DUAS DE LETRA NAS LATERAIS O Duas de Letra já esteve no ataque… Recuou até ao meio-campo… Mais ainda até ao centro da defesa… E agora chega às laterais.
Ricardo Esgaio e Sequeira foram os ‘alvos’ dos mais curiosos e responderam de forma convicta e bem disposta a todas as questões que lhes foram colocadas. Uma vez mais falou-se de Paulinho, Ricardo Horta, gastronomia… Enfim, o melhor é mesmo leres… ou veres.
R. Esgaio/Sequeira – Qual foi o melhor momento pelo SC Braga?
RE – “A conquista da Taça da Liga sem dúvida”.
S – “A Taça da Liga claro. Estamos num clube ambicioso e a conquista deste troféu foi um momento marcante”.
R. Esgaio – Um treinador apelidou-te de Robocop. O que é que tens a dizer sobre isso?
“Não sei bem o que dizer (risos). O mister Abel apelidou-me na altura e ficou. Ainda brincam com a situação e acho um nome engraçado”.
Sequeira – Bolo do caco ou frigideiras
“Boa pergunta esta. O pessoal de Braga que me desculpe, mas não há nada melhor que um bolo do caco. No final do jogo contra o CS Marítimo, o Raul levou para todos e deu para matar saudades”.
R. Esgaio – Já fizeste algum túnel ao Paulinho no treino? Ouvi dizer que ele tem mau feitio…
“Isso é prato do dia (risos). Então quando fazemos meinho ele gosta muito… Tem mau feitio mas acaba sempre por passar”.
Sequeira – Preferias ser titular a época inteira e ficar em 4.º lugar ou participar em meia dúzia de jogos e ficar em 2.º ou 3.º?
“É uma pergunta difícil. Mas temos que colocar sempre os objetivos coletivos à frente dos individuais. Se bem que ia dar um bocado de azia (risos). Mas claro que preferia ficar em segundo lugar”.
R. Esgaio – Se um jogo fosse decidido a penáltis, tinhas coragem para bater um dos 5 primeiros?
“Claro que sim. Bati muitos penáltis quando estava no Sporting CP B, por isso tinha confiança total”.
R. Esgaio/Sequeira – Quem é o mais brincalhão do balneário?
S – “Estive a ver o Duas de Letra do Raul e do Rui Fonte e acho que todos concordamos que o Ricardo Horta é o mais palhacinho”.
RE – “É o Ricardo Horta, sem dúvida alguma. Gosta muito de brincar e de se meter em tudo. É o mais palhacinho do grupo”.
Sequeira – Esta é a melhor época desde que estás no SC Braga?
“Provavelmente sim. Pelo título que conquistamos e pela regularidade que tenho apresentado. Apesar de ter feito uma boa época no ano passado. Mas pelo título da Taça da Liga acho que esta é a melhor época”.
R. Esgaio/Sequeira – Se fossem eleitos os melhores do mundo em algo, o que seria?
RE – “Penso que seria a jogar futebol porque não sei fazer mais nada (risos). Mas como disse o Sequeira, tomar conta do meu filho é uma grande responsabilidade. Tem dado luta sobretudo à noite (risos)”.
S – “O material médico que o nosso grupo de trabalhou angariou, juntamente com o clube, foi um gesto muito bonito. Se tivéssemos que ser eleitos os melhores do mundo em algo, seria com essa atitude”.
R. Esgaio – O que é ser capitão do SC Braga? Que responsabilidades isso acarreta?
“Acarreta a mesma responsabilidade de um jogador que não é capitão, porque todos somos responsáveis e queremos o melhor. Sendo capitão procuro defender os interesses do clube perante toda a gente. Mas todos temos a mesma função e responsabilidade”.
R. Esgaio – Com quem te identificas mais no plantel?
“Com o Paulinho sem dúvida. Passei bastante tempo com ele, ficamos juntos no quarto nos estágios, passámos férias juntos…”.
R. Esgaio/Sequeira – Quando o SC Braga perde, qual dos dois é que fica mais chateado?
S – “Ficamos os dois muito chateados. Jogar no SC Braga implica a responsabilidade de jogar para ganhar todos os jogos. Quando não acontece ficamos todos muito chateados. O Esgaio fica mesmo cego e não fala para ninguém”.
RE – “Ficamos muito chateados, porque queremos ganhar os jogos todos e quando não acontece ficamos naturalmente frustrados”.
R. Esgaio/Sequeira – Qual é o vosso prato preferido?
RE – “O meu é uma grande mariscada. Fui habituado na Nazaré a bom marisco”.
S – “Eu vou com o Esgaio. Nasci em Matosinhos e o marisco é um prático típico e que está no meu top”.
Sequeira – Numa corrida de 100 metros ganharias ao Usain Bolt?
“Se ele corresse de costas talvez conseguisse ganhar (risos)”.
R. Esgaio/Sequeira – Qual a razão dos vossos números?
S – “Eu não tenho uma razão específica. Comecei com o 5 na formação e no CD Nacional, como já estava ocupado, optei pelo 55”.
