Acabou por ser um jogo, no fim das contas, dentro do esperado. Ainda assim, fizemos uma boa primeira parte, jogando muito direto, e evitando assim a pressão da Fiorentina que também não teve a intensidade da primeira mão. E se temos aguentado o 2-0 por algum tempo, poderíamos ter lançado a dúvida nos jogadores da Fiorentina (já se ouviam assobios da bancada).
Mas o jogo também revelou as nossas fragilidades defensivas. Imensa dificuldade em defender à largura, quando a Fiorentina, bem, mudava rapidamente o centro de jogo, com um homem bem aberto no flanco, com tempo e espaço para a belprazer cruzar e com muitos homens a chegarem à área. Na fase final, houve muita desorganização, com vários lances de superioridade numérica dos italianos no nosso último terço. Temos de melhorar, ser mais coesos - e sobretudo ter uma solução tática que nos permita, sempre que a isso sejamos obrigados defender com uma linha de cinco, de modo a mitigar a fragilidade que se tem visto quando os adversários exploram toda a largura do ataque (o Sporting é um deles).
Dito isto, este jogo mostrou que poderíamos ter discutido verdadeiramente a eliminatória se na primeira mão estivessemos melhor preparados estrategicamente. Esta primeira parte mostrou-o.
E não me parece que tenhamos saído deste jogo com grandes amolgadelas. Gerimos fiaicamente o plantel, a equipa perdeu, é verdade, mas bateu-se. Não me parece que, atendendo ao que se passou na primeira mão, haja grandes mazelas psicológicas ou físicas desta partida.
É tempo de virar atenções para as provas internas. Mas temos de melhorar, temos fragilidades coletivas que nos passarão fatura se queremos efetivamente lutar pelos três primeiros lugares.
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