevic – O SC Braga está a crescer?
M – “O SC Braga está a crescer muito. Basta olhar para o clube e para toda a organização. Assim como os resultados desportivos”.
V – “O clube tem crescido muito. Já não há apenas o top 3, mas sim um top 4 em Portugal”.
 

Marafona – Se não fosses guarda-redes, em que posição jogarias?
“Era número 10. Acho que tenho alguma qualidade de passe e alguma inteligência para ler o jogo”.


Vukcevic – Qual foi o melhor jogo europeu que tiveste no Braga?
“O jogo com o Fenerbahce”.

 
Marafona/Vukcevic – Como capitão, o Alan era exigente?
M – “O Alan era muito experiente e exigente como capitão. Sempre que havia problemas dizia presente e aquilo que pensava em prol do clube”.
V – “Um grande jogador e uma grande pessoa. Um dos melhores da história”.

 
Vukcevic – É mais difícil aprender Português ou marcar um golo ao Marafona?
“É a segunda hipótese. Nunca fiz um golo no treino ao Marafona”.

 
Marafona – Qual a tua estratégia para defender penáltis?
“Já disse anteriormente. Passa por observar os marcadores e seguir o tal feeling. É algo que nasce connosco”.


Vukcevic – Quem é o jogador que, se pudesses, levavas para todo o lado?
“O Rafa. Atualmente o Paulinho”.
 

Marafona – Quem é o melhor guarda-redes do SC Braga atualmente?
“O SC Braga tem três bons guarda-redes. É impossível dizer um, porque são os três muito bons. O clube está muito bem servido”.
 

Vukcevic – Quais as maiores diferenças entre os campeonatos português e espanhol?
“São muito diferentes. Aqui é tudo mais rápido e mais intenso. Principalmente contra grandes equipas, onde 80 por cento do jogo estamos sem bola”.
 

Marafona/Vukcevic – Qual de vocês é o mais competitivo?
M – “Em treino não somos os dois muito competitivos. Em jogo somos dois grandes competidores, que queremos muito ganhar”.
V – “Não gostamos muito de treinar, mas nos jogos…”


Marafona/Vukcevic – Quem foi o melhor jogador com que jogaram em Braga? E o mais virtuoso?
M – “Talvez o Rafa. Era um jogador de referência, diferenciado. O mais virtuoso talvez o Josué. Tecnicamente muito bom”.

em: www.scbraga.pt
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3983 em: 17 de Abril de 2020, 07:33 »
O dia em que Mossoró perdeu o autocarro do Sp. Braga e foi de boleia com... o árbitro

O Sp. Braga utilizou o Facebook para reunir Alan, antigo jogador e atual diretor de relações institucionais do clube, a Mossoró e Rentería, velhos conhecidos do futebol português com passagem pelos guerreiros do Minho. Uma conversa que seviu para reviver o passado, como por exemplo os tempos em que foram treinados por Jorge Jesus.

Mas para já o episódio registado há cerca de 10 anos, em janeiro de 2010. O Sp. Braga tinha ido a Lisboa jogar com o Sporting para a Taça da Liga, perdeu 2-1 e, depois, regressou ao Minho de autocarro. E foi aí que Mossoró ficou sem saber o que fazer, até apanhar boleia... do árbitro que tinha dirigido esse mesmo encontro, Jorge Sousa.

"Parámos a cerca de 100 quilómetros do Porto, mais ou menos, numa estação de serviço. Sabendo que a paragem seria rápida, disse ao médico que ia à casa de banho, para não se esquecerem de mim. Fui lá e quando saí encontrei os árbitros que tinham feito este mesmo jogo. Perguntaram 'Mossoró, o que é que fazes aqui?'. Até que me disseram que o autocarro tinha saído há cinco minutos. Eu não queria acreditar", contou Mossoró.

"Liguei ao Rui Casaca e disse: 'Casa, como é que fizeram uma coisa destas?' E ele respondeu que tinha sido o segurança a esquecer-se de contar. Que palhaçada, disse eu. Bom, mas o árbitro como vinha para o Porto disse-me que dava boleia, tinha vaga, e para a equipa esperar por mim no Porto. Eu cheguei ao autocarro, entrei e comecei a falar alto: 'Porra, que palhaçada foi esta? Como podem esquecer-se de um atleta na bomba de gasolina?' Todos ficaram calados e não disseram nada durante três minutos. Mas depois ficaram uma semana a gozar com a minha cara", relatou Mossoró.

Histórias de JJ

O brasileiro de 36 anos, hoje ao serviço dos turcos do Goztepe, considerou determinante a vinda de Jesus para o Sp. Braga, em 2008/09. "O presidente Salvador foi buscá-lo ao Belenenses, apostou tudo e deu-lhe carta branca para fazer o que quisesse. E ele conseguiu fazer do Braga um clube vencedor", contou Mossoró.

Alan recordou a personalidade de JJ. "Uma vez estávamos a treinar cruzamentos, eu já tinha cruzado umas 50 bolas até que há uma que não levantou muito e ele disse. 'Porra, parece um jogador de terceira divisão'. Eu fiquei cego com ele", revelou Alan. "Quando jogámos com o Standard Liège, eles tinham um central grandalhão, que depois veio a jogar no Sporting (Onyewu), e o Jorge Jesus dizia que o Rentería estava com medo dele", atirou ainda Alan.

"Jesus era gente boa, dava um pouco na nossa cabeça, mas era gente boa. Ainda hoje falo com ele", explicou Rentería, colombiano de 34 anos já retirado e que também chegou a jogar no FC Porto.

A música de Mossoró Mossoró deixou marca no Sp. Braga, ao ponto de ter sido celebrizada uma canção em sua honra, entoada pelos adeptos. "É uma música muito boa, até fácil para as crianças decorarem. E olhem que virou moda e chegou ao Brasil e até à Turquia. No meu anterior clube, o Basaksehir, chegaram a fazer uma faixa na bancada que dizia 'Ninguém pára o Mossoró, ia ia ó'", contou.

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/o-dia-em-que-mossoro-perdeu-o-autocarro-do-sp-braga-e-foi-de-boleia-com-o-arbitro?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3984 em: 19 de Abril de 2020, 15:04 »
Acabou de dar na Bola tv (começou por volta 14h30) uma reportagem do Il Romanista sobre Paulo Fonseca.

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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3985 em: 19 de Abril de 2020, 20:20 »
Em comunicado, a AS Roma, quinta classificada da liga italiana, refere que “os jogadores, o treinador principal, Paulo Fonseca, e a sua equipa técnica disponibilizaram-se para renunciar ao salário, para ajudarem a equipa a fazer face à crise económica que tomou conta do mundo do futebol, desde a pandemia da covid-19”.
O equipa romana acrescenta ainda que “os jogadores e a equipa técnica também concordaram em pagar coletivamente a diferença salarial dos funcionários da AS Roma que foram colocados em ‘lay-off’, de forma a que recebam o salário líquido regular”.


