Guerreiros do Minho entre a fina flor da Europa
Equipa de Abel Ferreira é uma entre o restrito clube de 14 invictas no espaço UEFA, a par de emblemas da elite, como o Manchester City, a Juventus e o PSG

O emblema minhoto entra para a elite europeia e permanece no restrito clube das 14 equipas europeias que ainda não conheceram a derrota nos respetivos campeonatos . Uma façanha que junta os Guerreiros do Minho a grandes aristocratas, como a Juventus, o Manchester City, o Liverpool, o Chelsea, o PSG ou o Dortmund.
Num percurso total de 13 jogos sem derrotas, que passa a constituir novo recorde do clube – o anterior datava de 2005-06, era Jesualdo Ferreira treinador e Abel ainda jogador –, o Braga cedeu apenas cinco empates e ganhou oito jogos. No campeonato, soma cinco vitórias e três empates.
E se não lhe servirá de consolo pela eliminação precoce das competições europeias, verificada no play-off de acesso à Liga Europa, às mãos de um quase desconhecido Zorya e sem perder qualquer jogo (1-1 e 2-2, em casa), o Braga sempre pode gabar-se de frequentar uma certa fina flor das grandes liga europeias, num espaço limitado a mais 13 equipas. Em Inglaterra, por exemplo, só Manchester City (8 vitórias, dois empates), o Liverpool (8-2) e o Arsenal (7-3) ainda não sofreram qualquer derrota.
Por essa futebolândia fora, sobram apenas mais dez equipas invictas. A saber: Juventus (9 vitória, um empate), Dortmund (6-3), PSG (11-0), PSV (10-0), Genk (9-3)Salzburgo (10-2), PAOK (8-0), Atromitos (6-2), Estrela Vermelha (13-1) e Dínamo de Zagreb (9-3).
Alheia a todos estes gráficos, a equipa treinada por Abel Ferreira retomou os treinos, ontem, após a goleda (5-0 ao Nacional) que aproximou o clube do apuramento para a final a quatro da Taça da Liga, que falhou na última época e que será outra vez jogada no Estádio Municipal, palco do desafio que se segue, já no domingo, com o Vitória de Setúbal, para a nona jornada da Liga. O treinador Abel Ferreira tem o plantel praticamente na máxima força, se se descontar a ausência de lesionados de mais longa data, como o guarda-redes Matheus e o defesa central Ricardo Ferreira. Para o jogo com a equipa sadina já há bilhetes à venda, nos locais habituais: 2,5 euros para sócios; 10 e 15 euros para o público.

JN

RECORDISTA ABEL
São várias as marcas alcançadas desde a chegada do técnico. Agora faltam... os títulos
A vitória sobre o Nacional, para a Allianz Cup, significou um novo recorde para o Sp . Braga, o de melhor arranque de época, com 13 jogos sem sofrer qualquer derrota. Esta foi apenas mais uma marca alcançada pela equipa comandada por Abel Ferreira, que está a mostrar-se um colecionador de recordes, como atesta o quadro que acompanha esta peça. Estes registos confirmam o sucesso da presente temporada, mas também da anterior. Abel Ferreira foi conseguindo, à medida do tempo, quebrar marcas que duravam há vários anos. A mais recente deitou por terra o registo de Jesualdo Ferreira em 2005/06, altura em que Abel era jogador dos arsenalistas – nesse temporada os minhotos somaram 12 jogos sem perder no arranque da época. Abel Ferreira, de 39 anos, estará seguramente feliz com estas marcas, mas o próprio já assumiu que não é isto que o move. “Não ando atrás de recordes”, referiu o treinador bracarense, em abril último. É que todos estes registos alimentam a esperança dos guerreiros do Minho em somar títulos. O presidente António Salvador lidera um projeto para levar o Sp. Braga à conquista do campeonato nacional, mas também é grande o desejo de celebrar a vitória na final da Allianz Cup, em Braga. *

Dortmund e Juve também invictos
O Sp. Braga ainda não perdeu qualquer jogo oficial esta época, ao fim de 13 desafios. Olhando para os top 10 dos países com melhor coeficiente na UEFA, apenas Borussia Dortmund e Juventus podem orgulhar-se de um arranque de temporada imaculado, sem qualquer derrota em jogos oficiais. Quem será o primeiro a vacilar? Refira-se que Manchester City, Liverpool, Chelsea, PSG e Genk ainda não perderam nos seus campeonatos, mas já foram derrotados numa partida para as competições europeias.

