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Futebol português em debate
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Futebol português em debate
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reg107 Juniores
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1500 em: 31 de Maio de 2021, 13:44 »
Atualmente, a TV paga muito mais por um Benfica - Moreirense do que por um Moreirense - Benfica. São jogos, à partida, com audiencias similares.  Isto é que não é aceitável.

Se conseguirmos corrigir este tipo de injustiças,  a centralização já será um êxito.

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100% de acordo neste ponto. Mas mais uma vez não vejo como é que vai mudar com um modelo que defendes. Segundo a tua lógica de mérito/audiências os grandes recebem por 17 jogos e os pequenos por 3.

A centralização visa dar poder negocial aos pequenos para que não surjam situações como a que deste. Porque bastava ao moreirense dizer que não aceitava as eventuais propostas e dar o mesmo argumento que deste e que é mais que válido, é uma triste realidade. Nunca o Moreirense o poderia fazer porque depende daquele dinheiro como de pão para a boca. Não tem o poder negocial que a liga como um todo terá.

Ora com o modelo que defendem de mérito/visibilidade o benfica vs Moreirense vai valer bem mais que o Moreirense vs benfica. Com uma agravante: desta vez o Moreirense não pode usar argumento nenhum e dizer que não aceita porque está centralizado.

Percebo os teus argumentos, mas de certeza que conheces o futebol português e sabes quem nunca sai a o perder não sabes?
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1501 em: 31 de Maio de 2021, 13:49 »
Nos direitos televisivos Portugal não vai inventar nada, é só copiar o que de melhor se faz por esse mundo fora há décadas.
E obviamente os clubes grandes vão continuar a receber mais que os pequenos, o objetivo é bdar mais equilíbrio por pouco que seja.
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1502 em: 31 de Maio de 2021, 14:14 »
Nos direitos televisivos Portugal não vai inventar nada, é só copiar o que de melhor se faz por esse mundo fora há décadas.
E obviamente os clubes grandes vão continuar a receber mais que os pequenos, o objetivo é bdar mais equilíbrio por pouco que seja.
Nunca será assim tão simples! Os grandes vão sempre exigir pelo menos manter os valores que recebem atualmente. Será necessario um governo e uma liga muito fortes para ser possivel algo difetente.

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O verdadeiro adepto vê-se nas derrotas!
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1503 em: 31 de Maio de 2021, 14:15 »
Copa América sem anfitriões (saiu a Colômbia agora Argentina)
https://www.bbc.com/sport/football/57304063

Cheira-me que na FPF já estão a avançar com candidatura. Desde que não haja portugueses a assistir, não deve existir problema por parte do governo.

Sobre os direitos, se não percebes o que de errado tem essa proposta igual para todos, bem, resta-te a Coreia do Norte (ou talvez não, é aproveitar uma das centenas de edições da Quinta dos Animais).
Quem não sente não é filho de boa gente.
reg107 Juniores
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1504 em: 31 de Maio de 2021, 14:17 »
Nos direitos televisivos Portugal não vai inventar nada, é só copiar o que de melhor se faz por esse mundo fora há décadas.
E obviamente os clubes grandes vão continuar a receber mais que os pequenos, o objetivo é bdar mais equilíbrio por pouco que seja.

Certo, mas não vamos esperar os mesmos resultados ou vamos? É que esta é uma das medidas que esses países têm dentro dos seus próprios contextos e realidades. Copiar a receita deles retirada da realidade deles, pode ter o efeito oposto. Quase que me arrisco a dizer que é mesmo isso que vai fazer.

Ou acreditas que nesses países a Comunicação Social, as ligas, as frederações são como as nossas?

Além disso, verdadeiro sucesso só vejo em Inglaterra (esse modelo tinha muito mais que a centralização a copiar). Holanda e Bélgica mesmo com centralização ficam muito aquém do desejável, face às seleções que têm.