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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3986 em: 19 de Abril de 2020, 20:52 »
Grande atitude.
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3987 em: 20 de Abril de 2020, 12:03 »
Não sei onde postar isto, mas o canal 11 vai transmitir às 14:30 o jogo Lech Poznan vs SC Braga, e às 17:30 o jogo SC Braga vs Lech Poznan, a contar para a Liga Europa da época 2010/2011. Também na quinta e sexta-feira irão transmitir a eliminatória com o Liverpool, do mesmo ano, e no Sábado e Domingo, com o Dinamo Kiev.
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3988 em: 20 de Abril de 2020, 18:01 »
PLANETA BRAGA COM MOSSORÓ E RENTERIA


O Planeta Braga foi à Turquia reencontrar o pequeno genial Mossoró e seguiu rumo à Colômbia, onde recordou histórias com o gigante sorridente Rentería.

O autocarro que se esqueceu de Mossoró, as ‘duras’ de Jorge Jesus a Rentería e Alan, são algumas das memórias na cassete deste programa. Fique em casa, na companhia destes craques que têm lugar gravado na história do SC Braga.


Mossoró, dá saudade ouvir aquela música que os adeptos do SC Braga fizeram para ti?

Quando inventaram esta música foi muito bom, é fácil para as crianças aprenderem, virou moda chegou ao Brasil, à Turquia, no Basaksehir até fizeram uma música com estes dizeres.


Rentería, foi mais fácil fazer amizade com o Mossoró, ou fazer o Mossoró passar a bola?


Ele não passava a bola, mas eu ‘insultava-o’ (risos). Chegámos juntos ao Internacional, mas fizemos logo amizade, até hoje.


Vocês reencontram-se em 2008, em Braga, com o Jorge Jesus?

Fui emprestado pelo FC Porto ao SC Braga. Já conhecia o Mossoró, senti-me em casa, sabia que tinha um amigo em Braga. Cheguei ao SC Braga e toda a gente me recebeu bem.


Mossoró, e aquele golo no 2-1 ao SL Benfica?

Regressei nesse jogo, após 8 meses de lesão. Criámos uma rivalidade muito sadia, dentro do campo, contra o SL Benfica. Na Pedreira não dávamos nada a ninguém, principalmente contra eles, engolíamos o Benfica lá dentro. Sabíamos da força deles, a forma como o Jesus jogava, mas éramos muito fortes em casa, contra eles nem se fala. Disputámos contra eles muitos anos, de igual para igual. Foi mais um jogo, ganhámos 2-1, conseguimos virar o resultado.


Como é que foi ser treinador pelo Jorge Jesus? Imagino que não era fácil…

Rentería – Não, não era. Mas era gente boa comigo. Dava-me muitas duras, mas ainda hoje falo com ele.

Alan – Lembro-me de uma história minha com ele. Estava a fazer cruzamentos, já tinha feito uns cinquenta, falhei um e ele diz: “Fogo, pareces um jogador da 3ª divisão”. Fiquei cego. Depois cruzei uma bola boa e diz ele: “é isso que eu estava a falar, já podemos acabar o treino”.

Há também outra história, de quando jogámos contra o St.Liége. Eles tinham um defesa, o Onyewu, e o Jesus falou que o Rentería estava com medo dele. O Rentería levantou-se quando fomos ver o vídeo deles e respondeu assim: “mister, aqui não tem pipoca” (risos).

Mossoró – Um dia chamou-me à sala dele e disse: “Mossoró quando atacas és igual a gasolina, o problema é que a defender tu andas a diesel, andas muito devagar, tens de melhorar (risos). Era a forma dele falar, muito direto, foi isso que nos fez evoluir. Mas tu vês os jogadores que ele trabalha, tem uma evolução, técnica e tática, muito grande.

 

Sabias que Mossoró foi “abandonado” numa bomba de gasolina? Assiste ao vídeo completo do programa aqui

em: www.scbraga.pt
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3989 em: 24 de Abril de 2020, 16:45 »
Já trabalha para voltar do outro lado da barricada
5 anos depois da lesão que lhe mudou a vida, Palmeira sorri: a emocionante história do ex-defesa

Texto por Ricardo Lestre*
*com Ricardo Rebelo

18 de abril de 2015. Decorria a jornada 29 da Liga NOS e o Benfica estava de visita ao Estádio do Restelo para aquele que seria o último teste antes da recepção ao FC Porto. Não havia margem de erro para a turma de Jorge Jesus que seguia três pontos à frente do eterno rival, mas previa-se uma deslocação complicada. Do outro lado da barricada, um Belenenses na sexta posição, a realizar uma época bem acima das expectativas, prometia luta. E assim aconteceu. Jonas Pistolas premiu duas vezes o gatilho e conquistou três pontos cinzentos para os encarnados. Os de Belém em nada facilitaram a tarefa, dando mostras de qualidade, no entanto, o jogo revelar-se-ia penoso para um dos pilares da histórica equipa que carimbou o regresso azul à Europa.   

«Foram três anos de sufoco, de sofrimento, em que me senti muito sozinho e abandonado pelas partes que deviam ter tratado de mim, e não trataram. Agora é bola para a frente e esquecer o que se passou, pensar daqui para a frente, que certamente será um caminho muito melhor».

Volvida uma mão cheia de anos da lesão que ditou a decadência da sua carreira, Mário Palmeira aceitou falar com o zerozero e abriu o baú das más, mas também boas memórias que guarda do seu percurso futebolístico. O transmontano, antigo defesa-central de emblemas como SC Braga, Tondela ou Belenenses, não escondeu a sua paixão pelo desporto-rei. Agora com 30 anos, o bichinho continua presente e irá perdurar por muito mais tempo, não estivesse a meio de concluir o nível I do curso de treinador da Associação de Futebol de Lisboa, entretanto suspenso.

Central foi obrigado a deixar o futebol precocemente

Também a sofrer com os transtornos causados pela pandemia que assola o mundo, o seu futuro a respirar novamente futebol permanece em stand-by. Entusiasmado, Palmeira vê-se a «ensinar jovens e a fazer com que eles aprendam que há coisas boas no futebol». Confesso admirador de Jürgen Klopp e do seu Liverpool, o trintão olha para as experiências com Jorge Jesus ou Leonardo Jardim como um trunfo para os seus primeiros passos, deixando ainda o desejo «de um dia poder voltar a encontrá-los, quem sabe num campo aí perto». 