RECORD

DUPLA QUE PROMETE FOGO
BRAGA Paulinho foi o goleador da última época e Dyego Sousa o avançado mais eficaz de Portugal. Abel está obrigado a juntá-los mais vezes...

Dyego Sousa e Paulinho estiveram brilhantes na receção ao Nacional e devem manter a titularidade frente ao V. Setúbal. Números aconselham a uma aposta definitiva nesta dupla de avançados
Pode parecer estranho, mas o jogo de terça-feira frente ao Nacional foi um dos raros momentos em que Abel Ferreira conseguiu juntar Dyego Sousa e Paulinho no mesmo onze ao longo do último ano e meio. Esta época, a dupla de avançados só tinha partilhado o relvado em duas ocasiões: em Felgueiras, para a Taça de Portugal (Dyego Sousa entrou aos 57 minutos para marcar o golo da vitória, após assistência de Paulinho), e nos últimos minutos do dérbi de Guimarães. No entanto, e frente ao Nacional, Abel Ferreira decidiu-se a dar, pela primeira vez esta temporada, a titularidade a ambos, com o resultado que se conhece: maior goleada da época, dois golos para cada um e ainda duas assistências para Paulinho e uma para Dyego Sousa. Era difícil imaginar melhor.
A lesão do avançado português, sofrida na semana que antecedeu o arranque oficial da época (regressou apenas a 30 de setembro, frente ao Belenenses), serviu para embalar Dyego Sousa para um arranque de temporada absolutamente fantástico, transformando um “excelente” suplente (fez os 90 minutos apenas em cinco ocasiões durante 2017/18), num “excelente” titular desta. A verdade é que, na época passada, Abel Ferreira só conseguiu oferecer-lhes a titularidade em simultâneo em cinco dos 52 jogos realizados pela equipa, mesmo que a dupla de avançados até tenha sido experimentada pela primeira vez num dos momentos mais marcantes da época.


GOLOS
40
Dyego Sousa e Paulinho marcaram 40 golos pelo Braga ao longo do último ano e meio. Apesar de ter menos tempo de jogo, o brasileiro leva vantagem (21 golos contra 19)



Lágrimas antes do agradecimento
Paulinho marcou o primeiro golo da época e os festejos fizeram-se com lágrimas, seguidos de uma enorme ovação dos adeptos, que entenderam o momento difícil do avançado. “Deu para perceber que havia muita tensão dentro do jogador. Já lhe disse que a confiança se ganha nos treinos, não é nos jogos”, explicou Abel Ferreira no final da partida. No segundo golo, logo a seguir ao intervalo, os festejos foram menos efusivos, ainda que Paulinho tenha feito questão de se dirigir ao banco para agradecer publicamente ao médico Vítor Moreira e ao fisioterapeuta Francisco Miranda, duas pessoas fundamentais durante a fase de recuperação.


TREINO REGRESSO POUCAS HORAS DEPOIS DA GOLEADA
O plantel do Braga começou ontem de manhã a preparar a receção de domingo (20h00) ao V. Setúbal, poucas horas depois da goleada infligida ao Nacional para a Taça da Liga. O treino não trouxe grandes novidades, apesar de Raúl Silva e Xadas terem voltado a trabalhar sem qualquer tipo de limitação – Abel aguarda agora o melhor momento para os fazer regressar à competição.

O JOGO

Abel entre a elite mundial
Foi considerado o 44.º melhor treinador do mundo em 2018 pela prestigiada revista “FourFourTwo”

