.. campeonato para os 3"grandes"?
OS “GRANDES” E OS “OUTROS”
A Superliga no panorama futebolístico português, é sinónimo de visibilidade, prestígio, qualidade, distinção, classe e receitas...
Como é do conhecimento geral, os clubes que disputam a Superliga, conseguem arrecadar muitos milhares de euros com as receitas provenientes da TV, publicidade, bilheteira, quotizações e receitas extraordinárias, entre outras, receitas estas inacessíveis aos clubes que disputam escalões de competição inferiores. Atingir a Superliga, além da importância de cariz desportivo, do prestígio e glória que traz a um clube, é também sinónimo de acesso a um maior leque de receitas. Mais receitas e diversificadas. Para algumas equipas, devido ao estatuto, aos custos dos plantéis e à precária saúde financeira, atingir a Superliga é vital para a sobrevivência. Sem estas receitas, os clubes a manterem índices elevados e desproporcionados estariam à beira do fim.
Tudo isto vem a propósito do Estudo da Deloitte sobre o Futebol português.
O dito estudo, preconiza que caso o figurino da Superliga fosse alterado para 10 equipas, a quatro voltas, poderia haver um aumento significativo das receitas, entre os 60 a 70% num ano, para os clubes ditos grandes. Também os outros clubes teriam um aumento significativo. Preconiza o mesmo estudo, que haveria um maior equilíbrio orçamental e a disparidade entre eles diminuiria.
Com o aumento da frequência de jogos entre os “grandes”(quatro jogos ao invés de dois), facilmente se adivinha mais receitas...
E os “outros”?
Aqui reside a minha discordância.
Será que diminuiria a disparidade entre os clubes da Superliga?
Se aumenta as receitas para os ditos “pequenos”, aumenta muito mais para os “grandes”, não é?
Oxalá esteja enganado, mas tal figurino iria aumentar o fosso que existe, e está bem vincado, entre os clubes “grandes” e os “outros”. Estes cada vez mais, veriam diminuídas as hipóteses de atingir o topo.
Um ponto que merece reflexão, na minha opinião, é que reduzir o número de clubes para 10, e assim restringir o acesso de clubes à Superliga, significaria para muitos clubes, o fim. O fim dos clubes, ou o fim das ambições, dos anseios e expectativas de muitos milhares de pessoas que não se revêem nos clubes ditos grandes. Os “outros” clubes, tem também um historial e um enorme prestígio no futebol português que deveria ser reconhecido e enaltecido por Portugal inteiro, mas infelizmente, a começar pela própria CS, parece que quem reúne simpatias gerais e são motivo de orgulho colectivo, são os ditos “grandes”...Como está enganado, quem pensa assim! Clubes modestos, sem argumentos financeiros para disputar títulos, são exemplos nobres e sublimes no desporto, pois apesar de pouco ganharem dão muito a Portugal.
A nível financeiro, na minha modesta opinião, apesar do aumento das receitas, tudo continuaria na mesma... Tudo continuaria na mesma, porque na minha opinião o busílis da questão não está na escassez de receitas, mas sim na gestão dos clubes. Apontam-se problemas, questões...A falta de dinheiro, o modelo competitivo, os estádios...Na minha opinião, o problema maior não reside nestas premissas, mas reside sim nas pessoas, nos dirigentes desportivos. Se no passado houve aumento de receitas relacionadas com a TV, se houve injecções maciças de dinheiros com a constituição das SADs...e tudo isto depressa foi água abaixo, qual corrente de um rio, então porque hei-de acreditar que um novo figurino, com o natural aumento das receitas vai resolver os problemas de índole financeira dos clubes?
Infelizmente o mais provável é que mais receitas, irá implicar mais gastos desmedidos. Oxalá esteja enganado!
Enquanto os clubes não optarem por uma gestão eficaz, rigorosa, adequada, independentemente de haver mais ou menos receitas, iremos assistir sempre ao actual descalabro das contas.
Enquanto os clubes não optarem por atacar na raíz os problemas; enquanto não optarem por caminhos seguros - não necessariamente os mais fáceis – então caminharão sempre junto ao abismo, estarão sempre dependentes...
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Discordei, e continuo a discordar, da redução de clubes.
Vejam o exemplo desta época, o campeonato tem 16 equipas após muitos anos com 18 equipas. O que melhorou?
Nada!
A diferença pontual, entre os clubes pequenos e grandes, na tabela classificativa mantêm-se.
A qualidade do futebol português permance igual, ou seja, a maioria dos clubes continua a jogar para o pontinho.
A tendência de diminuição de receitas para os clubes pequenos está a vincar-se... o interregno do inverno, e os meses do defeso, sem receitas de vária ordem afecta os orçamentos...
As médias de assistências nos estádios continuam iguais. Nos casos onde houve alteraçõe ssignificativas, existe uma relação entre o momento da equipa e promoções e não com a qualidade do futebol português.