O novo destino que o aguarda até pode sorrir-lhe ainda mais, mas o que é certo é que o miúdo que havia chegado de Tondela estava a realizar a melhor época da sua carreira. Com apenas 25 anos, sabe-se lá até onde poderia ter chegado. Também por isso, foi com amargura nas palavras que Palmeira recordou os infortúnios que viveu, sem, no entanto, deixar a negatividade predominar no seu discurso. Águas passadas não movem moinhos como se diz por aí, porém, o treinador in making recorda como os azares de outros tempos, já enterrados, estão presentes naquilo que agora é importante, a construção de um futuro sem ilusões, dia a dia: «Atualmente estou com os pés muito assentes na terra, derivado a tudo aquilo que me aconteceu, e a tudo aquilo que eu vivi no futebol. Passa muito por isso, por viver o presente».

«Foi um choque muito grande»

Palmeira lesionou-se frente ao Benfica

Voltando ao dia em que tudo aconteceu, o Benfica entrava para a segunda parte a vencer por um golo. A exibição não convencia e necessariamente algo teria de mudar, até porque o Belenenses estava longe de ser inofensivo. Aos 54 minutos, numa tentativa de criar o segundo, Nico Gaitán avançou em direção à linha defensiva azul. Palmeira saiu na pressão e em esforço, desarmou o internacional argentino, mas rapidamente se percebeu que não daria para continuar. A lesão na face posterior da coxa direita revelou mais tarde um arrancamento dos isquiotibiais, músculos que constituem um grande suporte da perna. Se o contratempo físico já por si constituía um raro e grave problema, a recuperação seguiu a mesma linha, sendo descrita pelo próprio como um autêntico «calvário».

«Felizmente tive nos três ou quatro meses a seguir à lesão um fisioterapeuta, o Rodolfo Candeias, que foi a única pessoa que tentou realmente que eu melhorasse, a quem eu tenho a agradecer muito. Acontece que depois de ele sair para outro projeto, começou o calvário, por assim dizer. Se até ao momento, eu com o Rodolfo estava habituado a trabalhar, a ganhar pequenas etapas dia após dia, e a evoluir na minha recuperação, assim que ele teve que sair, o Mário Palmeira estagnou», começou por contar.

Na altura, os profissionais em torno de Palmeira decidiram não avançar para a operação, ficando o trabalho de recuperação entregue a métodos convencionais. Se a fase preambular prometeu, a tal mudança do fisioterapeuta que esteve consigo desde o início deitou tudo a perder. Seguiram-se vários departamentos médicos e, numa linha paralela, a sensação de exclusão à medida que o tempo foi avançando, cimentava-se. Não existiam melhorias significativas na sua condição. O «calvário» começava: «Senti-me à parte, muito afastado, muito sozinho. Não pelo apoio que os meus colegas me davam, porque era um apoio muito grande, mas por parte do departamento médico. Sentia-me ali um bocado abandonado. Depois quando a lesão estagnou, e que ninguém sabia o que fazer, e eu ali perdido, a perder dias e dias de trabalho, tentaram procurar procurar um especialista fora do país. Fomos a Londres, fomos a Lyon e nenhum deu uma resposta concreta. Nenhum especialista dava garantias de nada, que era uma lesão muito grave, e que dificilmente, depois de tudo o que se tinha passado, era recuperável. Foi um choque muito grande». A situação angustiante de Palmeira caminhava a passos largos para a luz inexistente no fundo do túnel, para a longa estrada que se viu obrigado a percorrer, tudo depois de um simples lance fortuito, de um desarme como tantos outros tinha feito. O transmontano conhecia o lado negro do beautiful game.

Realizou 34 jogos pelos de Belém na época 2014/15

O período inicial de reabilitação com resultados positivos traduziu-se numa gota de água no deserto. Ciente do quadro em que se encontrava, não se avizinhavam melhores dias, no entanto, pelo seu empresário, surgiu uma réstia de esperança: «Dá-se a possibilidade de eu ir a uma clínica no Porto, no último ano de contrato que eu tinha, e o Belenenses aceitou. Em três meses que tive na clínica, pelo menos consegui voltar a correr, o que não conseguia antes. Não conseguia correr, andar era uma grande dificuldade, muito limitado. E depois chego a essa clínica no Porto e passado três meses saio de lá a correr, a conseguir chutar uma bola, a conseguir fazer o meu dia a dia normal, que até lá não conseguia». 

Os resultados conseguidos eram francamente animadores. Representavam uma evolução que nunca tinha conseguido e que, imediatamente, originaram uma dura questão na sua cabeça: «A pergunta que fica para mim é como é que uma clínica em três meses me consegue voltar a pôr a correr ou a andar, e como é que o departamento do Belenenses, que era um clube de primeira Liga, não conseguiu pelo menos pôr-me a correr?».

O espaço de tempo crucial para a resolução do problema havia passado, mas mesmo assim Palmeira não desistiu, mesmo perante mais uma adversidade. Como se os problemas físicos não bastassem, e mesmo quando as tais melhorias significativas à sua condição apareceram, as boas notícias ficaram somente por aí. Mais um episódio daqueles que seriam «os três piores anos da sua vida», atormentaram o seu percurso, e desta vez teve tudo a ver com o tão ansiado regresso: «Depois de eu recuperar, com promessas de que se recuperasse que voltava a jogar, que voltava a treinar e que voltava a ser integrado, quando chego da clínica, faço os meus primeiros treinos e sou posto à parte. Mandaram-me ficar em casa, que não contavam comigo. Comecei a treinar à parte. Recebi mensagens todos os dias a dizer que não precisava de me apresentar para treinar», confessou, Palmeira, terminando o seu ciclo em Belém, isto em 2016.

Foi em Massamá que encontrou o caminho de volta para os relvados, aos 27 anos, sagrando-se vencedor do Campeonato de Portugal com o Real, em 2016/17. No entanto, as sequelas não desapareceram, levando o defesa a admitir que foi um passo «mais com o coração do que com a cabeça». O problema físico era insustentável e Palmeira não tinha outra opção senão aposentar-se...

Palmeira fez 75 jogos no principal escalão português

«Quando saíram as primeiras notícias que eu estava acabado para o futebol, nunca senti o apoio de ninguém, sem ser do meus colegas, de pessoas que trabalharam comigo, de dirigentes, treinadores. Mas em termos estruturais, de fundos, de coisas mais estruturadas da Federação ou do Sindicato, que agora tem aparecido com algumas coisas interessantes, acho que devia haver um apoio mais forte, um apoio mais estruturado para casos como estes, porque eu fui um de muitos. Houve muitos que foram obrigados a acabar por diversas razões, quer lesões graves, quer outros fatores, e acho que falta esse apoio, uma coisa que diga: 'Este caminho acabou, mas podes seguir por outro caminho, tens isto, tens aquilo, não estás sozinho'. Acho que falta um bocado essa parte humana», completou, quando questionado sobre os apoios que recebeu depois de ter sido obrigado a dizer adeus ao futebol profissional. Palmeira lamentou a lacuna estrutural, servindo-se do seu caso como um de muitos, de uma situação que deve ser tratada com mais atenção.

