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NOTÍCIAS DO ENORME SC BRAGA DO DIA 23/02
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NOTÍCIAS DO ENORME SC BRAGA DO DIA 23/02
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Bruno3429 Equipa Principal
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  NOTÍCIAS DO ENORME SC BRAGA DO DIA 23/02
« em: 23 de Fevereiro de 2019, 08:24 »
Sp. Braga-Belenenses, 0-2 (crónica)
Belenenses faz a Pedreira tremer
Bruno José Ferreira

O Belenenses retirou ao Sp. Braga o estatuto de única equipa invencível no seu estádio. Triunfo (0-2) da equipa de Silas no reduto bracarense, o que não acontecia há dezassete anos, sendo, portanto, a primeira vitória no novo municipal bracarense.

Um triunfo personalizado da equipa que trajou de azul, vertiginosa e incisiva na forma como se lançou para o ataque. Fê-lo com convicção, abalroando um domínio amorfo da equipa da casa. O primeiro desaire caseiro da época para o Sp. Braga, mais de um ano depois da última derrota, é a segunda consecutiva para a turma de Abel. Algo inédito antes da visita ao Dragão, a contar para a Taça de Portugal.

Noite de contrastes na Pedreira. Se para o Sp. Braga é para esquecer, perante um ambiente sonolento com as bancadas despidas e com a carga emocional que a primeira derrota provoca, para o Belenenses tudo saiu na perfeição. Kikas e Licá são os heróis do triunfo do Belenenses na abertura da jornada.

Contrariamente ao que é habitual após as derrotas, Abel Ferreira operou uma autêntica revolução no onze comparativamente com o desaire em Alvalade. Ao todo foram seis as mexidas do treinador do Sp. Braga, que teve de adaptar Palhinha como central devido às sete ausências. Ailton estreou-se em jogos na Pedreira, uma vez que tinha apenas atuado na Madeira.

Do lado do Belenenses Silas mexeu menos, voltando a apostar em Kikas como principal referência ofensiva do Belenenses, jovem que tem jogado essencialmente nos sub-23. Curiosamente foi o jovem de vinte anos a devolver o sorriso aos azuis, uma vez que após cinco jornadas de jejum devolveu o Belenenses aos golos.

Foi ao minuto 38, na sequência de um pontapé de canto, a recarregar com êxito uma defesa apertada de Tiago Sá, que devolveu para o coração da área o cabeceamento de Sasso. Expressão no marcador para a verticalidade do Belenenses em detrimento de um domínio pastoso do Sp. Braga.

O conjunto de Abel entrou desgarrado, com um domínio quase que imposto pelo teoria, mas sem seguimento na prática. Esse domínio existiu, mas apenas territorial e sem oportunidades flagrantes para golo. Em sentido inverso, das poucas vezes que o Belenenses se esticou até à área adversária fê-lo com critério e, sobretudo, com sentido prático e objetivo.

Logo aos doze minutos Licá abanou com as redes num exemplo paradigmático dessa objetividade da equipa de Silas. Festejos prolongados, golo bem construído com Zakarya a servir o atacante, mas o VAR assinalou fora de jogo no início da jogada, mantendo a igualdade.

No regresso das cabines o Sp. Braga tentou ser mais intenso, despejou bolas na área onde Muriel foi dono e senhor sem critério aparente, chegou a ameaçar um massacre, mas esse sentimento foi travado pelo segundo dos azuis. Sobrou critério, subida pela certa, mais uma da equipa de Silas, a culminar com o remate fulminante de Licá com o pé esquerdo.

O Sp. Braga tentou até ao suspiro final, pelo orgulho. Mesmo quando a derrota era certa os guerreiros não baixaram a guarda e nos últimos instantes Paulinho atirou ao ferro. Insuficiente para evitar mais um registo negativo: o Sp. Braga ficou em branco, algo que nunca tinha acontecido em casa e apenas tinha ocorrido na Luz e no Dragão, precisamente o próximo destino dos bracarenses.

Noite perfeita para o Belenenses. O plano foi seguido à risca e funcionou em pleno. Triunfo com muito mérito.

