Unidos pelo amor mas de costas voltadas no dérbi
Casal de professores perspetiva o V. Guimarães-Braga. Rivalidade saudável não impediu uma pequena aposta para o jogo de amanhã
Rosário Teixeira
Professora de matemática “A rivalidade é bonita, mas sem violência. O António nunca teve problemas”
António Costa
Professor de geometria “Sou sócio do Braga, mas respeito e nunca fui maltratado. Dei os parabéns aos vitorianos pela Taça”
O cupido uniu-os em 1995, mas há coisas que nunca irão mudar na vida de um casal: o amor pelo clube e pela cidade que os viu nascer. Rosário Teixeira, de 52 anos, natural de Azurém, e António Costa, de 54 anos, natural de Dume, são um casal simpático que partilha muitos gostos, mas no futebol, em vésperas do Vitória de Guimarães – Sp. Braga, estarão de costas voltadas durante 90 minutos.
A rivalidade assenta-lhes tão bem como o amor que os uniu há 23 anos, mas dérbi que é dérbi, entre clubes e cidades rivais, deu origem a uma aposta. “Se o Vitória ganhar, e penso que será por 2-0, pagarei o jantar ao meu marido e a alguns amigos dele braguistas”, prometeu Rosário Teixeira, professora de matemática, com um sorriso contagiante. António Costa, professor de geometria descritiva, não fica atrás. “Se o Sp. Braga vencer, e penso que será por 2-1, cozinharei durante duas semanas”, prometeu à mulher.
Rosário Teixeira joga em casa, mas parte em desvantagem numérica a nível familiar. “Em casa são três braguistas contra uma vitoriana. Tentei que fossem do Vitória, pois há muitos vitorianos na família, mas deixaram-se influenciar pelo pai”, explica, sem mágoa, até porque o marido também teve aprovação do pai.
“O meu pai era um vitoriano ferrenho. Só queria que o Vitória ficasse à frente do Braga e que não dissessem mal do Vitória. Quando casamos, como o Vitória ficava quase sempre à frente do Braga, nunca houve problemas”, lembrou Rosário Teixeira que, apesar do fervor clubístico, deixou de ser sócia.
NA CIDADE DO “INIMIGO”
António Costa vive na cidade do “inimigo”, mas, independentemente das rivalidades, garante que nunca teve problemas.
“Guimarães é uma cidade que sabe acolher e tenho muitos amigos vitorianos. Aliás, em jogos de futebol entre amigos, alguns jogam com a camisola do Braga e outros com a camisola do Vitória. A rivalidade é saudável e tem de existir. Mas com respeito e sem violência”, lembra o associado 1138.
Ainda assim, durante a reportagem efetuada no parque da cidade de Guimarães, não se livrou de olhares reprovadores e de um piropo amigável. “Há quem tenha mau gosto”, ouviu-se. António Costa revelou fair-play, gesto que irá manter na próxima segunda-feira, no regresso às aulas. “Eu brinco muito com os meus alunos e espero na segunda-feira poder fazer o mesmo. Mas sempre na desportiva. Em caso de derrota, já sei que será um dia muito complicado. Talvez se faltar eles esqueçam”, perspetivou, entre gargalhadas.
“O Vitória vai ganhar”, reforça a esposa, garantindo que o resultado do último dérbi é passado. “Mais importante do que vingar o 5-0 será ganhar. E vamos ganhar”, concluiu.
Poder de fogo na frente com os mesmos trunfos
Oito meses depois da histórica goleada no Berço, Abel repete apostas nas alas e no ataque
Esgaio e Ricardo Horta nas alas; Wilson Eduardo e Dyego Sousa na frente. Foi com estes quatro jogadores mais adiantados no terreno que, há dez meses, a equipa arsenalista construiu, no Estádio D. Afonso Henriques e frente ao Vitória de Guimarães, o maior triunfo de sempre, em casa do velho rival (5-0).
Oito meses depois, tudo indica que o técnico Abel Ferreira vai repetir aquele quarteto, que curiosamente assinou três dos cinco golos (só Ricardo Horta não faturou), tendo os restantes tentos sido apontados por Hassan e Vukcevic.
Os quatro jogadores que mais têm jogado esta época na zona ofensiva totalizam 13 dos 16 golos da equipa na Liga: Dyego (cinco), Wilson (quatro) e Horta (quatro). Só Esgaio está em branco. No entanto e em comparação com o jogo de 18 de fevereiro último, no meio-campo defensivo e na defesa, as alterações são muitas. Vukcevic e André Horta já não jogam no Braga e os duplos pivot têm sido os reforços Claudemir e João Novais. Na defesa, Jefferson saiu e com Raúl Silva e o guarda-redes Matheus estão lesionados. Restam Goiano e Bruno Viana. Pablo, Sequeira e Tiago Sá estão agora entre as apostas principais de Abel Ferreira. Sem novidades clínicas, o Braga volta a treinar esta manhã, seguindo-se a antevisão do dérbi.
