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SC Braga goleia Boavista
Crise? Não há crise
Por: Daniel Sousa
Depois da queda estrondosa em Faro e da derrota europeia frente ao Napoli, o SC Braga regressou, este domingo, aos triunfos. Na receção ao Boavista, líder à entrada para a sexta jornada, os minhotos deram um grito de revolta e reentraram no caminho certo. Mais, vergaram o agora ex-comandante da Liga Portugal Betclic a uma pesada derrota por 4-1.
Gverreiro revoltado
Sem Pedro Malheiro, afastado devido a lesão, Petit fez recuar Salvador Agra no terreno e levou Bruno Lourenço a jogo no onze inicial, montando a pantera no habitual 4x2x3x1, que em missão defensiva se transformou em 4x4x2. Do outro lado, o 4x2x3x1 de Artur Jorge teve várias mexidas em relação à derrota com o Napoli: Serdar Saatci assumiu o lugar de José Fonte, Rodrigo Zalazar rendeu Vítor Carvalho ao lado de Al Musrati e Bruma e Abel Ruiz foram rendidos por Pizzi e Simon Banza.
Embora a primeira ameaça tenha saído do pé direito de Salvador Agra, que deu trabalho a Matheus na cobrança de um livre lateral, foi o SC Braga que se fez dono e senhor do jogo durante os primeiros 20 minutos. Revoltada pelos resultados recentes e determinada a fazer as pazes com os adeptos, a equipa minhota foi mais forte nos duelos, condicionou as peças certas do adversário - Makouta teve dificuldades para fazer a ligação aos homens da frente perante a pressão de Al Musrati e Zalazar e Serdar «policiou» Bozenik como se tivesse acabado de encontrar o criminoso mais procurado do Mundo -, tirou-lhe a bola e fê-la circular a toda a largura do terreno de jogo, com Al Musrati a ser o pêndulo responsável por a levar da direita à esquerda e vice-versa.
O Boavista teve dificuldades à direita da defesa, com o normal desconforto de Agra com a posição de lateral a ser exposto em vários momentos pelo adversário. Para além disso, faltou energia ao meio-campo axadrezado na hora de reagir à perda da bola, o que deixou a equipa muito exposta à transição ofensiva bracarense. Perante todos estes fatores, não se pode dizer que o golo de Ricardo Horta, aos 19 minutos, não tenha trazido justiça ao marcador.
Pese o domínio evidente até então, a equipa anfitriã não esteve muito tempo na frente. Bastou um erro em zona proibida, que deixou o homem errado com tempo e espaço para pensar e executar. Makouta colocou Tiago Morais na cara do golo e o extremo não se fez rogado, mas dois «socos no estômago» atordoaram a pantera: Sebastián Pérez viu dois cartões amarelos em cima da meia hora, primeiro por falta sobre Pizzi e depois pela reação que não agradou a Artur Soares Dias, e Simon Banza devolveu a vantagem aos Gverreiros do Minho.
Via aberta para golear
A expulsão de Pérez «desligou» o Boavista do jogo. As dificuldades que já existiam na transição defensiva acentuaram-se sem o xerife colombiano a patrulhar o meio-campo e por várias vezes o SC Braga saiu rápido pela zona central e com muitas unidades a apontar à baliza de João Gonçalves. Mérito de Al Musrati e Zalazar no trabalho de recuperar a posse e lançar essas mesmas saídas.
Tudo o que podia correr mal à equipa de Petit, correu. Não bastassem os problemas criados pela exigência do desafio, o Boavista ainda perdeu um dos seus membros mais influentes numa fase precoce da partida - na qual, porventura, podia ganhar algum ascendente com o golo obtido instantes antes - e viu uma grande penalidade assinalada ao minuto 53, qual cereja no topo de um bolo com recheio de desastre. Al Musrati aproveitou para acrescentar um golo à belíssima exibição e dar também um pontapé na réstia de esperança axadrezada, antes de Ricardo Horta bisar e dar contornos de goleada.
Bozenik continuou isolado da restante equipa numa ilha que nunca deixou de ser propriedade de Serdar. O Boavista continuou demasiado curto no terreno, sem capacidade de fazer o bloco ganhar metros e obrigar o adversário a recuar. E o SC Braga continuou a controlar, mesmo depois da habitual dança das substituições que, este domingo, trouxe nomes como João Moutinho e Rony Lopes na ementa.
Mais contido no ritmo, sim, mas ainda assim inconformado com os números já expressivos, o conjunto da casa continuou disponível para levar o perigo à baliza adversária e fê-lo por inúmeras vezes em busca de dilatar a diferença, ainda que sem sucesso. O desastre de Faro já é passado e crise, pelo menos por agora, não há.