Sp. Braga-Belenenses, 0-2 (destaques)
Licá como expoente máximo do aproveitamento
Bruno José Ferreira

FIGURA: Licá

Estilo de jogo ingrato para o atacante, que esteve na sombra de um Sp. Braga com mais posse de bola para depois ser solicitado em jogadas repentinas. Fez por pressionar a primeira fase de construção adversária chegou a marcar, mas estava em posição irregular. Festejos travados de forma cruel pelo VAR, por fora de jogo no primeiro passe de Licá. Teve a redenção ao minuto 59 ao fuzilar de pé esquerdo, acentuando a exibição pragmática do Belenenses. Licá foi o espelho dessa prestação, o expoente máximo do aproveitamento.

MOMENTO: golo de Kikas (38’)

Cruzamento de Diogo Viana na sequência de um pontapé de canto ensaiado, no coração da área Sasso cabeceia sem marcação para uma defesa verdadeiramente aparatosa de Tiago Sá. Na recarga o jovem Kikas atirou de primeira para o fundo das redes com o pé esquerdo. 400 minutos depois o Belenenses voltava a marcar, acreditando num final feliz na Pedreira.

MENÇÃO HONROSA: Eduardo

Jogo completo no meio campo do Belenenses, longe dos holofotes mas daqueles que qualquer treinador gosta de ter. Arrojado a defender e a ajudar a manter equilíbrios, Acutilante na hora de atacar. Forte fisicamente, não virou a cara à luta.

OUTROS DESTAQUES

Kikas


Segundo jogo consecutivo a titular do irreverente jovem natural de Castelo Branco que completou a formação em Guimarães. Notou-se algum nervosismo natural, na primeira oportunidade que teve atirou a contar. Estreia promissora a marcar.

Murilo

Uma das muitas novidades da equipa de Abel Ferreira, o médio foi dos mais inconformados. Tentou criar perigo com o seu potente pé esquerdo, fletindo do lado direito para o meio para depois disparar forte.

Muriel

Prestação segura na baliza do Belenenses. Susteve tudo que havia para segurar com maior ou menor dificuldade, demonstrando especial aptidão para segurar os cruzamentos bracarenses fora dos postes.

Claudemir

O pêndulo do costume, não sabe jogar de outra forma. É o principal pilar deste Sp. Braga, jogou e tentou fazer jogar, mas a noite não era de inspiração coletiva, apesar de o brasileiro ter feito o seu trabalho.

Abel: «Não fomos tão assertivos como é normal»
Bruno José Ferreira

Declarações de Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após a derrota (0-2) frente ao Belenenses, a primeira derrota em casa esta época:

«É verdade que não foi um jogo muito assertivo, mas em produção ofensiva diria que a diferença esteve na eficácia. Tivemos oportunidade para poder abrir perante um adversário altamente fechado, a equipa tentou mas não fomos tão assertivos quanto o normal. Temos que olhar para este jogo e perceber isso, perceber também que é duro perder depois de estar um ano e dois meses sem perder em casa, daí o respeito que os adversários têm. Para mim a diferença esteve na eficácia. O resultado é demasiado penalizador para o que as equipas criaram. O futebol é isto, vamos continuar o nosso caminho porque em maio sim fazemos as contas e vemos o que é que nos toca».

[Poupanças para a Taça de Portugal?] «Não. Alguns deles estavam castigados, o Sequeira tinha um problema no pé embora estivesse no banco. Jogaram aqueles em que acreditamos. São aqueles que entendemos que neste jogo eram os melhores. Honestamente, a sensação com que fico é que podíamos estar aqui a noite inteira que seria difícil fazer golos. Faltou assertividade e temos de destacar a aglomeração do adversário em frente à baliza, o que causou dificuldades. Mesmo com 2-0 se fazemos o golo podia ser possível, com a alma que esta equipa tem».

[Surpreendido com a estratégia do Belenenses] «É isto que tem feito contra os grandes, não nos surpreende, é fruto de todo o crescimento do clube, se quiserem ver pela parte positiva é fruto do respeito que têm por nós, vários adversários vêm cá assim».

Maisfutebol
 

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