Treinador Artur Jorge em números no SC Braga:
Até hoje, fez 66 jogos (5 em 2019-20, 53 em 2022-23 e 8 na presente época).
Regista 44 V, 8 E e 14 D, 138 GM e 71 GS.
Tirando Rúben Amorim, que apenas fez 13 jogos, AJ é o treinador do SCB com maior percentagem de vitórias (66,7%) e o treinador com melhor média de golos marcados (2,09 golos/jogo) da história do clube.
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No que respeita à época em curso, e completado um mês desde o 1º jogo, importa referir que em 8 jogos, ganhámos 6, empatámos 1 e perdemos outro. Fomos o clube português que mais jogos efectuou neste período de tempo.
A nível internacional, ganhámos os 4 jogos que disputámos, marcando 10 golos e sofrendo 2, o que garantiu o importante acesso à FG da Champions.
A nível interno, e com uma média de 2 jogos por semana, os resultados não foram tão brilhantes, mas estamos apenas na 4ª jornada do Campeonato (faltam 30 jogos).
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Dito isto, apenas faço uma pergunta: porque será que grande parte do pessoal do fórum não reconhece competência a quem apresenta estes números num clube como o SCB?
Assim por alto, porque tenho dois olhos na cara, e vejo 90 mns de todos os jogos. Vejo o que a equipa produz e como produz, e vejo o que a equipa consente e o que não consegue controlar (quase nada). Tento analisar os processos defensivos (quase zero) e ofensivos (maioritariamente à base das individualidades). Esta cá no segundo ano e defensivamente a equipa é uma nulidade, mesmo alguns jogadores não ajudando há básicos que a equipa não sabe fazer, e isso treina-se, logo se a equipa não mostra isso em campo, a culpa só pode ser de uma pessoa. Tem um plantel pornográfico este ano para mostrar trabalho, e o que tenho visto para já mesmo com esses "craques" todos, é muita sorte e pouco trabalho.
Limitei-me a divulgar os números / performance de AJ até ao presente, destacando ser, com 66 jogos, o treinador do SCB que regista a maior percentagem de vitórias e golos marcados por jogo. São números e estatísticas! Ponto!
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Claro que também vejo os jogos (muitos ao vivo) e, nalguns casos, revejo-os na TV.
Claro que reconheço as fragilidades técnico-táticas da equipa e sofro com muitas delas, nomeadamente as debilidades do processo defensivo e a pouca intensidade com que abordamos certos momentos do jogo.
Claro que o AJ é um técnico sem ‘curriculum’ relevante, sendo ‘apenas’ um bracarense e um braguista, que dedicou a sua vida profissional ao clube da sua cidade, subindo a pulso todo um trajeto que o guindou a técnico da equipa principal do SCB.
Tudo isto é bonito de se dizer, mas claro que, em alternativa, também gostaria muito de ter como treinador do SCB técnicos da craveira do Guardiola, do Klopp ou do Ancelotti. Mas isso não será seguramente no meu tempo de vida…
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Devo agora enquadrar a minha perspectiva nesta temática: pela minha idade tive oportunidade de vibrar com as duas últimas subidas do clube à 1ª divisão - em 1964, num mítico jogo com o Covilhã com o Estádio 28 de Maio a rebentar pelas costuras e em 1975 com o Vilanovense num pelado miserável em Coimbrões - e mais recentemente, nas décadas de ‘80 e ‘90 do século passado, com o alívio que era evitar a despromoção dum clube sem equipa, sem dinheiro e sem património.
Nesse contexto, reconheço que quem, sendo mais novo, começou a ver o Braga na ‘era Salvador’ (e, já agora os jogos da Premier League e da Champions na TV em doses industriais) tenha um padrão muito diferente, e seguramente mais exigente, que o meu. Ainda bem…
Mas eu subscreveria, desde já, se tal fosse possível, ganhar todos os jogos do Campeonato como o de ontem, com sofrimento até ao último minuto e uma exibição muito fraca até aos 75 / 80 minutos.
E, como dizia um célebre treinador, se querem ver ópera vão ao Scala de Milão (julgo que o São Carlos está meio desactivado).