«Com Jorge Jesus, passei a ver o jogo de outra forma»

Chegou com apenas 18 anos ao Braga

Nascido a 24 de setembro de 1989, Chiellini, como era apelidado na Diogo Cão, clube onde se formou, é natural de Constantim, Vila Real. A sua estreia na Primeira Liga deu-se no SC Braga, em 2013, pela mão de José Peseiro. Os bracarenses, com o aval de Manuel Machado, já o tinham ido pescar a Vila Real bem mais cedo, em 2008. Um brilharete num torneio entre várias associações distritais foi suficiente para despoletar o interesse minhoto - as boas notícias não ficaram por aí - a visibilidade que adquiriu valeram-lhe também a chamada à seleção sub-19 portuguesa. GD Ribeirão, Vizela e Estrela da Amadora receberam o jovem nos primeiros suspiros como sénior. Foi também por essa altura que conviveu, ainda que por pouco tempo, com Jorge Jesus, o treinador «com quem mais aprendeu», que mudou a sua perspetiva do jogo e que teve um papel muito importante na evolução do jovem defesa-central. 

«Chegar ao Braga e apanhar logo o Jorge Jesus, que é um treinador com grande conhecimento, foi muito gratificante porque aprendi muito com ele. Aprendi muito em termos táticos, aprendi muito em termos pessoais e de conhecer o que é o futebol profissional, que era mesmo muito diferente daquilo que eu estava habituado. Taticamente evoluí muito com o Jorge Jesus, passei a ver o jogo de outra forma. Foi uma das principais causas de eu ter ficado no Braga na altura, para evoluir, para aprender com ele, porque ele tinha essa qualidade, ou tinha mais esse lado. Queria sempre ficar com mais dois ou três jovens para lhes ensinar e aprenderem com ele», frisou, a respeito do atual treinador do Flamengo, não descurando ainda outro técnico com o qual trabalhou, e que se apresenta na órbita da elite portuguesa, Leonardo Jardim.

Segundo Palmeira, as diferenças entre ambos são evidentes, porém, apesar de maneiras e feitios diferentes, as duas experiências foram bastante enriquecedoras, lições das quais o «aluno» diz que lhe vão «dar outra margem para encarar a nova carreira» como técnico:

«O Leonardo Jardim foi mais tarde. Eu na altura estava emprestado antes dele chegar e faltava um central para colmatar o plantel e fiquei eu. São treinadores muito diferentes um do outro, mas com grande qualidade os dois. Só tenho a dizer bem dos dois e aprendi muito com os dois. O Leonardo Jardim tinha uma parte humana que poucos jogadores reconheciam na altura ao Jorge Jesus. Enquanto o Jorge Jesus lidava mais friamente, e era mais objetivo, o Leonardo Jardim tinha mais a parte do carinho com os atletas, de acarinhar e de falar».


Deu-se a conhecer definitivamente em Tondela

Sem espaço em Braga, seguiu-se o Tondela. Palmeira adquiriu a regularidade necessária na equipa beirã, ainda que na segunda liga portuguesa, efetuando 39 jogos. As prestações consistentes foram suficientes para convencer os responsáveis do Belenenses. Pela imprensa, começou a ecoar que o jovem defesa não era o alvo prioritário para aquela posição dos azuis, contudo, e pese a lesão, os números e a qualidade justificaram a aposta. Palmeira foi imprescindível para Lito Vidigal e para o seu substituto, Jorge Simão. A época a bom nível seria simbolizada com um grande feito da equipa de Belém, feito esse que teve o contributo de Palmeira.

O «Milagre de Belém» como esplendor da sua carreira

«Foi lindo, foi mágico, foi viver uma coisa que eu nunca tinha vivido». Palmeira não escondeu a felicidade em ter feito parte da equipa que voltou a colocar o Belenenses no mapa europeu, olhando para o êxito como o mais importante da sua carreira. Haviam passado vários anos do memorável duplo duelo do Belenenses de Jorge Jesus com... o todo poderoso Bayern de Munique. Num formato diferente, a equipa caiu na primeira ronda, mas caiu de pé, enchendo aqueles gentes lisboetas de orgulho. O paradigma do emblema é agora inequivocamente diferente, mas o regresso dar-se-ia talvez mais cedo do que muitos esperavam, e para fazer ainda melhor.

Apesar da lesão, Palmeira considerou a época 2014/15 como a melhor da sua carreira

O contexto histórico importa, o ambiente entusiástico que se foi desenvolvendo naquela temporada, também. Palmeira recordou com orgulho a caminhada rumo à sexta posição, num «clube histórico, um clube que faz falta ao futebol português». O antigo defesa refutou ainda uma hipotética pressão adicional que se possa ter gerado, isto à medida que os adeptos, e a própria equipa, iam começando a acreditar cada vez mais: «O Belenenses tem uma massa associativa extraordinária, tenho um grande carinho por eles. Logo nos primeiros jogos, entramos bem no campeonato, e começou-se logo, a seguir ao Moreirense, salvo erro, a falar no «Milagre de Belém» que era a Liga Europa». Os pupilos de Jorge Simão, sucessor de Lito Vidigal, que havia abandonado o clube por divergências com a direção, assumiam o lugar seis da tabela depois de baterem a formação nortenha (2x0), na ronda 27. Acreditava-se naquela equipa que, a garantir a qualificação, seria ainda mais fantástico dado que o Belenenses realizava apenas a sua segunda época depois de subir de divisão. Contudo, os concorrentes pela última vaga europeia eram vários, panorama que ainda assim não desviou uma «equipa muito unida». 

«Começou-se logo aí a sentir a pressão que é exigida nestes clubes. Nunca nos atrapalhou sendo sincero. Nunca pensamos nisso numa pressão, mas sim como um dos objetivos. Se podíamos alcançar, porque não alcançá-lo. Motivação em vez de pressão. Eramos uma equipa que ninguém dava nada por nós. Tínhamos muitos jogadores portugueses, e na altura, havia poucos jogadores portugueses na Liga Portuguesa, não eram aposta. Começamos a acreditar muito em nós, sabíamos das nossas capacidades, das nossas qualidades. Começamos a acreditar que podia dar». A certa altura, a Liga Europa passou a ser mesmo uma marca a alcançar. Palmeira não pôde terminar a época, mas não deixa de ser uma das caras que conseguiu alcançar um objetivo delineado em balneário:

Equipa da qual fez parte foi a sétima a chegar à Europa pelo Belenenses 

«Sabíamos que o podíamos alcançar e que tínhamos equipa para o alcançar, e felizmente alcançámos. Colocámos o Belenenses outra vez na Liga Europa, e no ano seguinte fizemos uma Liga Europa extraordinária. Deixou-nos orgulhosos porque conseguimos aquilo que nos propusemos entre nós, não cá para fora, mas entre nós. Nunca foi visto como uma pressão mas sim como um objetivo a alcançar». O sentimento de dever cumprido ficou presente no conjunto que contava com nomes como Carlos Martins ou Nélson, numa linha de maior experiência, mas também com Sturgeon, Deyverson (meia época) ou Miguel Rosa.

