Quando o Braga apostou em Jardim tinha margem para fazer essa aposta, o patamar de exigência aínda não era o de hoje e para além disso AS era incontestado e tinha condições diferentes daquelas que hoje tem para assumir o risco e conseguir impactar um possível erro, tal como estamos ver (essa margem "esgotou-se" mas claro que pode continuar a insistir no risco, desde que continue a não ter consequências...)
Por maior potencial, trabalho desenvolvido e auguro de grande futuro que até a crítica mais entendida possa fazer a alguém que treina num escalão inferior é minha opinião que o SCB, face à dimensão, objectivos imediatos e exigência não deve repetir esse caminho, correr esse enorme e desnecessário risco, nem sequer arriscar num treinador de primeira Liga aos primeiros sinais positivos.
O SC é hoje é um clube apetecível, bem mais apetecível do que uma mera rampa de lançamento para treinadores que nem sequer conseguiram aínda mostrar capacidade para repetir um bom primeiro trabalho.
Claro que um treinador até pode ter algum currículo (ter lutado por títulos, ter jogado competições europeias), ter sido muito bom noutro lado e.nao o conseguir ser cá mas desses aínda não tivermos (tivemos JF na segunda passagem, regresso que não correu bem), depois há os outros, aqueles que podem dar um Jardim como podem dar um Jorge Paixão, ou um Abel como um Jorge Simão, ou um Amorim como AJ ou um Custódio. É nesta roleta que queremos continuar a jogar? É por esse caminho que esperamos sair da estagnação que já dura há uma década. Há que minimizar o risco rumo ao patamar seguinte, deixem os treinadores do Moreirense e do Arouca, por exemplo, consolidar os seus trabalhos, repetir épocas semelhantes e se antes disso já tiverem ido paciência, terão sido o problema ou a solução de outro(s).