Andamos à decadas a queixarmos-nos que o futebol português precisa de uma revolução completa, mas depois ficamos-nos por um bocadinho mais de equilibrio.
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1505 em: 31 de Maio de 2021, 14:17 »
Nem sei porque é que na Champions há prêmios e distribuição de direitos televisivos cada vez maiores á medida que vais progredindo na prova
reg107 Juniores
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1506 em: 31 de Maio de 2021, 14:27 »
Copa América sem anfitriões (saiu a Colômbia agora Argentina)
https://www.bbc.com/sport/football/57304063

Cheira-me que na FPF já estão a avançar com candidatura. Desde que não haja portugueses a assistir, não deve existir problema por parte do governo.

Sobre os direitos, se não percebes o que de errado tem essa proposta igual para todos, bem, resta-te a Coreia do Norte (ou talvez não, é aproveitar uma das centenas de edições da Quinta dos Animais).

Percebi que esta parte era para mim, mas não percebi a mensagem, nem da Coreia do Norte nem da Quinta dos Animais. Infelizmente fico aquém do teu nível de inteligência, e não consigo sequer acompanhar as tuas verdades absolutas. Uma coisa que conseguiria facilmente era igualar o teu nível de educação, mas vou deixar que ganhes essa "batalha" também. Tem um bom resto de tarde e tudo de bom.
reg107 Juniores
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1507 em: 31 de Maio de 2021, 14:29 »
Nem sei porque é que na Champions há prêmios e distribuição de direitos televisivos cada vez maiores á medida que vais progredindo na prova
Simples, depois de eliminado não há jogos para dar na televisão. Logo não podes receber por jogos que não fazes. O campeonato são 34 jogos para todos.
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1508 em: 31 de Maio de 2021, 14:40 »
Copa América sem anfitriões (saiu a Colômbia agora Argentina)
https://www.bbc.com/sport/football/57304063

Cheira-me que na FPF já estão a avançar com candidatura. Desde que não haja portugueses a assistir, não deve existir problema por parte do governo.

Sobre os direitos, se não percebes o que de errado tem essa proposta igual para todos, bem, resta-te a Coreia do Norte (ou talvez não, é aproveitar uma das centenas de edições da Quinta dos Animais).

Percebi que esta parte era para mim, mas não percebi a mensagem, nem da Coreia do Norte nem da Quinta dos Animais. Infelizmente fico aquém do teu nível de inteligência, e não consigo sequer acompanhar as tuas verdades absolutas. Uma coisa que conseguiria facilmente era igualar o teu nível de educação, mas vou deixar que ganhes essa "batalha" também. Tem um bom resto de tarde e tudo de bom.
https://www.wook.pt/pesquisa/quinta+dos+animais
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1509 em: 31 de Maio de 2021, 15:00 »
Nos direitos televisivos Portugal não vai inventar nada, é só copiar o que de melhor se faz por esse mundo fora há décadas.
E obviamente os clubes grandes vão continuar a receber mais que os pequenos, o objetivo é bdar mais equilíbrio por pouco que seja.

Certo, mas não vamos esperar os mesmos resultados ou vamos? É que esta é uma das medidas que esses países têm dentro dos seus próprios contextos e realidades. Copiar a receita deles retirada da realidade deles, pode ter o efeito oposto. Quase que me arrisco a dizer que é mesmo isso que vai fazer.

Ou acreditas que nesses países a Comunicação Social, as ligas, as frederações são como as nossas?

Além disso, verdadeiro sucesso só vejo em Inglaterra (esse modelo tinha muito mais que a centralização a copiar). Holanda e Bélgica mesmo com centralização ficam muito aquém do desejável, face às seleções que têm.

Andamos à decadas a queixarmos-nos que o futebol português precisa de uma revolução completa, mas depois ficamos-nos por um bocadinho mais de equilibrio.