A luta fez-se até ao fim - o Belenenses beneficiou da derrota do Paços de Ferreira na Choupana - garantindo em Barcelos, e depois em duas eliminatórias europeias, que a Cruz de Cristo viajaria pelo velho continente em 2015. Segredo do sucesso? «Tínhamos um balneário muito forte, um espírito de grupo muito forte». O coletivo, a turma à portuguesa, se assim se pode dizer, talvez tenha sido definitivamente a maior arma. Impedido de prosseguir nesta bela história, foi do lado de fora que Palmeira observou muitos dos que tinham começado a travessia consigo a chegar à fase de grupos da Liga Europa. Fazia-se história no Restelo.

«A 'Real' cereja no topo do bolo»

Defesa-central despediu-se dos relvados com um título Global Imagens / Tony Dias

As palavras são de Palmeira, o trocadilho é nosso. O bolo devia ter sido maior, mas por força das circunstâncias, o imponente defesa-central foi obrigado a colocar a cereja prematuramente. O que é certo é que depois do dilúvio por que teve de passar, foi mesmo no topo que a conseguiu meter, sagrando-se campeão do terceiro escalão do futebol português, com o Real SC, em 2016/17. Admirador da Marvel, o defesa-central ainda foi a tempo de ser um dos heróis que levou o clube de Massamá à Segunda Liga, mas como em qualquer filme dos quais diz ser grande adepto, o Plot Twist do Campeonato de Portugal ditou uma série de dificuldades antes de levar os oponentes de vencido:

«Foi um campeonato extremamente difícil, muito competitivo, e nós tínhamos uma equipa em que o teto salarial não era muito. Não foi fácil sequer chegar à fase final, foi muito difícil de lá chegar, derivado a essa qualidade que existe nas divisões mais baixas do nosso futebol», reconheceu.

Para além da Taça Intertoto, Palmeira conquistou o CNS

Já no decorrer da temporada, Palmeira percebeu que o fim estava iminente. Os progressos eram tardios e assim que retornou à competição, rapidamente sentiu que «já não era o mesmo». A incapacidade era muita, levando-o a admitir que já «não tinha a mesma dinâmica, as mesmas capacidades». Foi aí que se mentalizou «que dificilmente poderia voltar a jogar ao mais alto nível». Sem contar a ninguém, Palmeira permaneceu no barco até ao fim, dizendo adeus da melhor maneira.

O sentimento que ficou na última gota de suor foi de missão cumprida, sem esquecer, claro, o agradecimento ao Real: «Foi com alegria muito grande que ganhei esse título. Tenho um enorme carinho por tudo o que o Real me ofereceu no meu último ano como futebolista. Só tenho a dizer bem das pessoas com quem trabalhei. Acabar assim foi acabar feliz, com o sentimento de dever cumprido, porque o futebol a mim sempre me deu mais coisas boas do que menos boas. E apesar daqueles três anos que passei, acabar com o título de campeão nacional no Campeonato de Portugal, foi acabar com orgulho e mostrar que afinal eu tinha alguma coisa para dar. Foi um motivo de orgulho e muita felicidade».    2017 foi o ano da despedida. A porta fechou-se forçosamente, mas Palmeira está em vias de abrir outra que lhe dará acesso ao desporto que tanto ama. É num 4x4x2 que imagina as suas peças distribuídas, porém, sem grandes euforias. «Viver o presente», como reforçou, é a prioridade para já. Esta história obriga-nos necessariamente a refletir, mas mais do que isso, dá-nos a realidade de um desportista que viu-se impedido de fazer o que mais gosta, não do seu sonho. «É isso que me apaixona, a paixão pelo futebol, é a pureza do futebol» - Palmeira não nos revelou o sonho, o maior sonho - mas demonstrou a sua vontade em continuar ligado a uma das suas paixões. Afinal de contas, não é isso que importa? Talvez não seja uma distância assim tão vasta... 

em: https://www.zerozero.pt/news.php?id=282834
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3990 em: 26 de Abril de 2020, 18:58 »
QUARTETO LENDÁRIO NO DUAS DE LETRA

É verdade… Este domingo temos mais um Duas de Letra verdadeiramente ‘fora da caixa’.

Não uma… Não duas… Nem três… Mas sim quatro (!) verdadeiras Lendas do nosso clube.

Artur Jorge, Zé Nuno Azevedo, Quim e Karoglan vão recordar os bons velhos tempos e responder às questões dos nossos fãs.

Tudo isto a partir das 16 horas. Está atento às nossas plataformas. Apostamos que não queres perder isto por nada…

em: www.scbraga.pt
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3991 em: 26 de Abril de 2020, 19:23 »
Xiiii, que recordação.

Enviado do meu ANE-LX1 através do Tapatalk

Sócio nº 2014
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3992 em: 26 de Abril de 2020, 20:51 »
Momento histórico no Braga: ″Até havia pessoas em cima do muro, eram uns 50 mil″

O Braga juntou quatro antigas glórias do clube (Quim, Karoglan, Zé Nuno Azevedo e Artur Jorge) para uma conversa nas redes sociais e houve a recordação de um momento histórico para o clube.

Este domingo foi dia de viajar no tempo e mergulhar nas memórias do Braga. Quim, Karoglan, Zé Nuno Azevedo e Artur Jorge estiveram à conversa nas redes sociais do clube arsenalista e o croata recordou um momento histórico no Minho.

