O Custódio tinha que perceber a importância da vitória e após o 2-0 tinha obrigatoriamente de começar a "fechar a porta", cerrar fileiras...é este tipo de treinador que eu não quero continuar a ter na equipa principal, treinadores que não percebem a importância da vantagem alcançada e do resultado, ou se percebem nada fazem para cerrar fileiras...pouco importa se estávamos a jogar bem ou mal (estávamos a fazer um bom jogo), o importante era ter percebido o que estava em causa e a partir daquele momento, do 2-0, tínhamos obrigação de alterar a estratégia, não o fizemos, continuamos a jogar como se o mais importante fosse marcar o terceira, acabámos a perder dois pontos e o principal responsável foi o Custódio, mexeu mal e começou a mexer tarde.
Se estávamos a jogar bem tínhamos de mudar porquê?
E com 2-0 tínhamos de cerrar fileiras? Olha esta é daquelas declarações de totobola à 2a feira.
Com 2-0 e a equipa a jogar bem (palavras tua, não vi um único minuto do jogo) não há que cerrar fileiras, há que controlar o jogo com bola, empurrar o jogo para longe da nossa baliza, tentar manter a posse e impedir que o jogo se parta, que aliás era o que a equipa senior deveria ter feito com o Guimarães.
Cerrar fileiras é o que fez com o Guimarães e só faz sentido em condições especiais: quando estás em inferioridade: seja numérica, seja porque estás a fazer um péssimo jogo e mesmo assim marcaste ou estás a jogar contra uma equipa muito superior, ou quando já estás naqueles minutos finais em que importa é despachar a bola pra qualquer lado. Agora com 70 minutos de jogo ou seja lá o que for, "cerrar fileiras" não faz sentido nenhum na maior parte dos casos, mesmo que se venha a perder essa vantagem.
Convidar ou contribuir para que o jogo se parta é a tarefa de quem está a perder. Foi assim que perdemos pontos com o Saint Gilloise 2 vezes ano passado.
Por isso não compreendo nada desta crítica muito menos a resposta à pergunta do joaopc que parece ainda mais contraditória (para não usar outra palavra).
Cerrar fileiras, no sentido que lhe estamos a dar, para mim, não faz sentido como princípio geral mas sim como opção a considerar em determinadas circunstâncias e o 2-0 diante do Lourosa era uma delas (ou se calhar não era e o resultado final, 2-2 depois de estar a ganhar 2-0, até o comprova
).
O problema é quando se acha que defender um resultado passa obrigatoriamente por se remeter à defesa, por abdicar da bola (ainda mais sendo nós uma equipa com n jogadores com capacidade para ter e circular bola, no caso do jogo diante do Vitória), por se enfiar na caixa e por deixar de pressionar forte no miolo...nada disso.
O meu conceito de cerrar fileiras não passa obrigatoriamente por nos remetermos à defesa, a não ser que o adversário seja superior e a isso nos obrigue, mas nem o vitória nem o Lourosa são esse tipo de equipa... quer os últimos minutos diante do Vitória quer a segunda metade da segunda parte do jogo de ontem cerrar fileiras seria, em minha opinião, privilegiar a posse de bola, a agressividade no miolo e arriscar menos na saída para o ataque de forma a evitar a exposição às transições do adversário, com a defesa sempre bem posicionada para reagir à perda (posse e circulação colocando o relógio a trabalhar a nosso favor).
Todas as analises aos resultados e às exibições só podem ser feitas pós jogo, é o tal totobola que "todos" fazemos à segunda feira neste forum e outros noutros, incluindo a diversa CS desportiva.
Numa mini liga de subida, a jogar contra o líder, a ganhar 2-0, com possibilidade de nos colocarmos numa posição vantajosa e não faz sentido cerrar fileiras para conservar o resultado de dois golos de vantagem no último quarto do jogo? Até parece que era o Braga que tinha necessidade de ir à procura do golo.
Então o Custódio esteve bem, mexeu bem e a tempo, a equipa também esteve bem e só teve azar por permitir recuperação de 2-0 para 2-2? Ok, é uma opinião, ou então outra diferente também poderá passar por dizer-se que todos estiveram bem mas o Lourosa esteve ainda melhor e por isso, e
só por isso, conseguiu recuperar de 2-0 para 2-2. Prefiro manter a minha abordagem, mesmo sendo impossível saber se venceriamos ou não o jogo, sendo certo que, tal como foi, permitimos ao adversário repor a igualdade nos últimos 20', após estarmos a ganhar 2-0 e isso é um facto indesmentível já o resto é só a minha opinião.
Só acrescentar que considero extremamente importante a equipa B jogar na Liga 2, num contexto competitivo muito diferente e muito mais próximo daquele que os "miúdos" da formação encontram quando saltam diretamente da Liga 3 para a equipa principal.