Texto retirado do zerozero.pt
https://www.zerozero.pt/noticias/crise-nao-ha-crise/523709
SC Braga goleia Boavista
Crise? Não há crise
Por: Daniel Sousa
Depois da queda estrondosa em Faro e da derrota europeia frente ao Napoli, o SC Braga regressou, este domingo, aos triunfos. Na receção ao Boavista, líder à entrada para a sexta jornada, os minhotos deram um grito de revolta e reentraram no caminho certo. Mais, vergaram o agora ex-comandante da Liga Portugal Betclic a uma pesada derrota por 4-1.
Gverreiro revoltado
Sem Pedro Malheiro, afastado devido a lesão, Petit fez recuar Salvador Agra no terreno e levou Bruno Lourenço a jogo no onze inicial, montando a pantera no habitual 4x2x3x1, que em missão defensiva se transformou em 4x4x2. Do outro lado, o 4x2x3x1 de Artur Jorge teve várias mexidas em relação à derrota com o Napoli: Serdar Saatci assumiu o lugar de José Fonte, Rodrigo Zalazar rendeu Vítor Carvalho ao lado de Al Musrati e Bruma e Abel Ruiz foram rendidos por Pizzi e Simon Banza.
Embora a primeira ameaça tenha saído do pé direito de Salvador Agra, que deu trabalho a Matheus na cobrança de um livre lateral, foi o SC Braga que se fez dono e senhor do jogo durante os primeiros 20 minutos. Revoltada pelos resultados recentes e determinada a fazer as pazes com os adeptos, a equipa minhota foi mais forte nos duelos, condicionou as peças certas do adversário - Makouta teve dificuldades para fazer a ligação aos homens da frente perante a pressão de Al Musrati e Zalazar e Serdar «policiou» Bozenik como se tivesse acabado de encontrar o criminoso mais procurado do Mundo -, tirou-lhe a bola e fê-la circular a toda a largura do terreno de jogo, com Al Musrati a ser o pêndulo responsável por a levar da direita à esquerda e vice-versa.
O Boavista teve dificuldades à direita da defesa, com o normal desconforto de Agra com a posição de lateral a ser exposto em vários momentos pelo adversário. Para além disso, faltou energia ao meio-campo axadrezado na hora de reagir à perda da bola, o que deixou a equipa muito exposta à transição ofensiva bracarense. Perante todos estes fatores, não se pode dizer que o golo de Ricardo Horta, aos 19 minutos, não tenha trazido justiça ao marcador.
Pese o domínio evidente até então, a equipa anfitriã não esteve muito tempo na frente. Bastou um erro em zona proibida, que deixou o homem errado com tempo e espaço para pensar e executar. Makouta colocou Tiago Morais na cara do golo e o extremo não se fez rogado, mas dois «socos no estômago» atordoaram a pantera: Sebastián Pérez viu dois cartões amarelos em cima da meia hora, primeiro por falta sobre Pizzi e depois pela reação que não agradou a Artur Soares Dias, e Simon Banza devolveu a vantagem aos Gverreiros do Minho.
Via aberta para golear
A expulsão de Pérez «desligou» o Boavista do jogo. As dificuldades que já existiam na transição defensiva acentuaram-se sem o xerife colombiano a patrulhar o meio-campo e por várias vezes o SC Braga saiu rápido pela zona central e com muitas unidades a apontar à baliza de João Gonçalves. Mérito de Al Musrati e Zalazar no trabalho de recuperar a posse e lançar essas mesmas saídas.
Tudo o que podia correr mal à equipa de Petit, correu. Não bastassem os problemas criados pela exigência do desafio, o Boavista ainda perdeu um dos seus membros mais influentes numa fase precoce da partida - na qual, porventura, podia ganhar algum ascendente com o golo obtido instantes antes - e viu uma grande penalidade assinalada ao minuto 53, qual cereja no topo de um bolo com recheio de desastre. Al Musrati aproveitou para acrescentar um golo à belíssima exibição e dar também um pontapé na réstia de esperança axadrezada, antes de Ricardo Horta bisar e dar contornos de goleada.
Bozenik continuou isolado da restante equipa numa ilha que nunca deixou de ser propriedade de Serdar. O Boavista continuou demasiado curto no terreno, sem capacidade de fazer o bloco ganhar metros e obrigar o adversário a recuar. E o SC Braga continuou a controlar, mesmo depois da habitual dança das substituições que, este domingo, trouxe nomes como João Moutinho e Rony Lopes na ementa.
Mais contido no ritmo, sim, mas ainda assim inconformado com os números já expressivos, o conjunto da casa continuou disponível para levar o perigo à baliza adversária e fê-lo por inúmeras vezes em busca de dilatar a diferença, ainda que sem sucesso. O desastre de Faro já é passado e crise, pelo menos por agora, não há.








Texto retirado do zerozero.pt
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