Em 1998, o Braga eliminou o Benfica nas meias-finais da Taça de Portugal e carimbou o passaporte para a final do Jamor, de onde sairia derrotado pelo FC Porto. Frente às águias, Karoglan marcou dois golos (2-1) e lembra um estádio completamente cheio:

"Marquei um de livre! Não sei se foi o melhor, mas foi o mais importante. Foi um golo que ficou na história do Braga e na minha também. O Estádio 1.º de Maio estava cheio, eu nunca tinha visto tanta gente. Até havia pessoas em cima do muro. Uns 50 mil, foi uma coisa inesquecível", recordou.
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em: https://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/braga/noticias/momento-historico-no-braga-ate-havia-pessoas-em-cima-do-muro-eram-uns-50-mil-12119629.html
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3993 em: 26 de Abril de 2020, 21:21 »
Artur Jorge lamenta fim do campeonato de juniores: «O Sp. Braga ia lutar para ser campeão»

Arsenalistas ainda não tinham perdido qualquer encontro esta temporada




No debate com Quim, Karoglan e Zé Nuno Azevedo, Artur Jorge comentou parte da atualidade, concretamente o facto de os campeonatos das camadas jovens terem sido dado por concluídos na sequência da pandemia do coronavírus. Artur Jorge é o treinador dos sub-19 do Sp. Braga, equipa que tinha legítimas ambições esta época.

"Não sei se seríamos campeões, mas íamos lutar pelo título. Temos uma equipa competente e muito competitiva. Fica o registo de termos feito um campeonato sem nenhuma derrota, com 26 jogos sem nunca perder. Mas tínhamos esse objetivo, era comum, íamos lutar pelo título", referiu o antigo defesa-central. "Lamento que tenhamos sido obrigados a parar, mas outros valores se levantam. Mas íamos dar luta para tentarmos ser novamente campeões", garantiu, em alusão aos títulos de sub-19 conquistados pelo Sp. Braga na época de 1976/77 e, mais recentemente, em 2013/14.

Por André Gonçalves

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/artur-jorge-lamenta-fim-do-campeonato-de-juniores-o-sp-braga-ia-lutar-para-ser-campeao?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais



Quim está "perdoado" por ter trocado o Sp. Braga pelo Benfica em 2004



Quim está perdoado por, em 2004, ter torcado o Sp. Braga pelo Benfica. A garantia foi dada por antigos companheiros, na conversa que reuniu Artur Jorge, Zé Nuno Azevedo, Karoglan e o antigo guarda-redes no Facebook do Sp. Braga.

"Sim, já perdoámos", garantiu Artur Jorge. "Curiosamente, saímos os dois do Sp. Braga na mesma altura. O Quim, sendo mais novo, foi num processo de crescimento e foi um passo ótimo para ele, que permitiu que fosse campeão e fosse à Seleção. Mais do que perdoar, ficou a satisfação de ver um colega dar um passo em frente", disse o atual técnico da equipa sub-19 do Sp. Braga. "Já se falava antes de que podia sair e chegou à Seleção ainda como jogador do Sp. Braga, ainda que é uma inevitabilidade estar num clube grande para estar mais perto da Seleção. Temos visto isso ao longo das últimas épocas... Perdoámos por uma razão simples. O Quim foi à procura de outras condições e projeção.

Regressou a Braga na primeira oportunidade para vencer pelo Sp. Braga", disse Zé Nuno Azevedo.

A defesa que Quim ainda mostra aos filhosO longo percurso de Quim no Sp. Braga foi recheado de momentos marcantes. Um deles foi a defesa a um remate de Hulk, então jogador do FC Porto, num encontro realizado em abril de 2012. Foi um autêntico míssil de pé esquerdo, desferido pelo brasileiro e com pouco ângulo, com o guarda-redes a conseguir defender com o braço direito.

"Lembro-me perfeitamente. É algo que fica sempre na memória. Todas as defesas, as mais fáceis e as mais difíceis, são importantes. Mas é uma das defesas que fica connosco. Ainda hoje procuro e tenho imagens para mostrar os filhos e uma dessas imagens é essa defesa ao remate do Hulk", contou Quim.

Por André Gonçalves

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/quim-esta-perdoado-por-ter-trocado-o-sp-braga-pelo-benfica-em-2004?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais



Karoglan não esquece os golos ao Benfica em 1998

Antigo avançado arsenalista recordou um Estádio 1.º Maio lotado e "até com pessoas nos muros"



Com 65 golos em 212 jogos, Karoglan é uma das grandes figuras da história do Sp. Braga. O antigo avançado croata, hoje com 56 anos, juntou-se a Artur Jorge, Quim e Zé Nuno Azevedo, outras velhas glórias dos arsenalistas, para uma conversa no Facebook onde responderam a questões dos adeptos.

Na memória de Karoglan continua bem intacta a sua exibição frente ao Benfica na meia-final da Taça de Portugal, em fevereiro de 1998. Marcou dois golos no triunfo por 2-1, depois das águias terem inaugurado o marcador através de Panduru. Mas um desses golos é particularmente especial, o de livre direto. "Não é o melhor, mas foi o mais importante. Um golo que ficou na história do Sp. Braga e na minha também. O Estádio 1.º Maio estava cheio, eu nunca tinha visto tanta gente. Até havia pessoas em cima do muro. Uns 50 mil, foi uma coisa inesquecível", comentou, ele que deixou o Minho no fim da época 1998/99.
Tratado carisonhamente por 'velhinho' pelos companheiros de debate, Karoglan agradeceu profundamente ao Sp. Braga, aos adeptos e à cidade por todos os bons momentos que passou na cidade dos Arcebispos, ao longo da década de 90.
"O Karoglan foi o primeiro craque da bola com quem eu joguei, um fora-de-série, com quem nós sonhamos um dia vir a jogar. Era fantásitco, era passar a bola ao Karoglan ele decidia", sintetizou Quim, a propósito do avançado.

Dificuldades superadas

Este quarteto recordou alguns momentos do passado ao longo de pouco mais de uma hora de conversa. Quim salientou as memórias vividas no Estádio 1.º de Maio, desde os tempos em que começou a joga à bola. Zé Nuno Azevedo lembrou as dificuldades daquele tempo que, no entanto, não impediam a equipa de ser unida e viver momentos marcantes.
"O 'Braguinha da loja os 300' tinha coisas de grandes sacrifício e lutas internas entre nós para superar as dificuldades, que hoje felizmente não se vivem. São tempos diferentes. Se gostaria de estar num Braga ao nível do que está hoje? Obviamente que sim, mas não troco esse nível pelo nosso caminho e trabalho daque tempo. São tempos diferentes, são os tempos que são. Faltou a estabilidade e continuidade que hoje existe. Mas aquilo que vivi e itensidade que vivemos, como sofremos juntos, não trocaria", assegurou o antigo defesa-direito.
Artur Jorge recordou uma brilhante tarde europeia, em que marcou dois golos ao Vitesse, em setembro de 1997. "Marquei dois penáltis e vocês permitiram que eu brilhasse", disse, para Karoglan e Zé Nuno Azevedo, pois foram eles que sofreram as infrações na área dos holandeses.

