Fransérgio e Horta garantem Páscoa feliz para os Guerreiros
Telmo Martins

SC Braga venceu sem dificuldade na deslocação ao terreno do já despromovido Feirense. Remates certeiros de Fransérgio e Ricardo Horta, no segundo tempo, coloriram superioridade dos arsenalistas.

Missão cumprida. O SC Braga descolou-se a Santa Maria da Feira para defrontar o já despromovido Feirense. A equipa de Abel Ferreira fez o que era pedido e venceu por 2-0, com golos de Fransérgio e Ricardo Horta.
Frente a uma equipa condenada à II Divisão os minhotos fizeram o que lhes competia a assumiram as rédeas do jogo. Fransérgio deixou o primeiro sinal de perigo perto dos 20 minutos de jogo. Cruzamento atrasado de Palhinha para o médio brasileiro que em zona privilegiada atirou ao poste.
No minuto seguinte foi Wilson Eduardo a ficar perto de inaugurar o marcador. O extremo encontrou espaço e atirou forte para grande intervenção de Caio Secco.
Ricardo Horta também tentou a sorte e com um remate potente obrigou o guardião adversário a uma defesa de elevado grau de dificuldade.
Em cima da meia hora de jogo, novamente Caio Secco e evitar o golo dos Guerreiros do Minho e novamente a Wilson Eduardo. Cruzamento da esquerda para remate de primeira do extremo angolano que o guarda-redes desviou para canto.

O primeiro sinal de perigo do Feirense apareceu pouco depois, com Tiago Sá a controlar com segurança um cabeceamento de Valencia.
Assim, apesar da superioridade dos minhotos, o intervalo chegou com o nulo no marcador.
No entanto, no segundo tempo, os arsenalistas precisaram de apenas 20 segundos para inaugurarem o marcador. Cruzamento de Ricardo Esgaio para finalização de cabeça de Fransérgio.

Perto da hora de jogo Fransérgio voltou a introduzir o esférico na baliza de Caio Secco mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo de Wilson Eduardo que interferiu na jogada e estava em posição irregular.
Do outro lado, o Feirense deu um ar da sua graça por intermédio de Petkov. O jogador ganhou na luta com Bruno Viana e tentou a finta sobre Tiago Sá, com o guardião minhoto a levar a melhor e a afastar o perigo.

Ainda assim, foi o SC Braga a continuar a controlar o ritmo da partida e a chegar mesmo ao segundo golo na partida, novamente com Esgaio a fazer a assistência. O extremo, que jogou a lateral, cruzou atrasado para Ricardo Horta que rematou cruzado para o fundo das redes, dando justiça ao marcador e tranquilizando a equipa.
Com o segundo golo o jogo ficou praticamente resolvido e não se assistiu a mais nenhum lance digno de registo nas duas áreas.
Esta vitória permite aos Guerreiros do Minho manterem a distância de três pontos para o Sporting e dá motivação à equipa para a próxima jornada, em que vão receber o líder do campeonato, o Benfica.

Correio do Minho

ADEPTOS EM PROTESTO NA FEIRA
Redação

Não foi totalmente pacífica a entrada de quem se deslocou da cidade dos arcebispos até Santa Maria da Feira para assistir ao encontro dos guerreiros do Minho, em acesa luta com o Sporting pelo terceiro lugar do campeonato, e o último classificado (e já despromovido) Feirense.

Aliás, vários adeptos do SC Braga perderam mesmo a viagem, uma vez que acabaram por não entrar no Estádio Marcolino de Castro em protesto por não lhes ter sido permitido introduzir uma tarja que pretendiam apresentar na bancada destinada aos bracarenses, ação que foi da responsabilidade dos agentes policiais.

Outros, que já se encontravam na bancada e apercebendo-se da situação, decidiram abandonar o recinto.