Eu não tenho que acreditar em nada, como disse os modelos estão aí há décadas é só ver o que correu bem e mal e aplicar.
Quanto ao sucesso, correu bem em Inglaterra, na Alemanha, em Espanha por exemplo.
O modelo vai ser feito pelos clubes. claro que os grandes têm um peso fundamental na decisão em minha opinião e bem, tal como em Espanha teve o real e o Barcelona por exemplo. O Slb tem que receber mais que o Braga, porque o SLb gera muito mais que o Braga, onde é que estão as tuas dúvidas quanto a isto? Isto aqui não é uma sociedade comunista! O objetivo é tentar maximizar as receitas e maximizar a sua divisão por todos, sendo a distribuição no final muito semelhante ao que existe hoje, mas com menos diferenças entre todos. Se um Arouca em vez de receber2milhões receber 4 vai com certeza ser mais competitivo.
Por fim, ainda nem percebi se estás a gozar com o pessoal ou se estás a falar mesmo a sério...
Chiquitilha Juniores
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1510 em: 31 de Maio de 2021, 15:02 »
 Direitos televisivos: como são distribuídos nas principais ligas?


   Entre as cinco principais ligas europeias de futebol, a Premier League é a que distribui de forma mais equitativa os montantes relativos aos direitos televisivos. Isso ajuda a um aumento da competitividade dentro das quatro linhas.

   A distribuição dos direitos televisivos nas cinco maiores ligas europeias de futebol é cada vez mais importante para compreender a desigualdade que existe entre as equipas que nelas competem, dado que o montante a distribuir pelos clubes é cada vez maior. Quando chega a hora de distribuir os montantes envolvidos, nos últimos anos tem havido uma convergência para um modelo centralizado, em que todas as equipas aceitam os critérios da divisão da receita. A Série A (italiana), em 2010, e a LaLiga (espanhola), em 2015, foram as mais recentes a adotar este método, que já deu provas de ser o mais equitativo.
   Não obstante, de acordo com um estudo da consultora KPMG, a adoção desta estratégia não teve o mesmo resultado nos cinco países que albergam as maiores ligas, algo lógico se tivermos em linha de conta que os “métodos de distribuição das receitas são, muitas vezes, o resultado de negociações que envolvem muitas entidades, com diferentes posições e interesse negociais”, diz o estudo. Por isso, a diferença entre as equipas economicamente mais fortes e as que menos recursos obtêm desta negociação não são iguais nas cinco maiores ligas do Velho Continente.
   Segundo o estudo agora revelado, o lugar onde este modelo se revelou mais eficaz foi em Inglaterra. Na Premier League, o líder da classificação recebe apenas 1,6 vezes mais dinheiro que o último, e isso apesar de se utilizarem os mesmos critérios de distribuição que em Itália, Espanha e França. Na competição inglesa, 50% do montante total é distribuído em partes iguais pelos 20 clubes que competem; 25% é distribuído em função do mérito desportivo e os restantes 25% são distribuídos de acordo com o número de vezes que foram emitidos jogos de uma determinada formação.
   Fatores-chave
    São vários os fatores que determinam esta posição equitativa da Premier League. Por um lado, os 25% que dizem respeito aos méritos desportivos só têm em conta a temporada em curso e não a de campeonatos anteriores. A este montante somam-se os 25% referentes aos dados de audiência, que favorecem as equipas maiores. Distribuídos por todos, de forma igual, são as receitas da venda de direitos a nível internacional.
   No segundo lugar no que respeita à distribuição equitativa de receitas, a Bundesliga ocupa o segundo lugar, com uma diferença de 3,2/1 entre os clubes que mais e menos recebem. Aqui, a maior fatia do dinheiro corresponde, em grande medida, aos resultados obtidos nas últimas cinco temporadas. Ainda que não exista uma parcela distribuída igualmente por todos os participantes, esta liga mantém-se bastante equitativa.
   De facto, se só se tivessem em conta as receitas dos direitos obtidos a nível nacional, esta liga seria mais igualitária que a inglesa, algo que não acontece porque apenas os clubes maiores disputam torneios europeus. Para a temporada 2017/2018, será implementado um novo sistema, que continuará a depender, em larga medida, do rendimento desportivo dos últimos cinco anos. As mudanças “beneficiarão os conjuntos que tenham jogado regularmente na liga nas últimas décadas, tal como aos que tenham promovido jovens talentos nacionais”, diz a KPMG. Estas novas regras serão aplicadas também aos clubes que tenham descido de divisão, mas mantido presença regular na liga principal em épocas anteriores.
   A Ligue 1, francesa, fecha o “pódio”, com uma proporção de 3,7/1. Em França, 47% das receitas é distribuída por todos os clubes; 28% relaciona-se com o rendimento desportivo da temporada em curso e os restantes 25% são repartidos tendo em conta a audiência televisiva. Depois da Alemanha, é aqui que tem mais peso o rendimento desportivo, se bem que a distribuição em função das audiências dê mais receitas aos clubes maiores.
   Não muito longe surge a liga espanhola, que na última temporada mostrou “uma melhoria significativa” neste particular, ao registar um rácio de 3,7/1, graças à introdução do modelo de negociação centralizado. Desde a sua implementação que “o crescimento do valor dos direitos televisivos tem sido o catalisador de uma distribuição mais equitativa, que permitiu melhorar a situação de todos os clubes, mantendo os direitos de Real Madrid e FC Barcelona em níveis idênticos aos anteriores a este modelo”, pode ler-se no estudo da KPMG.
   A Série A italiana fecha a tabela, com uma proporção de 4,7/1. As razões prendem-se com o facto de apenas 40% serem repartidos entre os clubes e de a parcela que diz respeito aos dados de audiência atingir os 30%. Não obstante, para 2018, os clubes comprometeram-se com um modelo mais equitativo de distribuição do dinheiro.
   Assim sendo, se bem que é certo que os resultados obtidos não foram iguais, ”a adoção gradual de uma distribuição coletiva nas cinco principais ligas é entendida como um sinal de cooperação entre os seus membros, já que alguns clubes deixam de lado os seus interesses a curto prazo em benefício da liga como produto, criando assim um ecossistema que permite aos seus rivais crescer a um ritmo similar”, assinala a KPMG. Não obstante, “a médio prazo podem antecipar-se mais discussões como o resultado do aumento do peso dos direitos mediáticos internacionais das ligas e o impacto que pode ter nas ligas nacionais o aumento das receitas de bonificações de competições da UEFA, de que desfrutam apenas alguns clubes”, conclui a consultora.

