Três grandes defenderam-se na reunião da Liga e frisaram que, sem eles, o campeonato não regressaria Foi na passada terça-feira, em São Bento, que se viu uma imagem histórica, de tão rara que é: os presidentes de Benfica, FC Porto e Sporting, juntos, caminhando lado a lado, com um objetivo comum: voltarem a jogar esta época.
Luís Filipe Vieira, Jorge Nuno Pinto da Costa e Frederico Varandas unidos na argumentação, com o apoio de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e Pedro Proença, presidente da Liga. E o objetivo alcançado: a Liga vai regressar, com o aval do Governo, ainda sujeito a apertada avaliação da Direção-Geral de Saúde.
A semana terminou, por isso, com uma reunião da Liga, por videoconferência, juntando os 36 clubes profissionais, onde Pedro Proença partilhou as informações já disponíveis com os restantes presidentes e onde, uma vez mais, os três grandes mostraram uma união tão inédita quanto histórica.
O mais ativo dos três, com o aval dos outros dois, foi Luís Filipe Vieira. Logo a abrir a reunião, e quando Pedro Proença informou que a Liga iria anunciar na próxima semana o apoio financeiro aos clubes da Liga 2, o presidente do Benfica interrompeu, indicando-lhe que já tinha informação do apoio de um milhão de euros por parte da FPF - a grande fatia do apoio anunciado, portanto - e desafiou Proença a contar toda a verdade, nomeadamente que fundos iria a Liga disponibilizar e o que, afinal, tinha dito a Liga durante a reunião com o Governo. O presidente da Liga acabou por aceder, perante as críticas, e confirmou que foram as autoridades de saúde a indicar o fim da Liga 2, pelo facto de os estádios não terem condições suficientes, mas também pelo esforço financeiro que seria necessário.
O líder das águias, no entanto, não se ficou por aqui. Perante as críticas de outros clubes por terem sido os três grandes a representar um todo na reunião com António Costa, Vieira relembrou, respondendo a Pinto Lisboa, homólogo do V. Guimarães, que foi isso que foi votado na reunião anterior da Liga, no dia 14 de abril, e virou agulhas também para Paulo Lopo, líder do Leixões, que nas redes sociais tinha deixado fortes críticas a esse encontro a três em São Bento. Nessa altura também Frederico Varandas, presidente do Sporting, saiu em defesa da tal união a três, deixando claro que, não fossem eles, não haveria mesmo campeonato uma vez que era intenção do Governo dar por terminadas todas as competições desportivas em Portugal.
Jorge Nuno Pinto da Costa, claro está, colocou-se ao lado de Vieira e Varandas, tendo mesmo questionado a boa fé dos restantes clubes. Deixou claro que só saiu do Porto e fez a viagem até Lisboa, numa altura de confinamento obrigatório, porque foi convidado a tal, e isso aconteceu porque foram todos os clubes, na reunião de dia 18, e numa ideia que surgiu de Rui Pedro Soares, líder da Belenenses SAD, a aceder que os três grandes representassem o futebol profissional no seu todo.
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https://www.abola.pt/nnh/2020-05-03/liga-tres-grandes-defenderam-se-na-reuniao-da-liga-e-frisaram-que-sem-eles-o-ca/842796 _____
Deveriam ser deixados sozinhos para perceberem que sem os outros também não há Liga, no máximo haveria um triangular metralha.