A Bola

Esgaio: «Agora queremos vencer o Benfica»
Extremo regressou à titularidade e fez as assistências para os dois golos minhotos
 
Ricardo Esgaio regressou à titularidade no Sp. Braga após um interregno de três jogos para servir com precisão Fransérgio e Ricardo Horta, mas o extremo minhoto, de 25 anos, optou por desvalorizar as duas assistências em detrimento dos três pontos que permitem aos arsenalistas continuar a pressionar o Sporting na luta pelo pódio do campeonato.

Foco numa luta que na próxima jornada vai conhecer uma etapa de montanha, pela dificuldade que a receção ao Benfica representará, mas que o ex-capitão da Seleção de sub-21 espera contornar com sucesso.

"Realizámos um jogo simples, mas eficaz", começou por resumir o bracarense, garantindo que o grupo está determinado a dar sequência aos triunfos na reta final do campeonato: "Neste clube encaramos todos os desafios para vencer e agora queremos ganhar ao Benfica, tal como queremos somar triunfos em todos os jogos até ao final."

Ambição assumida após um desenrolar de equilíbrio que só ficou definido após o intervalo graças aos passes de régua e esquadro com que Ricardo Esgaio desenhou o espaço que permitiu a Fransérgio e Ricardo Horta fazerem os dois golos do triunfo.

"O importante é sempre o coletivo, pelo que o que há a realçar nesta jornada é que o Sp. Braga conseguiu acrescentar mais uma excelente vitória", considerou o jogador arsenalista, para logo de seguida valorizar a réplica dos fogaceiros: "Fomos uma equipa objetiva perante um Feirense complicado e que, mesmo sabendo qual será o seu destino na próxima temporada, nunca deixou de lutar pelo resultado."

Por Pedro Malacó

Benfica fecha fase regular na frente com goleada em Braga
Encarnados acabam com mais 2 pontos do que o Sporting
 
O Benfica garantiu este domingo o primeiro lugar final na fase regular do campeonato de futsal, graças a uma vitória por 4-0 na visita ao reduto do Sp. Braga, no encontro que marcou o fecho da primeira etapa da prova.

A atuar diante do sexto colocado, os encarnados confirmaram o seu favoritismo com golos de Rafael Henmi (19'), André Coelho (25'), Fits (32') e Tiago Brito (38'), conseguindo um resultado que permite chegar aos 75 pontos, mais 2 do que o Sporting.

Nos quartos-de-final, refira-se, o Benfica vai ter pela frente o Eléctrico, que finalizou a fase regular no oitavo lugar.
Por Fábio Lima

Record

Feirense-Sp. Braga, 0-2 (crónica)
Vitória nos escombros do Castelo da Feira
Vítor Maia

O Sporting de Braga deixou os escombros do Castelo de Santa Maria da Feira a olhar para o terceiro lugar, depois de vencer o despromovido Feirense (2-0).

Não há pior sentimento do que descer de divisão. O sangue parece que deixa de correr, a alma fica vazia, a alegria desaparece e entrar no campo torna-se um suplício. A resistência fogaceira acabou com o triunfo do Desportivo das Aves em Guimarães e o Castelo da Feira ruiu por completo. De resto, já há muito isso prometia acontecer.

Esgaio indicou o caminho aos minhotos para sair com o triunfo de um sítio sombrio e fundo, Fransérgio e Horta aproveitaram para ser protagonistas.

A superioridade dos minhotos foi indiscutível. Ao intervalo, o domínio do conjunto de Abel era mais que evidente (12-3 em remates) e apenas a falta de eficácia e Caio impediram a vantagem.

Com sistemas diferentes durante todo o jogo, o Sporting de Braga foi quebrando a organização contrária. Após vinte minutos jogados a um ritmo lento e sem grandes oportunidades, Fransérgio fez tremer o poste da baliza de Caio (20'). Logo de seguida, Paulinho ficou perto de assinar um golo de belo efeito (20').

A única oportunidade flagrante do Feirense pertenceu a Valencia, mas a tentativa de chapéu desastrada nem incomodou Tiago Sá (30'). Enfim, quando tudo está mal, só pode correr pior.