   Como sou, pelo menos assim me considero, uma pessoa realista (os meus amigos e família já acham que sou pessimista...) acho que as "entidades (i)responsáveis" tudo farão para inovar e acabaremos por assistir a um "baralha e fica na mesma. Uma "Centralização à Portuguesa".

  Viva o BRAGA!
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1511 em: 31 de Maio de 2021, 15:06 »
Copa América sem anfitriões (saiu a Colômbia agora Argentina)
https://www.bbc.com/sport/football/57304063

Cheira-me que na FPF já estão a avançar com candidatura. Desde que não haja portugueses a assistir, não deve existir problema por parte do governo.

Sobre os direitos, se não percebes o que de errado tem essa proposta igual para todos, bem, resta-te a Coreia do Norte (ou talvez não, é aproveitar uma das centenas de edições da Quinta dos Animais).

Percebi que esta parte era para mim, mas não percebi a mensagem, nem da Coreia do Norte nem da Quinta dos Animais. Infelizmente fico aquém do teu nível de inteligência, e não consigo sequer acompanhar as tuas verdades absolutas. Uma coisa que conseguiria facilmente era igualar o teu nível de educação, mas vou deixar que ganhes essa "batalha" também. Tem um bom resto de tarde e tudo de bom.
https://www.wook.pt/pesquisa/quinta+dos+animais
Hahaha adoro pseudo intelectuais que nem se dão ao trabalho de explicar o seu argumento, leram um livro uma vez e pronto, "vai lê-lo para perceber o meu nível superior de intelectualidade, porque eu sou demasiado à frente para explicar o que quero dizer".