Treinador do Braga ficou à frente de Rui Vitória, Jorge Jesus e Marco Silva, num ranking liderado por Pep Guardiola. Leonardo Jardim (12.º) é o melhor português de 2018 para a revista inglesa
Abel Ferreira continua a dizer que não dá grande relevância a recordes – frente ao Nacional, bateu mais um, garantindo o melhor arranque de uma época na história do Braga –, mas a verdade é que o trabalhodotreinadortambém começa a ganhar adeptos no estrangeiro.
Desta vez, o nome de Abel Ferreira surgiu em destaque na “FourFourTwo”, uma das mais prestigiadas revistas inglesas, que o colocou entre os melhorestreinadoresdomundo durante o ano de 2018. A presença do treinador arsenalista, que ocupa a 44.ª posição do ranking, é mesmo uma das principais surpresas desta eleição anual, tendo a revista especializada em futebol justificado a escolha com o excelente trabalho que Abel Ferreira realizou ao longo do último ano. “Promovido da segunda para a primeira equipa em abril de 2017, o antigo lateral do Sporting estabeleceu-se rapidamente como um dos mais promissores jovens treinadores da Europa”, começa por justificar a revista, que acrescenta mais um parágrafo ao treinador do Braga. “Elogiado pela sua versatilidade tática, devoção pela rapidez e olho para as substituições, acabou 2017/18 de forma soberba, mas começou a nova época ainda melhor, liderando o campeonato”, pode ler-se nas páginas da “FourFourTwo”.
Abel Ferreira começa a ganhar destaque no panorama internacional pelos excelentes resultados obtidos em Braga, “FourFourTwo” mas é apenas um dos cinco portugueses que integram esta lista cheia de nomes consagrados. Leonardo Jardim (12.º), Paulo Fonseca (22.º), José Mourinho (25.º) e Sérgio Conceição (33.º) são os outros treinadores nacionais que integram as escolhas relativas a 2018,que,na comparação com 2017, perderam Rui Vitória, Jorge Jesus e ainda Marco Silva. Apesar de ter saído recentemente do Mónaco devido a uma crise de resultados, Leonardo Jardim é o português mais bem colocado.
O número um do ranking, que no ano passado foi liderado por António Conte, pertence agora a Pep Guardiola, que na época passada ganhou a Premier League ao serviço do Manchester City – lidera novamente o campeonato inglês, juntamente com o Liverpool. O pódio é completado por Zinedine Zidane (2.º), atualmente sem clube mas que na última temporada conquistou a Liga dos Campeões pelo Real Madrid, e ainda Diego Simeone (3.º), do Atlético de Madrid. Massimiliano Allegri, treinador de Cristiano Ronaldo na Juventus, ocupa a quarta posição.

O JOGO

Salvador ataca empresário que tenta cobrar dívida
Líder do Braga opõe-se a penhora de bens em casa e diz que já pagou
António Salvador fez chegar ao Tribunal de Famalicão um pedido de apresentação de caução com o qual tenta evitar a penhora de móveis da casa onde vive em Braga, por causa de uma dívida de 300 mil euros ao também empresário Domingos Correia. E acusa-o de uma “campanha difamatória”.
“A execução reporta-se a um acordo de pagamento de uma dívida celebrado entre Domingos Correia e uma sociedade moçambicana, de que fui fiador, dívida essa que se encontra totalmente paga desde 2013”, afirma, em comunicado enviado ao JN. “Domingos Correia alega que faltam pagar 250 mil dólares americanos e instaurou o referido processo, onde apresentei embargos, cabendo agora ao Tribunal decidir”, explica. O empresário e presidente do Braga afirma ser “falso” que o juiz tenha mandado a PSP à sua casa, porque “quaisquer diligências de penhora são da exclusiva iniciativa do agente de execução”.
Conforme o JN noticiou, o juiz autorizou um pedido do agente de execução para que a Polícia acompanhe uma próxima diligência de penhora de bens móveis, em face da oposição de um familiar de Salvador na casa onde habita, numa anterior tentativa.
Salvador explica ainda o objetivo de um pedido de caução em dinheiro: “evitar diligências, que tinham como propósito intimidar-me e ofender a minha dignidade e perturbar de forma aviltante a minha família, num circo mediático a que Domingos Correia gosta de recorrer”. Acrescenta que Correia é arguido em dois processos-crime, nos quais é acusado da prática de seis crimes, como os de perseguição, difamação e injúria. As queixas surgiram após este empresário inimigo de Salvador ter posto a circular em Braga um camião com os dizeres “paga o que deves!”.

JN

Atletismo: Ricardo Ribas muda-se do Benfica para o Sp. Braga

Internacional português terminava contrato com os encarnados

Ricardo Ribas deixou o Benfica ao fim de cinco anos e mudou-se para o Sp. Braga, consumando assim mais uma saída de atletas do meio-fundo do atletismo dos encarnados.

O internacional português de 41 anos, que representou Portugal nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, terminava o contrato com o emblema da Luz e optou mesmo pela saída.

MaisFutebol

RICARDO FERREIRA E ROSIC NO FIO DA NAVALHA
António Casanova

No mesmo dia em que o SC Braga goleou (5-0) o Nacional e reforçou a candidatura à final four da Taça da Liga (dois jogos, dois triunfos, seis pontos somados), confirmando um novo máximo na história do clube ao protagonizar um arranque com 13 partidas sem registo de derrotas (o recorde anterior pertencia a Jesualdo Ferreira e datava de 2005), Abel Ferreira abriu a porta a alguns reajustes no plantel. O técnico dos guerreiros foi ainda mais preciso, identificando o setor que acusa excesso de soluções.