O Sporting de Braga carregou para chegar à vantagem. Contudo, Wilson desperdiçou um zona privilegiada (36'). O golo demorou no primeiro tempo nem tanto no segundo. Aos 25 segundos, sim leu bem, 25 segundos os minhotos já venciam por 1-0. Bruno Viana lançou Esgaio que cruzou para o cabeceamento certeiro de Fransérgio.

O Feirense virou um vagabundo, entrou em agonia completa e ficou à mercê do Sporting de Braga que podia ter construído um resultado confortável e evitado sobressaltos. Horta, por exemplo, ficou a centímetros do 2-0 (50') e, depois, Fransérgio bisou (53'), mas o lance foi anulado por posição irregular de Wilson Eduardo.

Filipe Martins cumpriu o seu papel e agitou a equipa a partir do banco. Lançou Steven para o lugar de Tiago Mesquita e búlgaro ameaçou o empate. Porém, adiantou em demasia a bola e permitiu a Tiago Sá agarrar (68').

Pouco depois, Tiago Silva obrigou o guarda-redes contrário a defesa apertada (71'). Foram os minutos em que os jogadores mostraram o orgulho ferido. Ainda assim, esteve longe de ser suficiente para sequer colocar em causa a vitória do Sp. Braga.

Os bracarenses fizeram o 2-0 numa jogada semelhante àquela que deu o primeiro golo. A diferença esteve no cruzamento de Esgaio, desta feita rasteiro, e no marcador do golo, já que foi Horta a festejar.

O Sporting de Braga esbanjou lances prometedores para ampliar o marcador quer por má definição dos seus jogadores, quer por falta de acerto na finalização.

28 jogos sem vencer, resta ao Feirense continuar à espera que o carrasco trate de executar a sentença decretada no passado sábado, enquanto os guerreiros do Minho seguem a três pontos do Sporting e bem vivos na luta pelo pódio.

Feirense-Sp. Braga, 0-2 (destaques)
Esgaio indica o caminho para sair vivo entre os escombros
Vítor Maia
     
Feirense-Sp. Braga, 0-2 (destaques)

Figura: Esgaio, o «Robocop»

Em boa hora regressou à equipa titular, ocupando o lugar de Goiano. O lateral de 25 anos indicou o caminho para a saída dos escombros do Castelo de Santa Maria da Feira ao assinar duas assistências.  Seguríssimo a defender – não foi ultrapassado uma única vez -, soube sempre quando subir ou quando equilibrar a equipa. Lê tão bem o jogo, sinal de uma maturidade invulgar aos 25 anos. Notáveis os cruzamentos para Fransérgio e Horta que valeram o triunfo bracarense. Decisivo, pois claro.

Momento: fazer em 25 segundos o que não se fez numa parte inteira

O Sporting de Braga fez por justificar a vantagem ao intervalo. Atirou uma bola ao ferro, criou situações de finalização dentro da área contrária, enfim. No arranque da segunda parte, os bracarenses precisaram somente de 25 segundos para abrir o ativo. Bruno Viana deu para Esgaio na direita, o lateral arrancou e só parou quando cruzou para a área, onde surgiu Fransérgio a fazer o 1-0. A partir daí, o jogo ficou praticamente fechado, em virtude do momento horrível que o Feirense vive.

Outros destaques:

Wilson Eduardo: jogou como ala-direito, depois como extremo e acabou como avançado. O internacional angolano foi um dos vários «jokers» utilizados por Abel durante o jogo. Mesmo com as várias trocas de posição, o capitão bracarense manteve um rendimento interessante, sobretudo no primeiro tempo. Wilson combinou bem com Horta – outro jogador que teve direito a assumir papéis distintos – e ameaçou o golo em três ocasiões. Ficou perto de um golo vistoso (36’) e nas outras duas tentativas Caio opôs-se bem (21’ e 31’). Um competente jogador de equipa, resumindo.

Caio Secco: caso o brasileiro não se tivesse exibido a bom nível, os fogaceiros poderiam ter sofrido um resultado mais desnivelado. Caio fez duas intervenções decisivas na primeira parte - a remates de Wilson Eduardo (21' e 31') e de Horta (26'). É um dos bons valores da Liga e dificilmente continuará em Santa Maria da Feira no próximo ano.