Pior que isso é achar que é válido usar um produto cultural sem qualquer tipo de contextualização, como se criações artístico-culturais tivessem alguma vez representado algum tipo de verdade absoluta. Em qualquer criação cultural (seja artística ou literária) esse Universo segue as regras inventadas pelo criador, neste caso Orwell, para o universo dessa criação em específico, e por muito metafórico que seja, ou por muito que tente imitar a realidade, fará sempre parte do seu próprio universo paralelo, e ficará sempre longe da realidade.

E eu até concordo contigo (em parte, porque o Animal Farm é um mau exemplo, nem tem nada que ver com o que se está a falar aqui, lutas de classes e exploração da classe trabalhadora independentemente de quem governa tem quase nada em comum com distribuição de direitos televisivos, mas pronto), mas esse pseudo-intelectualismo de "vai ler um livro" por seres demasiado limitado e não conseguires explicares pelas tuas próprias palavras o que queres dizer cai-me sempre muito mal.

Pelo menos fazias um paralelo entre o teu raciocínio e o raciocínio do Orwell no Animal Farm. Mas sem dúvida que é mais fácil passar devagar no topo desse cavalo presunçoso e mandar a tacada do "lê isto antes de me dirigires a palavra", como se ler um livro fizesse de ti rei e senhor das verdades absolutas, e como se o uso de uma criação artística para impor uma "verdade" absoluta ao invés de fomentar uma discussão não fosse também contra tudo aquilo que o Orwell defendia.

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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1512 em: 31 de Maio de 2021, 15:18 »
Direitos televisivos: como são distribuídos nas principais ligas?


   Entre as cinco principais ligas europeias de futebol, a Premier League é a que distribui de forma mais equitativa os montantes relativos aos direitos televisivos. Isso ajuda a um aumento da competitividade dentro das quatro linhas.

