“Redes sociais elevam pressão”
Cosme Machado foi homenageado num jogo em Famalicão e pediu melhorias urgentes no sector
“A pressão sobre os árbitros aumentou com as redes sociais e os programas desportivos. Os lances são comentados ao pormenor” Cosme Machado
Ex-árbitro
Luís Ferreira e João Pinheiro foram dois dos árbitros e amigos que estiveram no jogo de despedida de Cosme Machado, agora no Braga, onde desempenha o papel de “formador” Cosme Machado foi ontem homenageado em Famalicão. O ex-árbitro, que abandonou a atividade nesta época eé agora consultor do Braga, participou num jogo organizado por amigos, entre os quais Luís Ferreira e João Pinheiro, e pelo Núcleo de Árbitros de Famalicão. Ao fim de 23 anos de carreira, Cosme Machado recordou que o jogo que mais o marcou foi o Gondomar-Dragões San dinen ses ,“ojo godo Apito Dourado ”, em 2004.“Porto da aenvolvência,m arcou uma geração e a mim também ”, disse. Foi, aliás, no julgamento do Apito Dourado, como testemunha, que protagonizou um momento curioso quando disse ao juiz que era “o Collina de Portugal”. “Era muito jovem, se calhar não o deveria ter dito, mas estava um ambiente muito pesado e foi par atenta ruma melhor disposição”, justificou. “Nunca tive a qualidade de Collina, mas saio consciente de que fiz um percurso com dignidade, honestidade e sinto-me honrado por ter estado ligado ao futebol português”, adiantou. Ficou também“orgulhoso” por ter pertencido a uma geração de árbitros que beneficiou de “uma grande mudança a nível de condições, como a construção de centros de treinos”. Cosme espera que, em breve, seja dado um importante passo na arbitragem. “Se não houver ajuda, com tecnologias, os árbitros vão continuar a ser massacrados”, argumentou. “Para termos uma competição mais válida, terá de ser implementada a tecnologia da linha de golo. É muito importante e já há em quase todos os melhores campeonatos da Europa”, sublinhou, considerando que “a pressão sobre os árbitros aumentou com as redes sociais e os programas desportivos, onde os lances são comentados ao pormenor”.
António Salvador visionário
Cosme Machado desempenha no Braga “um papel de formador ”, acompanhando todos os escalões deformação, a equipa de feminino, aBea principal. O ex-árbitro dá “também a opinião sobre determinados lances nos jogos de todas as equipas”. Cosme Machado defendeu que “o Braga teve uma abertura que deve ser seguida por outros clubes” e não tem dúvidas de que, quando o contratou, “o presidente do Braga viu um bocadinho mais à frente” e espera que “os outros também o sigam”.
Braga-Benfica ainda dá direito a multas
Relatório da PSP sobre os incidentes no exterior do estádio tira 1913 euros aos dois clubes
O encontro entre Braga e Benfica, referente à 22.ª jornada, ainda origina multas aos dois clubes. Uma vez analisado o relatório da PSP, o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol aplicou, a ambos, uma sanção de 1913 euros, a propósito dos confrontos entre os adeptos das duas equipas. “No exterior e antes de o jogo começar, os adeptos de ambos os clubes adotaram um comportamento de incitamento à violência, provocatório e que num dado momento deu origem a agressões entre os mesmos adeptos”, lê-se na deliberação.
Relativamente à última ronda, 23, o treinador do Paços de Ferreira, Vasco Seabra, foi apenas sancionado comum a multa, no valor de 612 euros, por ter sido expulso pelo árbitro Tiago Antunes, no decorrer da primeira parte do encontro em casa do Rio Ave. Assim, o técnico vai poder sentar-se no banco de suplentes, no próximo domingo, na receção ao Tondela. Nuno Espírito Santo, expulso no Bessa, foi também apenas multado.
Já na II Liga, o CD puniu a Académica, pelo comportamento do público na visita do Cova da Piedade. “Arremesso de seis cadeiras, da bancada nascente inferior (...) tendo as referidas cadeiras caído na pista de atletismo”, argumenta o CD, numa situação que “não causou interferência no desenrolar do jogo”, mas que vale à Briosa uma multa de 1785 euros. Destaque para a suspensão de funcionários do U. Madeira – Vítor Cunha – e do Covilhã – João José Sousa – dez e cinco dias, respetivamente.
O JOGO