Valencia: ganhou minutos com o decorrer da época, mas marcou apenas dois golos. O colombiano não tem, portanto, aproveitado as oportunidades concedidas. Esta tarde, «El Trencito» voltou a ter hipóteses para deixar uma boa imagem – tal como toda a equipa – mas desperdiçou-as. O avançado fogaceiro foi protagonista de um lance inacreditável: conseguiu uma receção aparentemente difícil e, com Tiago Sá fora da baliza, tentou o que pareceu um chapéu (30’). Ainda teve outra oportunidade – cabeceamento à figura de Tiago Sá (33’) antes de se evaporar no segundo tempo.

Horta: a quatro jogos do final da época, o internacional português tem o mérito de estar perto de igualar o excelente registo do ano anterior. Horta criou, deambulou pelo ataque, assistiu e marcou. O extremo foi um dos jogadores mais influentes na forma como Abel quis furar a muralha azul e, também por isso, merece o destaque.

Fransérgio: o médio foi o substituto de Dyego Sousa no ataque minhoto durante a primeira parte. É verdade que poucas vezes tocou na bola, mas quando recebeu em boas condições criou perigo. O ex-Marítimo acertou no poste (20’) na sequência de um bom envolvimento coletivo. Fransérgio concretizou a ameaça aos 25 segundos da segunda parte, com um excelente golpe de cabeça entre Briseño e Flávio Ramos. Ficou perto do «bis», contudo, o árbitro anulou o lance por posição irregular de

Abel: «Podíamos ter vencido por mais»
Vítor Maia
     
Abel Ferreira, treinador do Sporting de Braga, em declarações na sala de imprensa do Estádio Marcolino de Castro, após a vitória por 2-0, em jogo da 30.ª jornada da Liga:

«Entrámos dentro do que tem sido apanágio. Apresentámos uma forma de jogar vincada, os jogadores têm um mapa mental já instalado e sabem o que fazer. É verdade que estava 0-0 ao intervalo, mas podíamos ter chegado com outro resultado. Faltou-nos precisão na zona três e ter mais calma para passar a bola para a baliza contrária. Criámos oportunidades suficientes para estar a vencer.»

«Na segunda parte toada manteve-se, Procurámos desequilibrar com uma circulação intensa, rápida e dinâmica, provocando por dentro e por fora.Vencemos por 2-0, mas podiam ter sido mais. O Feirense tem entrado muito forte, tem estado por cima no início dos jogos, sobretudo aqui em casa como se viu contra o FC Porto e o Benfica. É um adversário que cria muitas dificuldades, mas hoje fomos dominadores com e sem bola. Fomos competente e sérios, respeitámos o adversário independentemente de este já ter descido.»

«Fizemos a nossa obrigação. Jogámos com qualidade, intensidade e promovemos o espetáculo.»

[Comentário sobre Bruno Viana]:

«Ele e todos os outros têm qualidade para jogar em patamares superiores. É um elogio ao meu trabalho, ao da equipa. A minha função é valorizar os jogadores. Não só o Bruno Viana, mas muitos jogadores. A forma como jogamos valoriza os jogadores e quem assiste vê qualidade. Fazemos há quase duas épocas tanto em treino como em jogo. Os jogadores já têm instalado um mapa mental do jogo, pensam todos a mesma coisa ao mesmo tempo, que é o mais difícil.»

«Temos um jogo coletivo forte e as individualidades acabam por sobressair. É a mesma coisa com o Palhinha, com o Pablo... o Ricardo Ferreira, internacional português, era o melhor central da nossa equipa na altura. Fomos a única equipa que está à frente que mexeu no motor da equipa. Perdemos o Vukcevic, o André Horta e o Danilo. Não falam disso, mas eu não me esqueço. É normal e natural que quem assiste ao jogos do Sp. Braga veja qualidade no jogo e nos jogadores.»

Maisfutebol