Bem, o que eu leio por aqui, malditos jogos de pré-época!
O Fabiano está igualzinho a quando saiu! Mais critério no cruzamento? Que bom cruzamento é que ele fez??? Fez um passe em desmarcação para o Rodrigo, aquilo não é um cruzamento sequer... E se fossemos nós a sofrer aquele golo, o quanto não se insultaria o nosso central! Aquela bola nunca na vida pode passar, foi uma abébia descomunal. O Fabiano mostrou o costume: a bola chega a ele, ele corre com ela, mas depois tem de pisar a bola para a parar, porque se tentar fazer um passe com a bola em andamento, ela sai sabe-se lá para onde. Um jogador profissional de futebol que tem de parar a bola antes de a passar é de bradar aos céus, não percebo como conseguem ver alguma evolução nele só porque UMA bola lhe saiu bem, e porque o central foi nabo. A defender, é e sempre será fraco, por mais que repitam que ele é bom... Ele é rápido e raçudo, mas isso não faz dele um bom defesa! Não tem o mínimo de noção de posicionamento, quer em organização defensiva, quer no 1 para 1, não sabe fazer contenção (daí as faltas estúpidas que faz constantemente) ou faz contenção quando não deve (lembro-me bem dum lance na época passada em que ele entra na nossa pequena área a fazer contenção, mais um bocado e ia a fazer contenção até dentro da baliza...). Mas não sei, continuem a achar que ele pode servir...
Agora também digo uma coisa: não me parece que seja com o Joe Mendes que se vai subir o nível, ou pelo menos para já. Comete bastantes erros de posicionamento e de descoordenação com os colegas. Desde janeiro, tirando o golaço que marcou, tem-me desiludido, pelo que tinha ouvido dele, estava à espera de bem mais. Aliás, ontem a certa altura ouve-se o Artur Jorge a dizer-lhe "Acerta uma, Joe! Acerta uma!".
Depois, Rodrigo Gomes... Todos sabemos que ele está no pico de forma das suas épocas, que acontece sempre quando os jogos não são a doer... Marcou um golo, quase que conseguiu uma boa finta, e fez duas boas recuperações defensivas. De resto, foi o costume: quando tenta driblar, acaba a ir contra os adversários e a perder invariavelmente a bola, inconsequente, desequilíbrio zero... Arrisco-me a dizer que o Roger em meia hora fintou mais adversários que o Rodrigo na época passada inteira, e digo isto sem qualquer ironia ou exagero, acho mesmo que é capaz de ser verdade.
O Djaló esteve muito melhor? Se calhar não, porque exagera, porque não é muito inteligente a decidir quando soltar a bola, etc. No entanto, com a capacidade de drible dele, se fosse inteligente já tinha sido vendido por muitos milhões. Sendo um jogador irregular e inconstante, será sempre mais útil que o Rodrigo.
De resto, gostei bastante do Vítor Carvalho, mostrou aquilo que eu conhecia e esperava dele: muita qualidade na circulação, sempre a mostrar-se aos colegas, e muito intenso na reação à perda da bola. O André também esteve bem, com um golaço (ainda que a "finta" que tira o adversário da frente tenha sido um corte do outro adversário) e muito envolvido. O González parece menos "borrado", mas continua-me a parecer muito curto. O Banza tem uma qualidade de remate impressionante (aquele remate que ele faz quase do nada, que depois o Pizzi falha a recarga na cara do GR, é demonstrativo disso). O Marin está-se a adaptar a uma função diferente (o nosso lateral esquerdo estava a jogar muito mais por dentro, quase na linha dos médios, dando a linha ao extremo esquerdo, e isso fica evidente no primeiro golo, em que o Marin está completamente no corredor central), mas não deu para ser conclusivo. O Roger entrou muito bem, a desequilibrar com muita facilidade, e parece-me com bem mais inteligência que o Djaló na hora de decidir, sendo também impressionante a capacidade que tem de se manter de pé quando é tocado. O Soumaré, que será o substituto do Gorby naquele papel de jogador dividido entre a equipa A e a B, pareceu-me ter mais capacidade para se vir a assumir que o francês, mas veremos.
De notar a ausência do Tormena, bastante relevante, e o emparelhamento do Niakaté com o Serdar, que pode vir a ser uma dupla de qualidade durante a época, chegando ou não outro central de peso.