JN
Casal de professores perspetiva o V. Guimarães-Braga. Rivalidade saudável não impediu uma pequena aposta para o jogo de amanhã
Rosário Teixeira
Professora de matemática “A rivalidade é bonita, mas sem violência. O António nunca teve problemas”
António Costa
Professor de geometria “Sou sócio do Braga, mas respeito e nunca fui maltratado. Dei os parabéns aos vitorianos pela Taça”
O cupido uniu-os em 1995, mas há coisas que nunca irão mudar na vida de um casal: o amor pelo clube e pela cidade que os viu nascer. Rosário Teixeira, de 52 anos, natural de Azurém, e António Costa, de 54 anos, natural de Dume, são um casal simpático que partilha muitos gostos, mas no futebol, em vésperas do Vitória de Guimarães – Sp. Braga, estarão de costas voltadas durante 90 minutos.
A rivalidade assenta-lhes tão bem como o amor que os uniu há 23 anos, mas dérbi que é dérbi, entre clubes e cidades rivais, deu origem a uma aposta. “Se o Vitória ganhar, e penso que será por 2-0, pagarei o jantar ao meu marido e a alguns amigos dele braguistas”, prometeu Rosário Teixeira, professora de matemática, com um sorriso contagiante. António Costa, professor de geometria descritiva, não fica atrás. “Se o Sp. Braga vencer, e penso que será por 2-1, cozinharei durante duas semanas”, prometeu à mulher.
Rosário Teixeira joga em casa, mas parte em desvantagem numérica a nível familiar. “Em casa são três braguistas contra uma vitoriana. Tentei que fossem do Vitória, pois há muitos vitorianos na família, mas deixaram-se influenciar pelo pai”, explica, sem mágoa, até porque o marido também teve aprovação do pai.
“O meu pai era um vitoriano ferrenho. Só queria que o Vitória ficasse à frente do Braga e que não dissessem mal do Vitória. Quando casamos, como o Vitória ficava quase sempre à frente do Braga, nunca houve problemas”, lembrou Rosário Teixeira que, apesar do fervor clubístico, deixou de ser sócia.
NA CIDADE DO “INIMIGO”
António Costa vive na cidade do “inimigo”, mas, independentemente das rivalidades, garante que nunca teve problemas.
“Guimarães é uma cidade que sabe acolher e tenho muitos amigos vitorianos. Aliás, em jogos de futebol entre amigos, alguns jogam com a camisola do Braga e outros com a camisola do Vitória. A rivalidade é saudável e tem de existir. Mas com respeito e sem violência”, lembra o associado 1138.
Ainda assim, durante a reportagem efetuada no parque da cidade de Guimarães, não se livrou de olhares reprovadores e de um piropo amigável. “Há quem tenha mau gosto”, ouviu-se. António Costa revelou fair-play, gesto que irá manter na próxima segunda-feira, no regresso às aulas. “Eu brinco muito com os meus alunos e espero na segunda-feira poder fazer o mesmo. Mas sempre na desportiva. Em caso de derrota, já sei que será um dia muito complicado. Talvez se faltar eles esqueçam”, perspetivou, entre gargalhadas.
“O Vitória vai ganhar”, reforça a esposa, garantindo que o resultado do último dérbi é passado. “Mais importante do que vingar o 5-0 será ganhar. E vamos ganhar”, concluiu.
Poder de fogo na frente com os mesmos trunfos
Oito meses depois da histórica goleada no Berço, Abel repete apostas nas alas e no ataque
Esgaio e Ricardo Horta nas alas; Wilson Eduardo e Dyego Sousa na frente. Foi com estes quatro jogadores mais adiantados no terreno que, há dez meses, a equipa arsenalista construiu, no Estádio D. Afonso Henriques e frente ao Vitória de Guimarães, o maior triunfo de sempre, em casa do velho rival (5-0).
Oito meses depois, tudo indica que o técnico Abel Ferreira vai repetir aquele quarteto, que curiosamente assinou três dos cinco golos (só Ricardo Horta não faturou), tendo os restantes tentos sido apontados por Hassan e Vukcevic.
Os quatro jogadores que mais têm jogado esta época na zona ofensiva totalizam 13 dos 16 golos da equipa na Liga: Dyego (cinco), Wilson (quatro) e Horta (quatro). Só Esgaio está em branco. No entanto e em comparação com o jogo de 18 de fevereiro último, no meio-campo defensivo e na defesa, as alterações são muitas. Vukcevic e André Horta já não jogam no Braga e os duplos pivot têm sido os reforços Claudemir e João Novais. Na defesa, Jefferson saiu e com Raúl Silva e o guarda-redes Matheus estão lesionados. Restam Goiano e Bruno Viana. Pablo, Sequeira e Tiago Sá estão agora entre as apostas principais de Abel Ferreira. Sem novidades clínicas, o Braga volta a treinar esta manhã, seguindo-se a antevisão do dérbi.
JN