   A distribuição dos direitos televisivos nas cinco maiores ligas europeias de futebol é cada vez mais importante para compreender a desigualdade que existe entre as equipas que nelas competem, dado que o montante a distribuir pelos clubes é cada vez maior. Quando chega a hora de distribuir os montantes envolvidos, nos últimos anos tem havido uma convergência para um modelo centralizado, em que todas as equipas aceitam os critérios da divisão da receita. A Série A (italiana), em 2010, e a LaLiga (espanhola), em 2015, foram as mais recentes a adotar este método, que já deu provas de ser o mais equitativo.
   Não obstante, de acordo com um estudo da consultora KPMG, a adoção desta estratégia não teve o mesmo resultado nos cinco países que albergam as maiores ligas, algo lógico se tivermos em linha de conta que os “métodos de distribuição das receitas são, muitas vezes, o resultado de negociações que envolvem muitas entidades, com diferentes posições e interesse negociais”, diz o estudo. Por isso, a diferença entre as equipas economicamente mais fortes e as que menos recursos obtêm desta negociação não são iguais nas cinco maiores ligas do Velho Continente.
   Segundo o estudo agora revelado, o lugar onde este modelo se revelou mais eficaz foi em Inglaterra. Na Premier League, o líder da classificação recebe apenas 1,6 vezes mais dinheiro que o último, e isso apesar de se utilizarem os mesmos critérios de distribuição que em Itália, Espanha e França. Na competição inglesa, 50% do montante total é distribuído em partes iguais pelos 20 clubes que competem; 25% é distribuído em função do mérito desportivo e os restantes 25% são distribuídos de acordo com o número de vezes que foram emitidos jogos de uma determinada formação.
   Fatores-chave
    São vários os fatores que determinam esta posição equitativa da Premier League. Por um lado, os 25% que dizem respeito aos méritos desportivos só têm em conta a temporada em curso e não a de campeonatos anteriores. A este montante somam-se os 25% referentes aos dados de audiência, que favorecem as equipas maiores. Distribuídos por todos, de forma igual, são as receitas da venda de direitos a nível internacional.
   No segundo lugar no que respeita à distribuição equitativa de receitas, a Bundesliga ocupa o segundo lugar, com uma diferença de 3,2/1 entre os clubes que mais e menos recebem. Aqui, a maior fatia do dinheiro corresponde, em grande medida, aos resultados obtidos nas últimas cinco temporadas. Ainda que não exista uma parcela distribuída igualmente por todos os participantes, esta liga mantém-se bastante equitativa.
   De facto, se só se tivessem em conta as receitas dos direitos obtidos a nível nacional, esta liga seria mais igualitária que a inglesa, algo que não acontece porque apenas os clubes maiores disputam torneios europeus. Para a temporada 2017/2018, será implementado um novo sistema, que continuará a depender, em larga medida, do rendimento desportivo dos últimos cinco anos. As mudanças “beneficiarão os conjuntos que tenham jogado regularmente na liga nas últimas décadas, tal como aos que tenham promovido jovens talentos nacionais”, diz a KPMG. Estas novas regras serão aplicadas também aos clubes que tenham descido de divisão, mas mantido presença regular na liga principal em épocas anteriores.
   A Ligue 1, francesa, fecha o “pódio”, com uma proporção de 3,7/1. Em França, 47% das receitas é distribuída por todos os clubes; 28% relaciona-se com o rendimento desportivo da temporada em curso e os restantes 25% são repartidos tendo em conta a audiência televisiva. Depois da Alemanha, é aqui que tem mais peso o rendimento desportivo, se bem que a distribuição em função das audiências dê mais receitas aos clubes maiores.
   Não muito longe surge a liga espanhola, que na última temporada mostrou “uma melhoria significativa” neste particular, ao registar um rácio de 3,7/1, graças à introdução do modelo de negociação centralizado. Desde a sua implementação que “o crescimento do valor dos direitos televisivos tem sido o catalisador de uma distribuição mais equitativa, que permitiu melhorar a situação de todos os clubes, mantendo os direitos de Real Madrid e FC Barcelona em níveis idênticos aos anteriores a este modelo”, pode ler-se no estudo da KPMG.
   A Série A italiana fecha a tabela, com uma proporção de 4,7/1. As razões prendem-se com o facto de apenas 40% serem repartidos entre os clubes e de a parcela que diz respeito aos dados de audiência atingir os 30%. Não obstante, para 2018, os clubes comprometeram-se com um modelo mais equitativo de distribuição do dinheiro.
   Assim sendo, se bem que é certo que os resultados obtidos não foram iguais, ”a adoção gradual de uma distribuição coletiva nas cinco principais ligas é entendida como um sinal de cooperação entre os seus membros, já que alguns clubes deixam de lado os seus interesses a curto prazo em benefício da liga como produto, criando assim um ecossistema que permite aos seus rivais crescer a um ritmo similar”, assinala a KPMG. Não obstante, “a médio prazo podem antecipar-se mais discussões como o resultado do aumento do peso dos direitos mediáticos internacionais das ligas e o impacto que pode ter nas ligas nacionais o aumento das receitas de bonificações de competições da UEFA, de que desfrutam apenas alguns clubes”, conclui a consultora.

   Como sou, pelo menos assim me considero, uma pessoa realista (os meus amigos e família já acham que sou pessimista...) acho que as "entidades (i)responsáveis" tudo farão para inovar e acabaremos por assistir a um "baralha e fica na mesma. Uma "Centralização à Portuguesa".

  Viva o BRAGA!
No meio de toda a discussão acho que este é comentário mais importante. Vamos fazer apostas em como o nosso rácio dos 3 primeiros para os últimos vai ser muito pior que o da Itália? (o último desses países mencionados)
14 Novembro de 1994 - Sócio nº2320
reg107 Juniores
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1513 em: 31 de Maio de 2021, 15:26 »
Nos direitos televisivos Portugal não vai inventar nada, é só copiar o que de melhor se faz por esse mundo fora há décadas.
E obviamente os clubes grandes vão continuar a receber mais que os pequenos, o objetivo é bdar mais equilíbrio por pouco que seja.