Cajuda atento

Estes antigos jogadores mostraram grande satisfação pelo diálogo, sobretudo pelo reencontro, ainda que à distância, com Karoglan. Uma conversa que motivou a atenção de adeptos do Sp. Braga, mas também de Manuel Cajuda.
O experiente treinador chegou a trabalhar com estas figuras durante a sua passagem pelo comando técnico do Sp. Braga. "Como eu adoro ouvir-vos. Continuam grandes e eu cresci com vocês. Obrigado putos", escreveu Cajuda, num comentário à publicação do Sp. Braga.

Por André Gonçalves

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/karoglan-nao-esquece-os-golos-ao-benfica-em-1998?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3994 em: 27 de Abril de 2020, 09:46 »
O lamento de Artur Jorge e o perdão a Quim por ter trocado o Braga pelo Benfica

O Braga juntou quatro antigas glórias do clube (Quim, Karoglan, Zé Nuno Azevedo e Artur Jorge) para uma conversa nas redes sociais.

Quim, Karoglan, Zé Nuno Azevedo e Artur Jorge juntaram-se nas redes sociais do Braga para recordar momentos do passado, mas também para falar sobre o presente. No caso de Artur Jorge, treinador dos sub-19 do clube, falou-se sobre a suspensão dos campeonatos da formação.

"Não sei se seríamos campeões, mas íamos lutar pelo título. Temos uma equipa competente e muito competitiva. Fica o registo de termos feito um campeonato sem nenhuma derrota, com 26 jogos sem nunca perder. Tínhamos o objetivo de lutar pelo título", referiu o antigo defesa-central.

Durante a conversa, e num momento mais descontraído, Quim foi perdoado pelos antigos colegas por ter trocado o Braga pelo Benfica em 2004. "Sim, já perdoámos", garantiu Artur Jorge.

"Já se dizia antes que podia sair e chegou à Seleção ainda como jogador do Braga, ainda que é uma inevitabilidade estar num clube grande para estar mais perto da Seleção. Temos visto isso ao longo das últimas épocas... Perdoámos por uma razão simples. O Quim foi à procura de outras condições e projeção. Regressou a Braga na primeira oportunidade para vencer pelo Braga", recordou Zé Nuno Azevedo.

em: https://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/braga/noticias/o-lamento-de-artur-jorge-e-o-perdao-a-quim-por-ter-trocado-o-braga-pelo-benfica-12119628.html
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3995 em: 04 de Maio de 2020, 08:09 »
Wender: «O João Tomás tirou-me muitos golos e nem um jantar pagou»

Wender esteve cinco épocas e meia ao serviço do Sp. Braga como jogador e, mais recentemente, já treinou a equipa B dos guerreiros. Uma carreira que o próprio não consegue dissociar dos guerreiros do Minho, onde viveu momentos marcantes.

As suas contas apontam para 47 golos apontados pelo Sp. Braga, onde fez questão de incluir os tiros certeiros na antiga Liga Intercalar. Mas Wender tem uma explicação para o facto de o número de golos não ser ainda maior: João Tomás.


"Se tenho 47 golos no Sp. Braga, devia ter uns 55... O João Tomás tirava-mos. Ele tirou-me muitos golos e ficou prometendo lanches e jantares. Eu fazia-lhe assistências e nem um jantar pagou", gracejou Wender, de 45 anos.

Um dos golos de Wender foi marcado, diz o próprio, com "o ombro de Deus". Foi em Verona, em setembro de 2006, diante do Chievo. Uma eliminatória europeia que tinha começado com vitória minhota por 2-0, em Braga, a que responderam os italianos com idêntico 2-0. No prolongamento, Wender teve papel decisivo.

"O golo em Verona não foi com a mão, foi com o ombro, o chamado ombro de Deus! O Maciel meteu-se à minha frente, ele queria marcar, eu empurrei-o e a bola bateu-me na cabeça, no ombro e fez o efeito até a bola entrar. Importante foi depois ir buscar o prémio", atirou Wender, sobre um momento que valeu o acesso à fase de grupos da antiga Taça UEFA.

Ao longo desses anos, Wender privou de perto com um dos históricos capitães do Sp. Braga, Vandinho. "Quem se lembra do Philco?", perguntou aos colegas de debate Eduardo, João Cardoso e Castanheira. "Uma vez estávamos na sauna e o miúdo [em 2007/08 tinha 19 anos] estava empolgado porque íamos jogar contra um dos grandes. Ele estava entusiasmado, a comentar que tinha trabalhado bem nos treinos e que achava que ia jogar nesse jogo. O Vadinho olha para ele e diz: 'Ir para o jogo? Estás a brincar? Não tens um minuto e achas que vais para o jogo? Acorda!'", contou.

Wender fez parte da equipa que conquistou a Taça Intertoto, lamentou não ter conquistado troféus nacionais pelos arsenalistas e recordou ainda o clube que mais gostava de defrontar. "Por ser emblemático, os jogos com o Vitória de Guimarães eram os mais acesos e aguerridos, era um jogo que dá bastante garra, bom de se jogar, um clássico com nervos à flor da pele", apontou.

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/wender-o-joao-tomas-tirou-me-muitos-golos-e-nem-um-jantar-pagou?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3996 em: 04 de Maio de 2020, 08:10 »
Castanheira recorda Cajuda: «Não gostaste de jogar 10 minutos? Da próxima não jogas!»

Dias depois da estreia do antigo médio no Sp. Braga, na época 1996/97


Castanheira, antigo médio do Sp. Braga e atual adjunto de Abel Ferreira nos gregos do PAOK, recordou alguns momentos da sua passagem pelos arsenalistas ao longo da rubrica 'Duas de Letra', no Facebook do clube.

Uma das curiosidades dos adeptos passou por histórias relacionadas com o técnico Manuel Cajuda. "Foi ele que me deu a oportunidade de estrear na equipa A, quando ainda era júnior, em 1996. Foi num jogo com o Leça, entrei a 10 minutos do fim. Depois, durante a semana, dei uma entrevista, estava satisfeito por me ter estreado, mas disse que dez minutos não davam para grandes coisas. Então o título do jornal era 'Em dez minutos não dá para fazer muita coisa' ou algo do género", começou por referir, antes de contar a reação de Cajuda quando leu a entrevista.

"No dia seguinte, o Manuel Cajuda mete-se comigo. 'Oh meu menino, não gostate de jogar 10 minutos? Então para a próxima não jogas!'. Ele meteu-se comigo e estava eu todo envergonhado", recordou Castanheira.

