Percebo o teu ponto de vista, mas não acho que o Carvalhal vai seguir a mesma estratégia.
Meter o Paulo e tirar o Yan, irá obrigatoriamente baixar a equipa para junto da área. Não acredito que queira correr este risco contra uma equipa tão forte no jogo aéreo.
A questão de tirar o Iuri e jogar com mais um MC, até acredito e faz sentido.
Também concordo com o Musrati jogar, e certamente só não jogará se estiver muito mal, mas volto a relembrar que está no Ramadão, e isso pode influenciar a recuperação, por isso o Carvalhal pouco o Castro, para garantir alternativas
"Meter o Paulo e tirar o Yan, irá obrigatoriamente baixar a equipa para junto da área. Não acredito que queira correr este risco contra uma equipa tão forte no jogo aéreo."
Vai ver o 11 do jogo com o Benfica e depois diz-me se baixamos para junto da área
Agora imagina que joga com Fabiano e Yan, como tu sugeres, e eles conseguem-nos empurrar para trás, mesmo que nós não queiramos... Ficas com uma defesa a 5 com Rodrigo, Carmo, Tormena, Fabiano e Yan contra uma equipa que gosta do jogo aéreo. Nas bolas paradas, ficarias apenas com 3 homens relativamente altos (Carmo, Tormena e Musrati) contra os centrais e avançados deles. Na minha óptica, é demasiado arriscado.
Quanto ao Musrati, não é o Ramadão que o impede de recuperar duma cãimbra numa semana... Pode durar menos que os 90min por causa do Ramadão, mas nunca será por si só impeditivo de ser titular.
Se formos para lá jogar em bloco baixo vamos ser trucidados. Não só não sabemos defender em bloco baixo (veja-se a catadupa de oportunidades que o Vizela teve, já tinha acontecido o mesmo em Barcelos) como o jogo aéreo deles é muito superior ao nosso.
Temos que jogar como no Mónaco, equilibrados mas com um bloco médio, pressionar na saída de bola, tentar ter bola o máximo possível e apostar nas costas deles (porque eles vão acabar por ter que subir linhas). Bolinha no chão e rapidez nas transições.
Não concordo...
Primeiro, porque não acho que sejamos tão maus a defender em bloco baixo como dizes. Sim, o Vizela criou 2 ou 3 lances de perigo contra o nosso bloco baixo (e não uma catadupa). As duas defesas que o Matheus faz no jogo são 2 lances que não encaixam nesse bloco baixo: o remate do Guzzo nasce duma bola metida nas costas da nossa defesa, quando estávamos a meio do nosso meio-campo a recuperar, e o remate do Kiko nasce duma perda de bola do Castro à entrada da nossa área. Por isso, não foram oportunidades decorrentes do nosso bloco baixo. O lance do Guzzo em que remata ao lado, esse sim é nessa situação (mas com brinde do Leite à mistura), assim como o remate por cima do Samu à meia volta e outro cruzamento ao segundo poste que o Sarmiento mandou à malha lateral quase sem ângulo. Por isso, reitero, foram 2 ou 3 lances (este último não chega a ser oportunidade). A questão é que te estás a esquecer de 2 pormaiores: quando estes lances acontecem, não havia Carmo nem Musrati em campo, o que para mim faz uma diferença abismal! Aliás, quase todos os lances nascem pelo lado do Moura e do Leite, dois jogadores que muito provavelmente não serão titulares na quinta. Por isso, não acho que a amostra de Vizela seja exemplificativa.
Também não concordo que no Mónaco não tenhamos jogado com bloco baixo... Durante vários períodos do jogo, estacionámos à frente da nossa área e eles não conseguiram entrar. Na primeira parte após o nosso golo houve um longo período em que tivemos a nossa linha defensiva na entrada da nossa área.
Eu também não acho que devamos ir estacionar o autocarro, até porque 1-0 é curto, e nem me parece que isso seja a ideia do Carvalhal, de todo. A questão é que não acho que jogar com o Paulo Oliveira e sem o Yan seja sinónimo de retranca, para mim é apenas mais equilíbrio. E depois, acho que, embora não querendo, vamos ser empurrados para trás nalguns momentos, com o empolgamento dos adeptos deles e mesmo que seja com um futebol atabalhoado, à base da força e dos ressaltos, acho que vai haver momentos desses. E quando isso acontecer, convém termos maior segurança atrás para cobrir o raio de ação do Roofe e as entradas de trás do Kamara e/ou do Aribo (não sei se é titular, mas se for, é um jogador muito forte fisicamente e a ter em conta). Até porque recuar uns metros de vez em quando pode ser muito importante ofensivamente, se metermos os centrais deles perto do meio-campo podemos muito bem aproveitar as costas deles e matar a eliminatória (acho que um 2-0 - no jogo, não na eliminatória - lá mata a eliminatória, apesar de eles já terem virado um jogo assim há 2 anos). Eu nem ponho de parte a hipótese de jogar o Yan no lugar do Iuri, sinceramente não desgosto de o ver lá, mas embora acredite que seja uma opção a considerar durante o jogo, não me parece que vá acontecer de início.