Certo, mas não vamos esperar os mesmos resultados ou vamos? É que esta é uma das medidas que esses países têm dentro dos seus próprios contextos e realidades. Copiar a receita deles retirada da realidade deles, pode ter o efeito oposto. Quase que me arrisco a dizer que é mesmo isso que vai fazer.

Ou acreditas que nesses países a Comunicação Social, as ligas, as frederações são como as nossas?

Além disso, verdadeiro sucesso só vejo em Inglaterra (esse modelo tinha muito mais que a centralização a copiar). Holanda e Bélgica mesmo com centralização ficam muito aquém do desejável, face às seleções que têm.

Andamos à decadas a queixarmos-nos que o futebol português precisa de uma revolução completa, mas depois ficamos-nos por um bocadinho mais de equilibrio.

Eu não tenho que acreditar em nada, como disse os modelos estão aí há décadas é só ver o que correu bem e mal e aplicar.
Quanto ao sucesso, correu bem em Inglaterra, na Alemanha, em Espanha por exemplo.
O modelo vai ser feito pelos clubes. claro que os grandes têm um peso fundamental na decisão em minha opinião e bem, tal como em Espanha teve o real e o Barcelona por exemplo. O Slb tem que receber mais que o Braga, porque o SLb gera muito mais que o Braga, onde é que estão as tuas dúvidas quanto a isto? Isto aqui não é uma sociedade comunista! O objetivo é tentar maximizar as receitas e maximizar a sua divisão por todos, sendo a distribuição no final muito semelhante ao que existe hoje, mas com menos diferenças entre todos. Se um Arouca em vez de receber2milhões receber 4 vai com certeza ser mais competitivo.
Por fim, ainda nem percebi se estás a gozar com o pessoal ou se estás a falar mesmo a sério...
Não estou a gozar com ninguém, nem tenho por hábito fazê-lo com pessoas que além de merecerem todo o respeito que também o exijo para mim, não conheço de lado nenhum. Estava só a discutir um ponto de vista, tão válido quanto qualquer outro.
Por fim e para fique bem claro e não me mandes também ler Orwell. Não tem nada de comunista ou socialismo de marx ou o que quer que seja.
Para mim tudo que não possa ser diretamente mensurável tem que ter fórmula fixa. Caso contrário não vai ser aplicado de acordo com as premissas com que foi criado.
O benfica recebe mais que os restantes porque gera mais certo. Nada contra, o que defendo é que não deve ser pela transmissão do jogo. Premeie-se a vitória no jogo/campeonato. Ou seja o jogo vale x para todos. Depois há o mérito ou os resultados o que lhe queiram chamar: e aí quem ganha recebe, quem ganha menos recebe menos , etc. Nao vejo comunismo nenhum nisto.
Seria simples. Quanto vale um jogo de campeonato?
Já agora, e não não estou a gozar, mas o prémio de jogo do Ronaldo deve ser maior que o dos colegas? Ele gera uma receita muito maior, até nas transmissões televisivas.
Vais responder "Não porque ele já ganha no salário e nos seus contratos pessoais mais que os colegas e o prémio é coletivo". É o mesmo que eu defendo, criem novas receitas para os clubes que ganham, mas os direitos são da equipa, neste caso da liga. Mas já percebi que falhei na mensagem, siga.

Já agora não domino os modelos espanhol ou alemão mas são ligas cuja competitividade é de bradar aos céus, então no caso alemão. Não quer dizer nada, até porque sem centralização ou com outro modelo provavelmente seria igual, mas a realidade é essa.
Pedro Bala
Pedro Bala Equipa Principal
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1514 em: 31 de Maio de 2021, 15:33 »
Centralização só faz sentido se for algo do género do modelo inglês. Reparem que o clube que mais recebeu em 18/19, o Liverpool, "só" recebeu mais 50% do que o que menos recebeu, o Huddersfield. Proporções deste género são uma autêntica miragem em Portugal.

Reparem como os clubes ingleses recebem todos partes iguais do bolo televisivo, sendo as únicas diferenças os lucros com a bilheteira e o pagamento por mérito desportivo.