«Temos de reformular a questão dos defesas-centrais, porque temos jogadores a mais para essa posição», assumiu, na conferência de Imprensa que se seguiu à gorda vitória obtida pelos arsenalistas diante do conjunto madeirense, na segunda jornada da fase de grupos da Taça da Liga, cujas meias-finais e final voltarão a ter como palco o Estádio Municipal de Braga.

Talvez porque ainda não tomou realmente uma decisão ou por entender que é demasiado prematuro divulgar a sua sentença a dois meses da reabertura do mercado de transferências, poupando os sacrificados ao desgaste psicológico de terem de enfrentar mais 60 dias com a sina traçada, Abel Ferreira não divulgou os nomes dos centrais que serão riscados do plantel em janeiro.

A BOLA fez a análise dos registos estatísticos dos seis defesas-centrais que integram a formação bracarense e os dados recolhidos indiciam um futuro nada radioso para Ricardo Ferreira, Rosic e Lucas, mais até para os dois primeiros, pois o último, promovido no verão da equipa B ao plantel principal, é o mais novo dos jogadores habilitados a integrar o eixo defensivo e, por isso, poderá sentir menos problemas no momento de não surgir nas escolhas de Abel Ferreira.

A Bola

Os pontos e os números que medem o equilíbrio desta Liga
Um campeonato aberto como há muito não se via, com os grandes abaixo da sua média, líderes com menos pontos do que o habitual e várias equipas em crescimento, a começar pelo Sp. Braga
Berta Rodrigues
     
Este é um campeonato aberto como há muito não se via e um olhar para o que aconteceu até agora encontra vários caminhos para se chegar ao equilíbrio que se verifica por esta altura. A começar pela tendência anormal dos habituais candidatos estarem todos em simultâneo a perder mais pontos do que o costume. Nas últimas treze épocas nunca houve ao final da 8ª jornada um líder com tão poucos pontos como têm nesta altura FC Porto e Sp. Braga, as duas equipas da frente. Esse é um lado da tendência de um campeonato que promete ser mais competitivo que os anteriores. O outro é o crescimento de várias equipas, a começar obviamente pelo Sp. Braga.

Para termos a medida de como este campeonato está a fugir à norma, basta constatar que é preciso recuar até 2004/05 para encontrar um líder com menos pontos do que os atuais nesta fase. O Benfica comandava então com 17 pontos. Esse Benfica orientado por Giovanni Trapattoni acabou por conquistar o título e é até hoje o campeão com pior rendimento na história do campeonato nacional – ganhou 63,7 por cento dos pontos possíveis. Neste século, só por mais uma vez aconteceu o líder ter 18 pontos ou menos. Foi em 2001/02, quando o FC Porto liderava, em igualdade com o Boavista, ambos com 16 pontos. O Sporting, que à oitava jornada era quarto a três pontos da frente, seria campeão no final. E esse foi o campeonato em que o título representou a segunda pior percentagem de rendimento de sempre, 73,5 por cento.

Se compararmos com a época passada, tanto FC Porto como Sporting tinham por esta altura mais quatro pontos do que têm atualmente. O Benfica, curiosamente, tem os mesmos pontos que tinha ao fim da ronda 8 na última época. Tem sido o padrão normal, um ou dois dos ditos grandes estarem com mais pontos ganhos nesta fase da temporada.

Os dragões têm menos quatro pontos do que há um ano por esta altura, quando lideravam com 22 pontos, e também pioram no registo de golos: marcaram menos um e sofreram mais três. Ainda assim, mantêm a liderança e voltam a ter igualmente o melhor ataque do campeonato.

Também o Sporting, que era segundo há um ano, perdeu quatro pontos de uma época para a outra e piora ainda mais no registo de golos, com menos dois marcados e oito sofridos, o dobro do que tinha em 2017/18 nesta fase. O Benfica está igual em pontos mas perde no saldo de golos: tem menos um marcado e mais um sofrido que há um ano, quando também era terceiro, mas isolado: agora está em igualdade com o Rio Ave.

Se alargarmos o período de análise a dez anos, percebemos que todos os chamados «grandes» estão abaixo da sua média. O FC Porto teve mais pontos do que tem agora por esta altura em sete das últimas dez épocas. O Benfica esteve acima dos atuais 17 em seis temporadas desde 2008/09. E o Sporting teve cinco épocas neste espaço de tempo acima dos atuais 16 pontos à 8ª jornada.


