Este negócio é criticável de quase todas as formas e feitios e não serão 10 milhões de euros que vão mudar este facto.
1- Treinador negociado durante a época. Eticamente reprovável.
2- Negociado a meio de uma eliminatória importantíssima para as finanças e prestígio do SCB. Pouco saudável para a equipa.
3- Sai para um rival porque tem mais poder e dinheiro(?). Ao chegar e comprar a pronto o 3º treinador mais caro da história do futebol, revela assimetrias inultrapassáveis no nosso futebol.
4- Atira para canto o discursos batido de projecto para o clube, de ideia de jogo.
5- Um rival começa a prepara a próxima época, nós fazemos mais um recomeço.
AS esteve bem? Acautelou os direitos financeiros do SCB na medida do possível, o que era expectável.
Não belisca nem acrescenta nada à ideia que tenho sobre sobre quem gere o clube e de que modo.
Negociado? O Treinador tem uma clausula e alguém bateu a cláusula e levou-o.
Diz lá então o que é que o Salvador deveria ter feito neste caso em concreto para que estivesse isento de críticas da tua parte. O que é que devia ter sido feito e não foi?
Eu não estou a criticar negativamente a postura de AS neste processo. Estou apenas a ver o que é factual. Mas é certo que não adianta vir para a conferência de imprensa reprovar a falta de ética na competição e depois nada fazer ou, pior, ir buscar treinadores a outros clubes. Desta vez fomos nós a ficar sem treinador porque veio um clube maior, mas no passado fizemos isso, por exemplo, ao Chaves (e estavam a fazer um excelente campeonato) e à Naval.
Claro que foi negociado, as partes falaram sobre vários aspectos do negócio e não será a intransigência em receber os 10 milhões a negar isso. Nas palavras de AS tiveram lugar, pelo menos duas reuniões, e mais de uma semana de conversa. A outra parte queria incluir percentagens de passes e baixar o valor da cláusula de rescisão.
Uma não negociação seria bater a cláusula em pagamento único, a pronto e não um acordo em duas prestações de 5 milhões, mais IVA e juros discriminados.
O que o SCB deveria propor, e não é de hoje, seria, por exemplo, não permitir a venda/troca de treinadores a meio da época para clubes que disputam a mesma divisão. E nada do que se passou teria sucedido.
O que defendo é chegar ao sucesso através da estabilidade e a continuidade das equipas técnicas e das direções quando são competentes.