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Joel Pereira: “Criação de uma identidade guerreira e de profissionalização das modalidades”Joana Russo Belo
Criar uma identidade guerreira, assente no ADN de vitória do SC Braga, de braços dados com a comunidade e os bracarenses. É este um dos grandes desafios de Joel Pereira para o próximo mandato ao serviço do SC Braga. O actual director geral das modalidades é uma das novidades apresentadas pelo presidente António Salvador na recandidatura à presidência do clube (lista única) - cujas eleições estão marcadas para o próximo dia 21 -, integrando a lista de vice-presidentes da direcção e falou ao Correio do Minho sobre os principais desafios para este quadriénio 2021/25.
“O grande objectivo é a criação de uma identidade guerreira e de profissionalização das modalidades, com uma ligação muito forte com a comunidade. Um clube como o SC Braga tem que criar impacto nas freguesias, nas empresas, nas escolas e universidades, só assim é possível crescer ao nível desportivo e também social”, sublinhou Joel Pereira, assumindo como meta “acrescentar valor nos jovens e atletas que representam o clube” para que possa “crescer de dia para dia e estar muito bem organizados em todas as modalidades, porque assim, estaremos mais perto de vencer”.
Destacando a importância de os atletas estarem “cientes dos valores de representar um clube como o SC Braga”, o candidato a vice-presidente diz ser um “desafio maior e com outra responsabilidade”, fruto “do trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos”.
“Estarei cá para dar o melhor de mim, quem me conhece sabe o trabalho que tem sido feito e o objectivo é continuar a evoluir e trazer títulos, tentar ser ganhadores e vencedores nas mais diversas modalidades. Quando cheguei, há quatro anos, fizemos um trabalho de levantamento, uma espécie de radiografia das modalidades, e ficou definido apostar na profissionalização de todas as modalidades, por forma a criarmos equipas competitivas e capacitar os recursos humanos de excelência que temos no clube. O êxito de novas modalidades, como, por exemplo, o futebol feminino, futebol de praia, karaté ou esports, que são as mais recentes e têm trazido muitos títulos para o clube, reflecte isso mesmo e é fruto também das excelentes condições que a direcção proporciona”, realçou.
A criação de “valores junto dos jovens e das famílias” bracarenses, para que “percebam que há um desenvolvimento desportivo e humano no SC Braga vai ser sempre a nossa filosofia”.
Nesta política de crescimento do clube, acrescenta o director, há duas palavras que não podem ficar de fora: “sustentabilidade e formação”. “É um trabalho de base para o topo, para criar impacto na comunidade e que os jovens de Braga pratiquem as modalidades e sejam os rostos do futuro do clube. Há uma questão transversal ao clube que é a vertente formativa”.
Joel Pereira diz não prometer títulos, mas é claro. “Há uma frase que digo sempre aos atletas: lutar sempre para vencer. Faz parte do ADN do SC Braga dar tudo para vencer. Se trabalharmos bem, se dermos tudo, estaremos muito perto de conseguir trazer títulos e dar alegrias aos sócios. Não gosto de prometer títulos, mas vamos lutar por isso, para conquistar títulos”.
“Pavilhão vai ser uma peça-chave para o crescimento qualitativo”Com cerca de dois mil atletas, a aposta do SC Braga na Cidade Desportiva permitirá consolidar as 14 modalidades do clube, assim como a vertente formativa.
“O pavilhão será a nova casa das modalidades, o que vai permitir crescermos ainda mais. Actualmente, usamos 28 instalações diferentes e é difícil criar uma mística e uma identidade com o atleta, porque basta perceber que o atleta entra num pavilhão onde nem sequer vê o símbolo do SC Braga. Quando tivermos a nossa casa, vamos conseguir crescer ainda mais e teremos espaço para treinar mais equipas ao mesmo tempo. O pavilhão vai ser uma peça-chave para o crescimento qualitativo e quantitativo”, destacou Joel Pereira, reforçando a aposta nas modalidades que mais têm crescido nos últimos anos.
“Pretendemos apostar em todas, mas sabemos que há modalidades que têm outro tipo de orçamento. É o caso do futsal, vai ser uma modalidade na qual vamos apostar mais. Sabemos as dificuldades de bater o poderio de clubes como o Sporting e Benfica, dos melhores da Europa, mas queremos combater estas diferenças e estar nas decisões”, revelou o director geral, destacando, ainda, o trabalho feito no futebol feminino, futebol de praia e nas modalidades históricas como o atletismo, natação e boccia. Outra das preocupações passa pelos “guerreiros de elite”, atletas garantidos nos Jogos Olímpicos, como Tamila Holub (natação) e José Carlos Macedo (boccia), num trabalho de “alto profissionalismo”.
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