Qual a vossa opinião?
OS “GRANDES” E OS “OUTROS”
A Superliga no panorama futebolístico português, é sinónimo de visibilidade, prestígio, qualidade, distinção, classe e receitas...
Como é do conhecimento geral, os clubes que disputam a Superliga, conseguem arrecadar muitos milhares de euros com as receitas provenientes da TV, publicidade, bilheteira, quotizações e receitas extraordinárias, entre outras, receitas estas inacessíveis aos clubes que disputam escalões de competição inferiores. Atingir a Superliga, além da importância de cariz desportivo, do prestígio e glória que traz a um clube, é também sinónimo de acesso a um maior leque de receitas. Mais receitas e diversificadas. Para algumas equipas, devido ao estatuto, aos custos dos plantéis e à precária saúde financeira, atingir a Superliga é vital para a sobrevivência. Sem estas receitas, os clubes a manterem índices elevados e desproporcionados estariam à beira do fim.
Tudo isto vem a propósito do Estudo da Deloitte sobre o Futebol português.
O dito estudo, preconiza que caso o figurino da Superliga fosse alterado para 10 equipas, a quatro voltas, poderia haver um aumento significativo das receitas, entre os 60 a 70% num ano, para os clubes ditos grandes. Também os outros clubes teriam um aumento significativo. Preconiza o mesmo estudo, que haveria um maior equilíbrio orçamental e a disparidade entre eles diminuiria.
Com o aumento da frequência de jogos entre os “grandes”(quatro jogos ao invés de dois), facilmente se adivinha mais receitas...
E os “outros”?
Aqui reside a minha discordância.
Será que diminuiria a disparidade entre os clubes da Superliga?
Se aumenta as receitas para os ditos “pequenos”, aumenta muito mais para os “grandes”, não é?
Oxalá esteja enganado, mas tal figurino iria aumentar o fosso que existe, e está bem vincado, entre os clubes “grandes” e os “outros”. Estes cada vez mais, veriam diminuídas as hipóteses de atingir o topo.
Um ponto que merece reflexão, na minha opinião, é que reduzir o número de clubes para 10, e assim restringir o acesso de clubes à Superliga, significaria para muitos clubes, o fim. O fim dos clubes, ou o fim das ambições, dos anseios e expectativas de muitos milhares de pessoas que não se revêem nos clubes ditos grandes. Os “outros” clubes, tem também um historial e um enorme prestígio no futebol português que deveria ser reconhecido e enaltecido por Portugal inteiro, mas infelizmente, a começar pela própria CS, parece que quem reúne simpatias gerais e são motivo de orgulho colectivo, são os ditos “grandes”...Como está enganado, quem pensa assim! Clubes modestos, sem argumentos financeiros para disputar títulos, são exemplos nobres e sublimes no desporto, pois apesar de pouco ganharem dão muito a Portugal.
A nível financeiro, na minha modesta opinião, apesar do aumento das receitas, tudo continuaria na mesma... Tudo continuaria na mesma, porque na minha opinião o busílis da questão não está na escassez de receitas, mas sim na gestão dos clubes. Apontam-se problemas, questões...A falta de dinheiro, o modelo competitivo, os estádios...Na minha opinião, o problema maior não reside nestas premissas, mas reside sim nas pessoas, nos dirigentes desportivos. Se no passado houve aumento de receitas relacionadas com a TV, se houve injecções maciças de dinheiros com a constituição das SADs...e tudo isto depressa foi água abaixo, qual corrente de um rio, então porque hei-de acreditar que um novo figurino, com o natural aumento das receitas vai resolver os problemas de índole financeira dos clubes?
Infelizmente o mais provável é que mais receitas, irá implicar mais gastos desmedidos. Oxalá esteja enganado!
Enquanto os clubes não optarem por uma gestão eficaz, rigorosa, adequada, independentemente de haver mais ou menos receitas, iremos assistir sempre ao actual descalabro das contas.
Enquanto os clubes não optarem por atacar na raíz os problemas; enquanto não optarem por caminhos seguros - não necessariamente os mais fáceis – então caminharão sempre junto ao abismo, estarão sempre dependentes...
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Discordei, e continuo a discordar, da redução de clubes.
Vejam o exemplo desta época, o campeonato tem 16 equipas após muitos anos com 18 equipas. O que melhorou?
Nada!
A diferença pontual, entre os clubes pequenos e grandes, na tabela classificativa mantêm-se.
A qualidade do futebol português permance igual, ou seja, a maioria dos clubes continua a jogar para o pontinho.
A tendência de diminuição de receitas para os clubes pequenos está a vincar-se... o interregno do inverno, e os meses do defeso, sem receitas de vária ordem afecta os orçamentos...
As médias de assistências nos estádios continuam iguais. Nos casos onde houve alteraçõe ssignificativas, existe uma relação entre o momento da equipa e promoções e não com a qualidade do futebol português.
Qual a vossa opinião?