Nenhuma modalidade está dependente do que o clube consegue fazer com a bilheteira/sócios no futebol. Se assim fosse todas elas já tinham deixado de existir à muito tempo e nem sequer se falava em maiores investimentos como se tem falado para algumas delas. Mas assumindo que tal era o caso, a questão mantém-se: é melhor ter muita gente e fazer 100€ (valor aleatório) ou ter pouca gente a pagar mais e fazer na mesma 100€?
Eu concordo que os valores da cotas têm que ser revistos, até porque a familia toda paga cotas e no fim acaba por ser mais uma fatura do estilo EDP, Agua e telecomunicações. Sei bem que quando aperta é esta que fica por pagar até dias melhores. E sim mais vale 1000 a pagar 1€ que 100 a 10€.
Aquilo que me parece é que para o clube (não SAD) este valor não é assim tão irrelevante e se é verdade que as modalidade não dependerão unicamente destes valores, como é óbvio, também acho que o futuro delas em muito depende desta receita.
Para mim o maior problema é que é tudo uma caixa preta. Ninguém sabe muito bem quantos sócios se perderam, porquê e quando.
Não sei se o Braga tem departamento de TI mas se tem, ou andam muito ocupados ou são geridos com muito pouca ambição.
Para adotar soluções é preciso conhecer o problema, para isso são precisos dados concretos e não suposições:
- Quantos sócios emigraram?
- Quantos sócios correpondentes se perderam?
- Quantos sócios menores se perderam?
- Quantos deixaram de pagar cotas? Porquê?
Não paguei de março a dezembro (felizmente apenas por preguiça de ir ao BP), como não havia futebol deixei andar, nesse período ninguém me perguntou porquê. Se o próprio clube não sabe porque razão as pessoas estão a deixar de pagar, deixar de ser sócias, qualquer solução que se invente é um ato de fé. Pode ser que resulte.
Com dados concretos investe tempo e dinheiro com prioridades definidas.
Urge arranjar alguém, preferencialmente uma equipa que trate isto de forma profissional, caso contrário, andaremos sempre ao sabor de qualquer conquista que surja.