Há formas de raciocínio de muita gente que de facto, por muito que me custe, não entendo.
Provavelmente é assim em tudo e em tudo da vida.
Vem isto a propósito do artigo (“O quarto”) do tal Fernando Rola, no jornal o Jogo, que passo a transcrever :
“O quarto
FERNANDO ROLA
A discussão sobre o quarto grande gira, normalmente, em torno dos resultados desportivos, barómetro que admite os mais diversos critérios de avaliação. Pode questionar-se, por exemplo, o peso exacto da conquista de um campeonato e quantas taças serão necessárias para igualar um título ou, mesmo, se há paridade possível. A ausência de critérios únicos apimenta as discussões e adia conclusões para além das obviamente ditadas pelas cores clubísticas. E assim se digladiam, há vários anos, Belenenses e Boavista; recentemente, o Braga tenta entrar na "guerra", missão complicada pela ausência da tal conquista jamais equiparada: falta-lhe um título de campeão nacional...
Tudo isto, contudo, perde sentido se forem alteradas as premissas e, em lugar dos êxitos desportivos, se considerar outras ordens de grandeza. O número de adeptos, por exemplo. O simples acompanhamento dos campeonatos permite chegar à conclusão que, em termos de seguidores, os três grandes arrastam legiões e que o Guimarães também tem a sua. Mesmo disputando a Liga de Honra, conseguiu, nesta temporada, uma média de superior a 15 mil adeptos por jogo, ultrapassando as assistências do Braga, que foi, na Liga principal, o quarto clube com melhor média de assistências. Mais: na jornada 28, quando recebeu o Portimonense, bateu o recorde da temporada e do clube, com 26.631 espectadores no estádio. Os outros, candidatos a quarto grande ou não, até podem conseguir números idênticos, mas só esporadicamente, quando recebem um dos três grandes. O Guimarães, neste particular, é auto-suficiente. E único.”
Já há 2 anos atrás, salvo erro, o mesmo senhor esteve com o mesmo paleio da massa humana, o que por si só, já qualifica as suas afinidades, e algumas das sua preferências clubísticas. Agora, pode e deve realçar os aspectos positivos que quiser, mas nós provamos que no ido ano de 1964 ultrapassamos qualquer assistência que o Guimarães venha a ter na 2ª Liga (não tem estádio para isso). Quanto à assistência no novo Estádio, está provado, que com as mesmas armas, e se quisermos, somos igualmente insuperáveis. O jogo com o Belém provou-º
Tudo bem.
Eu não posso considerar que um elogio a um adversário, constitua uma ofensa ou critica ao meu clube.
Nem ele o faz convenhamos, pelo menos directamente.
Embora não entenda como pode algum jornalista desportivo estar tão desatento ao fenómeno desportivo, nomeadamente ao que o SCBraga respeita, tudo bem.
O que me custa aceitar, são então, as tais convicções do nosso futebol.
E quais são ?
Basicamente, no que concerne ao nosso SCBraga há 2 que são inevitáveis:
- somos todos benfiquistas e vivemos numa cidade de benfiquistas
- o Guimarães é que tem uma massa associativa “única”, e são os maiores do mundo
É-nos difícil a nós braguistas, contrariar estas convicções. Não temos “pardelhos” na imprensa nacional que por nós lutem. Antes pelo contrário. Este tipo de comentários tem sempre o objectivo de denegrir a imagem do SCBraga e é feita por 2 tipos de “pardelhos”:
- os que não conhecem a realidade e falam à boa maneira da “Maria vai com as outras”
-os que conhecendo a realidade, sentem que é preciso impedir o crescimento do SCBraga, denegrindo a sua imagem e ferindo os seus adeptos. Não haja dúvidas, de que o SCBraga é um clube incomodo, e cujo crescimento mexe com muitos adeptos de outros clubes
É pois, a nós braguistas, que cabe esta incansável luta, em dizer que “únicos”, são os adeptos de cada clube, seja ele qual for.
Pois não há vimaranense que goste tanto do seu clube, quando um braguista goste do dele.