RE – “O 47 não é muito comum, mas aconteceu quando subi dos juniores para a equipa B do Sporting CP. Escolhi o 47 e foi ficando sempre”.
Sequeira – Qual o teu golo que mais te marcou? E qual o melhor?”
“Isso aí é presumir que já marquei dois golos (risos). O golo que mais me marcou foi no dérbi da Madeira, CD Nacional contra o CS Marítimo, onde fiz um golo de chapéu. O melhor foi no ano passado contra o CD Nacional, para a Taça da Liga”.
Sequeira – Gostavas de jogar noutra posição?
“Já tou numa fase da carreira em que já não penso nisso. Na formação cheguei a jogar mais à frente e no meu segundo ano de sénior, na AD Fafe, cheguei a marcar 10 golos. Mas sinto-me bem na posição em que jogo”.
R. Esgaio – Algum sonho por cumprir?
“Individualmente tenho o sonho de chegar à seleção nacional. Tenho que trabalhar muito, juntamente com os meus colegas”.
R. Esgaio/Sequeira – Qual dos dois é o mais competitivo?
RE – “Acho que somos os dois”.
S – “Não somos dos piores, como um Tiago Sá, um Wilson Eduardo ou um Ricardo Horta. Somos os dois competitivos quanto baste”.
Sequeira – Qual é o teu filme favorito?
“Gosto dos filmes do Denzel Washington, praticamente todos. Dizer um é difícil”.
R. Esgaio – Andas mais cansado agora que és pai?
“No início foi um bocado complicado, porque estávamos habituados a dormir bem. A minha esposa acaba por me compreender e deixa-me descansar para poder acordar bem e treinar normalmente”.
Sequeira – Quem te motivou para ser jogador de futebol?
“Não foi uma questão de motivação, mas sim algo natural. Sempre joguei desde pequeno e foi um processo natural”.
R. Esgaio – Foi fácil a adaptação a Braga para ti e para a tua família?
“Claro que sim. Já conhecia alguns jogadores e o treinador. Foi fácil para mim e para minha esposa. Ao clube e à cidade”.
Sequeira – Se não fosses jogador que desporto praticavas?
“Eu adoro a NBA, mas acho que não tinha jeito para o basquetebol. A não ser a minha estampa física (risos). Não sou mau, mas não tinha hipótese”.
R. Esgaio – Quem preferes: CR7, Messi, Neymar ou Hazard?
“CR7, sem dúvida. Não só por ser português, mas por aquilo que trabalhou para chegar onde chegou”.
Sequeira – Achas que estás perto de chegar à Seleção?
“Espero que sim. Como o Esgaio disse, todos nós sonhamos com isso e eu não fujo à regra. Sabemos que há muita qualidade e temos que trabalhar muito para que seja possível”.
R. Esgaio – Que outra profissão gostarias de experimentar?
“Não sei. Nunca pensei muito sobre isso. Desde muito cedo que saí de casa para jogar futebol e esse sempre foi o meu objetivo. Vou jogar até não dar mais, nem que seja com os meus amigos (risos).
Sequeira – Quem foi o melhor jogador com que já partilhaste balneário?
“Ele vai ficar já todo contente… Se eu fosse treinador de outro clube qualquer vinha buscar o Ricardo Horta. Só para não dizer que ele foi o melhor jogador, se não fica já todo contente e cheio de moral (risos). Um jogador com uma qualidade muito acima da média era o Vukcevic”.
Sequeira – Tens algum animal de estimação?
“Tenho um cão, mas está em casa dos meus pais. Parece um peluche (risos)”.
R. Esgaio – Quem é o melhor lateral-direito do mundo?
“Diria que é o Walker do Manchester City”.
Sequeira – O que oferecias ao Esgaio?
“Oferecia-lhe algo para o filho, ou uns tampões para os ouvidos para ele dormir melhor (risos)”.
R. Esgaio – Como é ser da terra do melhor do mundo, o Jordan?
“Por acaso é muito meu amigo mesmo. Conheço-o muito bem. Já se sabia que ia ser um grande jogador de futebol de praia. Passávamos na praia e já o víamos a jogar lá. É natural o que lhe tem acontecido”.
Sequeira – Que treinos tens feito em casa?
“Bicicleta, depois bicicleta… Não. O clube tem feito um esforço para termos treinos, dentro das possibilidades que temos, com alguma diversidade. Todos os dias temos um plano para cumprir”.
R. Esgaio – Quem é o teu ídolo?
“O meu ídolo sempre foi o Quaresma. Na altura jogava a extremo e pensava que podia fazer coisas parecidas. Estava enganado (risos)”.
Sequeira – O Rui Fonte é o DJ. Ele passa boa música?
“Eu não queria entregar ninguém, mas já que perguntam. O Rui Fonte é aquele DJ que está a passar música brasileira e de repente passa fado. Não há consistência. É fraco (risos). Ele insiste e esforça-se, mas espremido… Mas a verdade é que passa boa música”.