A solidez do Sp. Braga

Quanto ao Sp. Braga, está acima nesta comparação mais alargada. Na última década só por uma vez os minhotos tiveram mais pontos à 8ª jornada do que têm agora. Foi em 2009/10, quando estavam na frente, a par do Benfica, ambos com 22 pontos. Essa equipa liderada por Domingos Paciência terminaria na segunda posição, com os «encarnados» campeões.

Em todo o séc. XXI o Sp. Braga apenas por uma vez teve mais pontos que nesta altura, e também estava na frente: em 2005/06, com Jesualdo Ferreira no banco, quando liderava isolado à 8ª jornada com 20 pontos, num campeonato que seria ganho pelo FC Porto e em que acabaria na quarta posição, atrás dos três grandes. Acima de tudo, demonstra muito maior solidez: em 2017/18 já tinha três derrotas por esta altura. Agora é a única equipa que ainda não perdeu para a Liga. E ainda não perdeu aliás qualquer jogo esta época: a equipa de Abel foi eliminada da Liga Europa pelo Zorya, mas ao fim de dois empates.

Em relação à época passada, o Sp. Braga melhorou nos resultados e nos golos. Tem mais três pontos, marcou mais dois golos e sofreu menos um.

Épocas de recorde para Rio Ave e Santa Clara

E depois há os outsiders que estão lá por cima. Antes de mais o Rio Ave, que está a fazer o seu melhor arranque de campeonato de sempre. Os atuais 17 pontos batem um registo que vem de 1997/1998 e pertencia à equipa orientada por Carlos Brito, que tinha por esta altura 16 pontos e estava na segunda posição. O quarto lugar atual representa uma melhoria de três pontos em relação ao mesmo período da última época e um ganho claro no saldo de golos, mais quatro marcados e menos dois sofridos.

Notável também o Santa Clara, outra equipa a superar os seus registos históricos. Os 14 pontos e o sexto lugar atual deixam bem para trás os registos das anteriores três presenças dos açorianos na Liga, que nunca foram acima dos 10 pontos por esta altura.

Marítimo a perder como ninguém e o singular Feirense

Há mais equipas na Liga em clara melhoria em relação à última época. O V. Setúbal, atual sétimo classificado, ganhou quatro pontos em oito jornadas, os mesmos que o Moreirense, a outra equipa que mais subiu de um ano para o outro. O Portimonense também recupera três pontos em relação à época passada e melhorou ligeiramente o saldo de golos, com menos dois sofridos, embora seja nesta altura a pior defesa da Liga.

O Feirense é um caso singular. Tem mais um ponto que na época passada e conseguiu-o com o registo mais parcimonioso de todo o campeonato. Com quatro golos marcados, é o pior ataque da Liga. Mas tem assente a campanha na solidez lá atrás: também tem a melhor defesa do campeonato, cinco golos sofridos, numa época em que já defrontou Sporting e FC Porto.

Do lado das equipas que mais perdem na comparação com a época passada, o destaque óbvio é o Marítimo: menos seis pontos, a diferença entre o quarto lugar que ocupava há um ano e o atual 11º. Ninguém perdeu tantos pontos de uma época para a outra como os madeirenses. Seguem-se FC Porto e Sporting e depois o Belenenses e o Boavista, ambos com três pontos a menos, mesmo com a vitória da equipa do Restelo sobre o Benfica na jornada passada.

Quem sobe e quem desce em relação à oitava jornada da época passada

1. FC Porto, 18 (22/1º classificado em 2017/18, -4 pontos)

2. Sp. Braga, 18 (15/5º, +3)

3. Benfica, 17 (17/3º, igual)

4. Rio Ave, 17 (14/6º, +3)

5. Sporting, 16 (20/2º, -4)

6. Santa Clara, 16 (-)

7. V. Setúbal, 11 (7/13º, +4)

8. V. Guimarães, 11 (10/8º, +1)

9. Belenenses, 10 (13/7º, -3)

10. Portimonense, 10 (7/14º, +3)

11. Marítimo, 10 (16/4º, -6)

12. Moreirense, 10 (6/17º, +4)

13. Feirense, 9 (8/11º, +1)

14. Boavista, 7 (10/9º, -3)

15. Desp. Chaves, 7 (8/12º, -1)

16. Tondela, 6 (6/15º, igual)

17. Nacional, 5 (-)

18. Desp. Aves, 4 (6/18, -2)

Maisfutebol