Foi uma vitória muito saborosa porque muito suada. Mas, há que dizê-lo, em termos exibicionais a equipa vem caindo nos últimos tempos. Cansaço físico, falta de frescura mental, perda de pedras importantes no plantel (Paulinho, Iuri, David Carmo, Castro) podem ser explicações plausíveis e aceitáveis.
Hoje, tivemos a sorte de marcar cedo (sem querer com isto escamotear a nossa boa entrada) e, sem acelerar muito, dominamos a maior parte da primeira parte. Sem criar muito, poderíamos e deveríamos ter feito mais um golo, quer num lance de Galeno (impunha-se o passe) quer, sobretudo, num lance de Ricardo Horta (melhor do que um penalty). Ainda assim, mostramos sempre alguma dificuldade quando o Santa Clara jogava mais direto, apostando no jogo mais físico. Os nosso defesas tiveram quase sempre muita dificuldade, perdendo muitos duelos diretos e tendo por vezes abordagens pouco ortodoxas aos lances.
Na segunda parte, praticamente abdicamos de atacar. Carvalhal falou na influência do vento. Não sei se estrategicamente ou não, entregamos a bola ao adversário e defendemos, defendemos, defendemos. E abusamos do chutão. É verdade que não permitimos nada ao adversário em jogo corrido (NADA mesmo) mas corremos algum risco porque cedemos muitos cantos e livres que permitiram ao Santa Clara colocar a bola dentro da nossa área. Defendemos sempre bem, mesmo nesses lances, mas se temos sofrido um golo, não me parece que tivéssemos força para revolucionar o jogo e ir atrás do resultado. Não sei se muitos dos que se congratulam com o jogo estariam a dizer o mesmo se temos sofrido um golo, mesmo que fortuito num lance de bola parada. Ainda assim, há que dizê-lo, Carvalhal esteve bem nas substituições - que estancaram um pouco o assédio do Santa Clara e nos permitiram ter um pouco mais de lucidez e critério com bola.
É claro que mesmo as melhores equipas passam por períodos de abaixamento de forma e, nessas fases, o importante é ir ganhando. Foi isso que fizemos, num contexto que, se compreende, de grande dificuldade (pela densidade de jogos, pelas perdas de jogadores). Os elogios, hoje, ficam para a capacidade de sofrimento e para a solidariedade da equipa - não tanto para a qualidade de jogo.
Nota final para um destaque individual (que, pelo menos para mim, é repetitivo): Al-Musrati. Tomara eu que todos em campo tivessem a lucidez e o critério deste homem a jogar a bola. É impressionante a inteligência que ele coloca em jogo, a forma como se esgueira ao pressing dos adversários e deixa a bola redonda nos pés de um colega, muitas vezes colocando-o numa boa posição para atacar o adversário. Se todos tivessem a sua lucidez (e qualidade no passe!), não havia tanto chutão no nosso futebol quanto hoje se viu. Um achado! Vale o seu peso em ouro!
Hoje, tivemos a sorte de marcar cedo (sem querer com isto escamotear a nossa boa entrada) e, sem acelerar muito, dominamos a maior parte da primeira parte. Sem criar muito, poderíamos e deveríamos ter feito mais um golo, quer num lance de Galeno (impunha-se o passe) quer, sobretudo, num lance de Ricardo Horta (melhor do que um penalty). Ainda assim, mostramos sempre alguma dificuldade quando o Santa Clara jogava mais direto, apostando no jogo mais físico. Os nosso defesas tiveram quase sempre muita dificuldade, perdendo muitos duelos diretos e tendo por vezes abordagens pouco ortodoxas aos lances.
Na segunda parte, praticamente abdicamos de atacar. Carvalhal falou na influência do vento. Não sei se estrategicamente ou não, entregamos a bola ao adversário e defendemos, defendemos, defendemos. E abusamos do chutão. É verdade que não permitimos nada ao adversário em jogo corrido (NADA mesmo) mas corremos algum risco porque cedemos muitos cantos e livres que permitiram ao Santa Clara colocar a bola dentro da nossa área. Defendemos sempre bem, mesmo nesses lances, mas se temos sofrido um golo, não me parece que tivéssemos força para revolucionar o jogo e ir atrás do resultado. Não sei se muitos dos que se congratulam com o jogo estariam a dizer o mesmo se temos sofrido um golo, mesmo que fortuito num lance de bola parada. Ainda assim, há que dizê-lo, Carvalhal esteve bem nas substituições - que estancaram um pouco o assédio do Santa Clara e nos permitiram ter um pouco mais de lucidez e critério com bola.
É claro que mesmo as melhores equipas passam por períodos de abaixamento de forma e, nessas fases, o importante é ir ganhando. Foi isso que fizemos, num contexto que, se compreende, de grande dificuldade (pela densidade de jogos, pelas perdas de jogadores). Os elogios, hoje, ficam para a capacidade de sofrimento e para a solidariedade da equipa - não tanto para a qualidade de jogo.
Nota final para um destaque individual (que, pelo menos para mim, é repetitivo): Al-Musrati. Tomara eu que todos em campo tivessem a lucidez e o critério deste homem a jogar a bola. É impressionante a inteligência que ele coloca em jogo, a forma como se esgueira ao pressing dos adversários e deixa a bola redonda nos pés de um colega, muitas vezes colocando-o numa boa posição para atacar o adversário. Se todos tivessem a sua lucidez (e qualidade no passe!), não havia tanto chutão no nosso futebol quanto hoje se viu. Um achado! Vale o seu peso em ouro!