Sequeira – Quem é o mais choramingas da equipa?
“Costumamos jogar às cartas com o Rui Fonte e o Tiago Sá e eles fazem dupla e choram constantemente. Depois transportam um pouco para dentro do campo. São um bocado ranhosos (risos)”.
Sequeira – Quem cruza melhor? Tu ou o Esgaio?
“O Esgaio é mais aquele cruzamento na linha de fundo dentro de área. Eu sou mais de cruzamentos mais longos”.
R. Esgaio – Tens melhorado de jogo para jogo. Gostas mais deste sistema?
“Coloca-nos a nós os dois mais confortáveis, porque sabemos que podemos atacar mais à vontade. Isso dá-nos mais confiança e talvez por isso as coisas estejam a melhor individualmente”.
Sequeira – Que desenhos animados gostavas que voltassem a dar na TV?
“Eu gostava muito do Dragon Ball”.
R. Esgaio/Sequeira – Como é que saber que quando cruzam têm o Paulinho na área?
RE – “O Paulinho é um jogador muito inteligente, que sabe aproveitar muito bem os espaços. Para nós torna-se mais simples. É só meter a bola e esperar que ele apareça para finalizar”.
S – “A pergunta devia ser feita a ele, em relação a como se sente por ter o Esgaio e o Sequeira a cruzar. Mas concordo com o que o Esgaio disse. É um jogador muito inteligente que ataca muito bem o espaço”.
Sequeira – Menciona dois defeitos teus.
“Sou preguiçoso aqui em casa. Levo umas duras da minha mulher, mas faz parte. Um está bom”.
Sequeira – Marcelo ou Jordi Alba?
“Agora talvez o Jordi Alba, mas o Marcelo foi o melhor durante 5 ou 6 anos, na minha opinião”.
R. Esgaio – Numa corrida entre ti e o Galeno, quem ganha?
“Só se o Galeno fosse de costas também (risos). O Galeno é muito rápido e não dá para competir com ele”.
Sequeira – Que jogador é que trazias para o SC Braga?
“Trazia o Cristiano Ronaldo”.
R. Esgaio – Que tipo de aluno eras na escola?
“Nunca fui um grande aluno, mas sempre fui passando de ano”.
Sequeira – O Esgaio é mesmo o mais romântico da equipa?
“Não é o mais. Há dois ou três que estão mesmo apaixonados”.
R. Esgaio – Melhor dupla: Sequeira/Horta ou Esgaio/Trincão?
“Acho que ambas são muito boas e equilibradas e isso demonstra-se dentro de campo. Eu optava por Esgaio e Trincão (risos).
Sequeira – Quem é o melhor dançarino do plantel?
“O Raul quando se solta… E o Rui Fonte também se safa bem no kizomba”.
R. Esgaio – Pica no chão ou caldeirada à Nazarena?
“Com todo o respeito ao pica no chão… prefiro a caldeirada. Sempre que lá vou procuro comer”.
Sequeira – Descreve o Esgaio num só adjetivo.
“Robocop”.
R. Esgaio – Descreve o Sequeira num só adjetivo.
“Engraçado”.
Sequeira – Qual vai ser o nome do/a teu/tua filho/filha?
“Estamos numa luta. Já sabemos que é um rapaz, mas está difícil. Vou tentar levar a minha avante”.
R. Esgaio – Sendo da Nazaré, nunca estiveste ligado ao futebol de praia?
“Não. Quando era miúdo fiz alguns torneios com os amigos apenas”.
Sequeira – Qual foi o adversário mais difícil de marcar?
“Fazem-me algumas vezes essa pergunta. Este ano fiquei sem dúvidas. É o Adama Traoré do Wolverhampton FC. É muito forte e muito rápido, apesar de achar que fiz um bom jogo aqui em casa”.
Sequeira – Em que aspectos evoluíste mais desde que estás no SC Braga?
“Acho que evoluí em todos os aspetos do meu jogo. Foi um clube que me ajudou muito a evoluir. Por ser um clube com grande ambição e que nos obriga a entrar em cada jogo para vencer. A arriscar e a querer sempre mais”.
R. Esgaio – Quem é o cana rachada da equipa?
“O Raul Silva tenta algumas vezes. Mas ninguém canta assim muito”.
Sequeira – Quem tinha o SC Braga de contratar para te tirar o lugar?
“Não vou dizer nomes porque depois o presidente pode querer ir buscá-los e fico sem o lugar (risos). Talvez o Marcelo e o Jordi Alba”.
R. Esgaio – Qual foi o sentimento de jogares contra o teu irmão?
“Foi muito especial. Já tinha jogado contra ele na formação mas não é a mesma coisa. Ainda para mais com o resultado que se verificou… Também apanhou um lateral como o Sequeira (risos). Fiquei triste por ele mas contente por nós. Mas foi muito especial estar no mesmo terreno que eu.
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