O Sporting Clube de Braga acaba de atingir mais uma marca histórica e de passar, novamente, à fase seguinte da Liga Europa. Estamos em primeiro lugar no nosso Grupo e superámos o número máximo de jogos sem perder de uma equipa portuguesa nas Competições Europeias. Lá estarei, se tudo correr bem, em Bratislava, para lutarmos pela vitória, ficarmos em primeiro lugar do Grupo e passar de 12 para 13 o record que acabámos de alcançar.
Seria motivo, em minha opinião, para outra abordagem dos foristas a este jogo que empatámos com justiça e, para mim, com sabor a vitória. Empatámos com uma equipa que segue em quinto lugar da Premier Ligue, que se bateria em Portugal pelo título com todas as probabilidades, e mais uma, de o vencer, numa remontada histórica e muito sofrida, facto que só acrescenta mérito aos nossos jogadores e, já agora, desta vez, à excelente visão de jogo que Sá Pinto demonstrou.
Começámos a vencer no banco com as substituições. A entrada de Wilson Eduardo e a descida de Palhinha para Central foram os sinais de que estávamos ali a lutar pela qualificação. Batemo-nos com muita determinação e justificámos perfeitamente o empate e a permanência no primeiro lugar no Grupo que eu penso estar ao nosso alcance nas contas finais. Vamos ganhar a Bratislava. O Sporting Clube de Braga continua a fazer História para desespero de muita gente.
Os caminhos deste tópico foram, no entanto, percorridos por outros temas e preocupações que, em meu entender, deveriam caber noutros tópicos e foram aqui expressas posições que não correspondem exactamente, pelos dados que consegui reunir, à realidade:
Ponto 1: Para que não haja dúvidas, e em primeiro lugar, devo dizer que O SCB “tratou” os adeptos ingleses da melhor forma possível, garantindo que estes pudessem vir ver o seu primeiro jogo europeu, depois de cerca de 40 anos de ausência das Competições Europeias, em muito maior número do que aqueles que era suposto terem vindo a Portugal. Por outras palavras, muitos dos que postaram o vídeo nem tinham vindo ver o jogo se não fosse o SCB;
Ponto 2: A cidade de Braga é um caos em termos de trânsito à hora do jogo e tem um serviço de transportes públicos, que me escuso de comentar, dimensionado, bem ou mal, para a sua população, e que nunca, por nunca, daria conta de mais 5/6 000 pessoas a utilizarem-nos na ida para o estádio. Absolutamente inviável. Ainda assim a grande maioria dos adeptos do Wolverhampton, pelo que me foi dado ver da Poente, entrou perfeitamente a horas de ver o jogo;
Ponto 3: Estava perfeitamente definido o ponto de encontro dos adeptos ingleses para seguirem em caixa de segurança do campo da Vinha até ao Estádio que abriu bem cedo as suas portas, penso que duas horas antes do jogo, para que tudo pudesse correr com a normalidade possível;
Ponto 4: Estiveram a funcionar duas portas na Nascente para os adeptos do Wolves, muitos entraram pela Poente passando por trás do écran, e disponibilizados 7 torniquetes;
Ponto 5: Quanto a guarda-chuvas estamos falados, e, tal como a mim sempre que vou fora (e vou muitas vezes), não deixam entrar. Olhem só os 5 000 ingleses de umbrella de doze varas ao ombro. Os carregadores de telemóvel, pelo que percebi, também não foram autorizados. Roubados? Isso sim, deve ser investigado e devidamente punido. Nada de novo, já tinha tido oportunidade de saber que, até em jogos da Liga, mesmo na final da Taça da Liga a que fomos em Portimão, não deixam entrar. Se forem detectados, claro, e dependendo do “vistoriador/a”. Aconteceu com um meu familiar em Chaves há dois anos, por exemplo. Quanto a malas de viagem/trolleys, sim, malas de viagem dos voos low-cost, como pelos vistos muitos ingleses trouxeram, obviamente que também não puderam entrar no Estádio;
Ponto 6: É óbvio que a polícia inglesa esteve sempre presente no acompanhamento dos adeptos do Wolverhampton e qualquer excesso da PSP que tenha sido cometido deve ser punido exemplarmente;
Ponto 7: Foi pena os comerciantes do centro da Cidade, na Arcada, no local onde historicamente terá nascido o nosso Clube, não se tenham lembrado de colocar bandeiras e tarjas do Sporting Clube de Braga, ainda que partilhando o lugar com as que os ingleses trouxeram. Fica a sugestão para esses comerciantes, ou então [b]para os nossos jovens adeptos mais aguerridos, aproveitarem a oportunidade, já no próximo jogo europeu, de, antecipadamente, ocuparem, de acordo com os comerciantes, é claro, parte desse espaço, convidando depois os adeptos adversários a fazerem o mesmo. Seria, aliás, um uso que se deveria tornar costume, dando visibilidade ao SCB no principal ponto de encontro dos adeptos estrangeiros que visitam a nossa cidade[/b]. Uma marca antecipada para quem chega, se me faço entender.
No meio disto tudo fica o mais importante: uma passagem à fase seguinte da Liga Europa do Sporting Clube de Braga. Num percurso sem derrotas até ao momento.