UM DOS SUPORTES DA EMANCIPAÇÃO MINHOTA ESTÁ EM FIM DE LINHA EM BRAGA
NEM vai embora
REINALDO LIMA, nome de Nem, vai embora. Aos 34 anos, e numa altura em que ainda alimentava planos em Braga, acaba de tomar a decisão. Divulgou-a a A BOLA, preservando pormenores e razões. «Podem apenas anunciar que o meu ciclo em Braga termina no final da época.»
Já se desconfiava, agora veio a confirmação na primeira pessoa: Nem está à beira de partir, mas não deve, com certeza, pendurar ainda as botas. O seu jogo quente e robótico, a velocidades próprias mas sempre coberto de classe, ainda tem lugar seguro em futebóis mais brandos, mas é indisfarçável uma certa mágoa na forma como pronuncia o adeus a Braga a quatro meses de encerrar a quarta época em Portugal.
Dele poderá dizer-se que veio tarde. Jogadores do seu calibre marcam uma época e sustentam a ascensão: quando o Sp. Braga anunciou a sua contratação, no Verão de 2003, a surpresa foi geral. Nem, com vigorosos e instruídos 30 anos, trazia consigo uma carreira de sucesso dividida por campeões brasileiros como o S. Paulo, o Atlético Mineiro e o Atlético Paranaense. Foi o primeiro grande suporte anunciado para um ciclo notável sob o comando de Jesualdo Ferreira. O melhor da história do Sp. Braga, com Nem a identificar o projecto, a auxiliar no difícil ensinamento da arte da emancipação. Nem foi ficando, comandando um dos melhores quartetos das últimas ligas. Até chegar a decepção de não receber um convite de renovação ao seu tributo...
O estranho da questão
É óbvio que o tempo passa, a idade pesa, os planos alteram-se, evoluem. A saída de cena, após uma lesão durante o jogo em Braga com o Parma, poderá ter precipitado tudo. Não se discute a ascensão de Rodriguez: entrou para o seu lugar no jogo da primeira mão, foi superior e envolveu o Sp. Braga numa espécie de gabardina impermeável.
Pelo que foi dado a perceber, Nem não está cansado do seu jogo e acredita-se que ainda tem mais duas ou três épocas para destilar classe. O estranho da questão é a tristeza que lhe assombra os contornos de um rosto normalmente radioso. Nem sempre foi o braço alongado das relações no plantel, o comunicador permanentemente de serviço, o elemento de ligação à relva, ao balneário, ao gabinete, à comunicação social...
Ao anunciar a partida, fê-lo com a nova e mais recente faceta: uma certa crispação, argumentos blindados, tristeza implícita. Nem críticas nem elogios. Apenas um «vou-me embora» sem desespero nem lamento. Demasiado seco para não se extrair mágoa. É um excelente jogador que se retira e até Junho ainda há tempo para uma saída em beleza... e um profundo obrigado.
IN A BOLA
Ao Nem o meu agradecimento pelo bom trabalho desempenhado ao serviço do nosso clube. Tudo tem um fim, parece que é chegada a hora de partida do Nem, desejo-lhe o maior sucesso na vida seja qual for o rumo que lhe pretenda dar. Era previsível que no final desta época terminasse a ligação entre o Braga e o Nem. Foi um jogador muito importante nestes últimos anos no centro da defesa, mas a idade não perdoa e o Braga precisa de se renovar...
NEM vai embora
REINALDO LIMA, nome de Nem, vai embora. Aos 34 anos, e numa altura em que ainda alimentava planos em Braga, acaba de tomar a decisão. Divulgou-a a A BOLA, preservando pormenores e razões. «Podem apenas anunciar que o meu ciclo em Braga termina no final da época.»
Já se desconfiava, agora veio a confirmação na primeira pessoa: Nem está à beira de partir, mas não deve, com certeza, pendurar ainda as botas. O seu jogo quente e robótico, a velocidades próprias mas sempre coberto de classe, ainda tem lugar seguro em futebóis mais brandos, mas é indisfarçável uma certa mágoa na forma como pronuncia o adeus a Braga a quatro meses de encerrar a quarta época em Portugal.
Dele poderá dizer-se que veio tarde. Jogadores do seu calibre marcam uma época e sustentam a ascensão: quando o Sp. Braga anunciou a sua contratação, no Verão de 2003, a surpresa foi geral. Nem, com vigorosos e instruídos 30 anos, trazia consigo uma carreira de sucesso dividida por campeões brasileiros como o S. Paulo, o Atlético Mineiro e o Atlético Paranaense. Foi o primeiro grande suporte anunciado para um ciclo notável sob o comando de Jesualdo Ferreira. O melhor da história do Sp. Braga, com Nem a identificar o projecto, a auxiliar no difícil ensinamento da arte da emancipação. Nem foi ficando, comandando um dos melhores quartetos das últimas ligas. Até chegar a decepção de não receber um convite de renovação ao seu tributo...
O estranho da questão
É óbvio que o tempo passa, a idade pesa, os planos alteram-se, evoluem. A saída de cena, após uma lesão durante o jogo em Braga com o Parma, poderá ter precipitado tudo. Não se discute a ascensão de Rodriguez: entrou para o seu lugar no jogo da primeira mão, foi superior e envolveu o Sp. Braga numa espécie de gabardina impermeável.
Pelo que foi dado a perceber, Nem não está cansado do seu jogo e acredita-se que ainda tem mais duas ou três épocas para destilar classe. O estranho da questão é a tristeza que lhe assombra os contornos de um rosto normalmente radioso. Nem sempre foi o braço alongado das relações no plantel, o comunicador permanentemente de serviço, o elemento de ligação à relva, ao balneário, ao gabinete, à comunicação social...
Ao anunciar a partida, fê-lo com a nova e mais recente faceta: uma certa crispação, argumentos blindados, tristeza implícita. Nem críticas nem elogios. Apenas um «vou-me embora» sem desespero nem lamento. Demasiado seco para não se extrair mágoa. É um excelente jogador que se retira e até Junho ainda há tempo para uma saída em beleza... e um profundo obrigado.
IN A BOLA
Ao Nem o meu agradecimento pelo bom trabalho desempenhado ao serviço do nosso clube. Tudo tem um fim, parece que é chegada a hora de partida do Nem, desejo-lhe o maior sucesso na vida seja qual for o rumo que lhe pretenda dar. Era previsível que no final desta época terminasse a ligação entre o Braga e o Nem. Foi um jogador muito importante nestes últimos anos no centro da defesa, mas a idade não perdoa e o Braga precisa de se renovar...