Caça às Rolas !
Provavelmente é assim em tudo e em tudo da vida.
Vem isto a propósito do artigo (“O quarto”) do tal Fernando Rola, no jornal o Jogo, que passo a transcrever :
“O quarto
FERNANDO ROLA
A discussão sobre o quarto grande gira, normalmente, em torno dos resultados desportivos, barómetro que admite os mais diversos critérios de avaliação. Pode questionar-se, por exemplo, o peso exacto da conquista de um campeonato e quantas taças serão necessárias para igualar um título ou, mesmo, se há paridade possível. A ausência de critérios únicos apimenta as discussões e adia conclusões para além das obviamente ditadas pelas cores clubísticas. E assim se digladiam, há vários anos, Belenenses e Boavista; recentemente, o Braga tenta entrar na "guerra", missão complicada pela ausência da tal conquista jamais equiparada: falta-lhe um título de campeão nacional...
Tudo isto, contudo, perde sentido se forem alteradas as premissas e, em lugar dos êxitos desportivos, se considerar outras ordens de grandeza. O número de adeptos, por exemplo. O simples acompanhamento dos campeonatos permite chegar à conclusão que, em termos de seguidores, os três grandes arrastam legiões e que o Guimarães também tem a sua. Mesmo disputando a Liga de Honra, conseguiu, nesta temporada, uma média de superior a 15 mil adeptos por jogo, ultrapassando as assistências do Braga, que foi, na Liga principal, o quarto clube com melhor média de assistências. Mais: na jornada 28, quando recebeu o Portimonense, bateu o recorde da temporada e do clube, com 26.631 espectadores no estádio. Os outros, candidatos a quarto grande ou não, até podem conseguir números idênticos, mas só esporadicamente, quando recebem um dos três grandes. O Guimarães, neste particular, é auto-suficiente. E único.”
Já há 2 anos atrás, salvo erro, o mesmo senhor esteve com o mesmo paleio da massa humana, o que por si só, já qualifica as suas afinidades, e algumas das sua preferências clubísticas. Agora, pode e deve realçar os aspectos positivos que quiser, mas nós provamos que no ido ano de 1964 ultrapassamos qualquer assistência que o Guimarães venha a ter na 2ª Liga (não tem estádio para isso). Quanto à assistência no novo Estádio, está provado, que com as mesmas armas, e se quisermos, somos igualmente insuperáveis. O jogo com o Belém provou-º
Tudo bem.
Eu não posso considerar que um elogio a um adversário, constitua uma ofensa ou critica ao meu clube.
Nem ele o faz convenhamos, pelo menos directamente.
Embora não entenda como pode algum jornalista desportivo estar tão desatento ao fenómeno desportivo, nomeadamente ao que o SCBraga respeita, tudo bem.
O que me custa aceitar, são então, as tais convicções do nosso futebol.
E quais são ?
Basicamente, no que concerne ao nosso SCBraga há 2 que são inevitáveis:
- somos todos benfiquistas e vivemos numa cidade de benfiquistas
- o Guimarães é que tem uma massa associativa “única”, e são os maiores do mundo
É-nos difícil a nós braguistas, contrariar estas convicções. Não temos “pardelhos” na imprensa nacional que por nós lutem. Antes pelo contrário. Este tipo de comentários tem sempre o objectivo de denegrir a imagem do SCBraga e é feita por 2 tipos de “pardelhos”:
- os que não conhecem a realidade e falam à boa maneira da “Maria vai com as outras”
-os que conhecendo a realidade, sentem que é preciso impedir o crescimento do SCBraga, denegrindo a sua imagem e ferindo os seus adeptos. Não haja dúvidas, de que o SCBraga é um clube incomodo, e cujo crescimento mexe com muitos adeptos de outros clubes
É pois, a nós braguistas, que cabe esta incansável luta, em dizer que “únicos”, são os adeptos de cada clube, seja ele qual for.
Pois não há vimaranense que goste tanto do seu clube, quando um braguista goste do dele.
Caça às Rolas !