O médio assumiu que não marcou muitos golos na carreira, mas há um que não esquece: um chapéu ao guarda-redes Candeias, do Rio Ave, em novembro de 2004. "Tu és o culpado, Wender, iniciaste a jogada. Foi um bom golo, daqueles de intuição em que temos de antecipar o que o guarda-redes fará naquele momento, antecipei e fiz um chapéu. Foi um golo de belo efeito", contou, antes de Wender recordar que em duas temporadas Candeias fez muito poucos jogos pelo Rio Ave, mas dois deles foram esse jogo que terminou com triunfo arsenalista por 3-0 e outro, na época 2005/06 que terminou com um 5-0 favorável aos bracarenses.

Por André Gonçalves

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/castanheira-recorda-cajuda-nao-gostaste-de-jogar-10-minutos-da-proxima-nao-jogas?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3997 em: 04 de Maio de 2020, 08:11 »
Lendas recordam simbolismo do Estádio 1.º de Maio: «Alguns iam à feira antes do treino»


Eduardo, João Cardoso, Castanheira e Wender com boas recordações do recinto


Eduardo, Wender, Castanheira e João Cardoso aproveitaram o encontro virtual através do Facebook do Sp. Braga para recordar a importância do Estádio 1.º de Maio para o Sp. Braga.

"Será sempre um estádio emblemático para qualquer bracarense", sintetizou Eduardo, depois de Castanheira ter destacado a importância do palco onde se estreou e mais momentos viveu pelo Sp. Braga.

Wender lembrou os tempos em que até havia gente a ir às compras antes do treino. "O mais engraçado nessa altura era quando passávamos do balneário para o Campo da Ponte [ao lado do 1.º de  Maio] e havia uma feira e alguns jogadores até faziam compras lá na feira mesmo antes do treino", recordou.

Castanheira lembrou que, aquando da mudança para o Estádio Municipal, a equipa teve uma sequência de jogos sem conseguir ganhar. E João Cardoso aproveitou a deixa para recordar que Jesualdo Ferreira, então técnico do Sp. Braga chegou a dizer o seguinte: "Vamos jogar lá para cima que aqui a gente não se entende..."

Por André Gonçalves

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/lendas-recordam-simbolismo-do-estadio-1-de-maio-alguns-iam-a-feira-antes-do-treino?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3998 em: 04 de Maio de 2020, 08:11 »
João Cardoso: as "porradinhas" a Eusébio e o árbitro que anulou o penálti a dois toques

Antigo lateral-esquerdo fez carreira ao serviço do Belenenses e do Sp. Braga


João Cardoso, antigo lateral-esquerdo de 68 anos, chegou a competir contra Eusébio e outras figuras míticas do futebol português. Aliás, até elencou alguns jogadores difíceis de enfrentar, na conversa com Eduardo, Wender e Castanheira.

"Eusébio? Para o parar só com algumas porradinhas. O Oliveira também, era um chatinho... Mas com esse eu dava-lhe uma ou duas porradinhas e ele fugia de mim. O jogador que me deu maior baile foi um baixinho no Brasil chamado Osni. Tínhamos ido fazer jogos particulares, pelo Belenenses. Eu queria dar uma porrada nese e não conseguia acertar! Ele era rápido e baixinho", contou.

Mas as histórias de João Cardoso também têm ligação aos golos, pois chegou a marcar alguns, nomeadamente de livre. Disse que nos azuis do Restelo não o deixavam marcar os livres e pôde fazê-lo no Minho, a partir de 1977/78. Curiosamente, uma das histórias insólitas diz respeito a penáltis... a dois toques!

"Eu e o Dito fizemos uma brincadeira... Uma vez, num jogo com o V. Guimarães e estávamos já a ganhar penso que 2-0, pedimos autorização ao Quinito para fazer aquilo no jogo. Ele respondeu: 'Vocês é que sabem, não tenho nada a ver'. Marcámos o penálti, sim senhor, mas o árbitro ficou tão surpreendido que anulou o golo", contou João Cardoso. Mas há mais!

"No final do jogo perguntei ao árbitro por que razão tinha anulado e ele disse-me: 'Eu não estava à espera daquilo e a única coisa que me ocorreu foi apitar e dizer que alguém tinha entrado na área antes'", acrescentou João Cardoso. "O Silvino era o guarda-redes do V. Guimarães e mesmo na Seleção andava de roda de mim a mandar-me para a cabeça por causa disso", contou. Esse jogo entre os rivais do Minho foi em abril de 1984 e o Sp. Braga venceu por 3-0.

João Cardoso, note-se, é hoje treinador-adjunto da equipa sub-23 do Sp. Braga e integra, também, a equipa de scouting do clube minhoto.

Por André Gonçalves

em: https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/sp--braga/detalhe/joao-cardoso-as-porradinhas-a-eusebio-e-o-arbitro-que-anulou-o-penalti-a-dois-toques?ref=Sp.%20Braga_DestaquesPrincipais
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  Re: POR ONDE ANDAM ANTIGOS JOGADORES DO BRAGA
« Responder #3999 em: 06 de Maio de 2020, 07:33 »
Mossoró lembra provocação de JJ a Rentería: «Quando te meto à noite não jogas nada!»

Entrevistado pela ESPN, Márcio Mossoró, antigo médio brasileiro, lembrou a temporada 2008/09 em que foi treinado por Jorge Jesus no SC Braga. O treinador português, conhecido pela forma peculiar no trato dos jogadores, fez Wason Rentería, avançado colombiano, ouvir das boas.

«Quando os jogos eram à noite, o Jesus gostava sempre de treinar de manhã cedo algumas situações de jogo e bolas paradas. No plantel estava o Rentería, campeão da Libertadores comigo no Internacional. Nos treinos driblava e fazia cada golaço… E aí o Jesus brincava com ele. “Sem pressão, sem ninguém, é fácil. Quando te meto à noite não jogas nada”, dizia-lhe a brincar. O Jorge dizia que o Rentería era o avançado dos golos difíceis. Fazia tudo certo mas na hora de finalizar não conseguia marcar.

- O mister tinha sempre umas piadas destas. É um homem espetacular, que sabia brincar e tirar o melhor dos jogadores. Quando um jogador dava um chutão, ele gritava “ó miúdo, já não estás numa equipa pequena. Agora é equipa grande. Se deres outro desses sais do treino. Faz o que eu mando que as coisas vão correr bem”, dizia», recordou Mossoró, a quem o tremendo sucesso do Flamengo não surpreendeu.

«As pessoas acham que a equipa joga de forma muito ofensivas mas estão todos compactos e todos defendem. É isso que faz a diferença. O Bruno Henrique jogava no flanco esquerdo e virou um segundo avançado espetacular. O Gabigol é um artilheiro que também cai para as alas… O Jesus consegue juntar todos os tecnicistas na equipa», elogiou.

em: https://www.abola.pt/Clubes/2020-05-05/sc-braga-mossoro-lembra-provocacao-de-jj-a-renteria-quando-te-meto-a-noite-nao/843211/471
 

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