Ontem, no Restelo o clube lisboeta carimbou a sua passagem para Final da Taça de Portugal onde vai defrontar o Sporting. Num jogo muito intenso e cheio de emoções, a equipa azul acabou por vingar devido a maior capacidade e fôlego físico bem como a uma expulsão infantil de Wender. Nota muito positiva para Jorge Jesus, que estava emocionado, sendo a imagem perfeita de qualquer adepto azul no final do jogo. O timoneiro da nau azul, é um dos maiores responsáveis pela brilhante caminhada da equipa do Restelo até à final do Jamor.
O jogo começou com o golo de Dady, num chapéu perfeito a Paulo Santos. Aos 6 minutos a equipa da casa colocava-se em vantagem e com possibilidades de procurar jogar como tanto gosta: na rápida transição defesa-ataque. A equipa minhota respondeu e começou a controlar o jogo, devido a maior capacidade de circulação da bola no seu meio campo, denotando o Belém alguma incapacidade a esse nível, dada a apatia de Silas e Zé Pedro. Só Cândido Costa era o jogador azul que conseguia romper com o maior pendor e controlo do jogo por parte dos bracarenses, que tinham em João Pinto, Wender e Maciel, um tridente quase mortal para o último reduto dos anfitriões. E foi assim, que o Braga chegou ao merecido empate, numa jogada de insistência e de génio de Wender que com um toque de calcanhar isolou Maciel, que marcou à saída de Marco Gonçalves. Até ao final do primeiro tempo, foi o Braga que controlou a partida, tendo mesmo mostrado maior pendor ofensivo do que o Belenenses durante esse período.
Na etapa complementar, as equipas entraram algo receosas e assim mantiveram-se até que as pernas começaram a trair os bracarenses. A maior disponibilidade e capacidade física dos jogadores do Belenenses começou a fazer pender a balança do jogo para os da casa. O campo começou a ficar “inclinado” e só a alma e a entrega dos jogadores do Braga impediram que o resultado ficasse resolvido antes do prolongamento.
No prolongamento, o “estoiro” dos bracarenses e a expulsão completamente infantil de Wender (tem talento mas perde-se em coisas bem menores!) traçaram o destino da equipa minhota. O Belenenses cresceu e por mais de uma vez lançou o pânico na área de Paulo Santos, que via os avançados azuis a falharem oportunidade atrás de oportunidade. Até que, já na segunda parte do prolongamento, Dady faz um cruzamento e a bola bate no braço de Frechaut. Penalty! Uma grande penalidade clara mas que foi injusta dado que o jogador bracarense não parece ter intenção de cortar a bola. A discussão perdurará como em todas as outras vezes. Zé Pedro foi o escolhido para converter a penalidade que colocou a equipa azul 18 anos depois numa final do Jamor…e a minha alma pintou-se ainda mais de azul.
Todos sabem que sou um fervoroso adepto do Belém mas quero dizer que acho que a verdade desportiva foi claramente prejudicada, quer nesta, quer na outra meia final. É incompreensível que as duas equipas em confronto tenham períodos de tempo de recuperação dos jogos da Liga diferentes. Como belenense estou muito feliz….como adepto desportista estou desapontado com estes calendários estúpidohttp://www.fintaeremata.blogspot.com/