Chaves sobe à Primeira Liga; Moreirense cai para a Segunda O Desportivo de Chaves garantiu a subida ao escalão máximo do futebol nacional e atirou o Moreirense para a Segunda Liga. Os cónegos até venceram por 1-0 na segunda mão do play-off, mas valeu aos transmontanos a vitória por 2-0 conseguida na primeira mão.
O Moreirense, recorde-se, terminou a temporada na antepenúltima posição da Primeira Liga, depois de uma temporada atribulada. Os cónegos tiveram três treinadores diferentes – João Henriques, Lito Vidigal e Ricardo Sá Pinto - e só garantiram o lugar no play-off na última jornada.
Por sua vez, o Desportivo de Chaves nem começou a época da melhor forma, mas foi subindo de forma e acabou por lutar pela subida direta até à última ronda depois de uma grande segunda volta. No entanto, uma derrota com o Rio Ave no derradeiro jogo da temporada deixou os transmontanos para o terceiro lugar da Liga Portugal SABSEG.
O Desportivo de Chaves está de volta à Primeira Liga, três anos depois, e junta-se assim a Rio Ave e Casa Pia como as equipas promovidas ao escalão principal. Já o Moreirense volta à Segunda Liga ao fim de oito épocas e acompanha Belenenses SAD e Tondela na descida.
Domingo, 29 Maio 2022 - 19:30
Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas
Árbitro: António Nobre
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https://www.zerozero.pt/news.php?id=367841Moreirense vence, mas Chaves sobe
Golo curto, subida longa! Luís Rocha Rodrigues
Demorou. Demorou muito. Demorou mais do que se esperava e do que se pretendia. Mas, três anos depois de ter descido, o Chaves está de volta à primeira! Deixou para o fim a festa, que foi muito rija e que também foi merecida, numa maratona com final emocionante e no qual o Moreirense, de casa cheia, se apoiou num bom golo de Paulinho, mas que não teve arte para enfrentar os nervos dos últimos minutos. Os cónegos caíram de lágrimas e sem glória, numa época em que cometeram demasiados erros, mas no fim tiveram aplausos e a vontade expressa de um rápido regresso.
Animados por PaulinhoSá Pinto, na bancada, orquestrou uma equipa com tendência ofensiva - tinha forçosamente de marcar - mas sem perder o equilíbrio defensivo, que sofrer um golo seria fatal. E o Moreirense, com estádio cheio, começou muito bem, empolgado (e empolgando) a plateia. Só que foram curtos minutos. Na primeira investida dos flavienses, o golo esteve perto e colocou em sentido uma defesa que tem sido bastante errática. Pablo, que não estava a ter boas exibições, saiu e voltou a dupla de centrais mais rotinada.
Sentia-se um Chaves mais confortável. Era caso para isso, que o conforto no agregado era algum e, em campo, não se viam grandes habilidades coletivas do adversário. Foi, portanto, com rasgo excecional que o golo de Paulinho chegou, numa bela execução após entendimento entre Rafael Martins, o avançado, e Yan Matheus, o 10 em campo e que fez a diferença numa equipa com falta de requinte técnico.
Com 1-0, o aspeto mental equilibrou bastante. Muito entusiasmados, com festejos que demonstraram que havia crença genuína, os cónegos cresceram, sem que, porém, o Chaves tenha abdicado de alguma coisa - voltaria a ameaçar marcar num excelente lance do lateral João Correia.
O intervalo permitiu que a emoção respirasse um pouco, e contaria que voltasse em força no segundo tempo. Não aconteceu por algumas paragens, embora não tenha deixado de se sentir nas subidas de Rodrigo Conceição na direita e num bom apontamento de Derik na esquerda.
Tensão total Era o jogo da época. O êxtase e a desilusão de mãos dadas, à distância de um erro ou de um lance de inspiração. A tensão foi crescendo com o andamento do relógio e o Chaves teve um período de menor capacidade para chegar à frente depois de Patrick, recém-entrado, ter falhado de forma incrível.
O Moreirense passou alguns minutos instalado no meio-campo contrário e a acreditar de forma veemente que conseguiria marcar, no seu melhor momento - sempre com muito melhor produção à direita do que à esquerda - só que as substituições tiraram discernimento à equipa. Sá Pinto colocou homens para a frente, o que não significou uma melhor forma de atacar, pelo contrário.
À conta de um Alexsandro imperial atrás e de um João Teixeira muito maduro com bola, os flavienses souberam controlar os últimos minutos, em que pouco se jogou e muito se sofreu.
No fim, festa rija e à transmontana. Chaves volta a ter primeira!






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