Depois é claro que os grandes clube e clubes que participem em competições europeias têm outras fontes de receita que os mais pequenos não têm, mas este sistema equilibra bastante a balança.

Edit: "Facility Fees" corresponde ao pagamento tendo em conta o número de jogos transmitidos. Nada tem a ver com bilheteira como referi anteriormente, erro meu.

« Última modificação: 31 de Maio de 2021, 15:44 por Pedro Bala »
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1515 em: 31 de Maio de 2021, 15:42 »
Copa América sem anfitriões (saiu a Colômbia agora Argentina)
https://www.bbc.com/sport/football/57304063

Cheira-me que na FPF já estão a avançar com candidatura. Desde que não haja portugueses a assistir, não deve existir problema por parte do governo.

Sobre os direitos, se não percebes o que de errado tem essa proposta igual para todos, bem, resta-te a Coreia do Norte (ou talvez não, é aproveitar uma das centenas de edições da Quinta dos Animais).

Percebi que esta parte era para mim, mas não percebi a mensagem, nem da Coreia do Norte nem da Quinta dos Animais. Infelizmente fico aquém do teu nível de inteligência, e não consigo sequer acompanhar as tuas verdades absolutas. Uma coisa que conseguiria facilmente era igualar o teu nível de educação, mas vou deixar que ganhes essa "batalha" também. Tem um bom resto de tarde e tudo de bom.
https://www.wook.pt/pesquisa/quinta+dos+animais
Hahaha adoro pseudo intelectuais que nem se dão ao trabalho de explicar o seu argumento, leram um livro uma vez e pronto, "vai lê-lo para perceber o meu nível superior de intelectualidade, porque eu sou demasiado à frente para explicar o que quero dizer".

Pior que isso é achar que é válido usar um produto cultural sem qualquer tipo de contextualização, como se criações artístico-culturais tivessem alguma vez representado algum tipo de verdade absoluta. Em qualquer criação cultural (seja artística ou literária) esse Universo segue as regras inventadas pelo criador, neste caso Orwell, para o universo dessa criação em específico, e por muito metafórico que seja, ou por muito que tente imitar a realidade, fará sempre parte do seu próprio universo paralelo, e ficará sempre longe da realidade.

E eu até concordo contigo (em parte, porque o Animal Farm é um mau exemplo, nem tem nada que ver com o que se está a falar aqui, lutas de classes e exploração da classe trabalhadora independentemente de quem governa tem quase nada em comum com distribuição de direitos televisivos, mas pronto), mas esse pseudo-intelectualismo de "vai ler um livro" por seres demasiado limitado e não conseguires explicares pelas tuas próprias palavras o que queres dizer cai-me sempre muito mal.

Pelo menos fazias um paralelo entre o teu raciocínio e o raciocínio do Orwell no Animal Farm. Mas sem dúvida que é mais fácil passar devagar no topo desse cavalo presunçoso e mandar a tacada do "lê isto antes de me dirigires a palavra", como se ler um livro fizesse de ti rei e senhor das verdades absolutas, e como se o uso de uma criação artística para impor uma "verdade" absoluta ao invés de fomentar uma discussão não fosse também contra tudo aquilo que o Orwell defendia.

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Alguém pergunta se estarás a gozar. Eu não tenho dúvidas e não estou interessado em escrever ou ler a mesma coisa repetida 20 vezes como se fosse um evangelho (ou Manifesto). "Os animais são todos iguais".
Quem não sente não é filho de boa gente.
reg107 Juniores
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1516 em: 31 de Maio de 2021, 15:52 »
Centralização só faz sentido se for algo do género do modelo inglês. Reparem que o clube que mais recebeu em 18/19, o Liverpool, "só" recebeu mais 50% do que o que menos recebeu, o Huddersfield. Proporções deste género são uma autêntica miragem em Portugal.

Reparem como os clubes ingleses recebem todos partes iguais do bolo televisivo, sendo as únicas diferenças os lucros com a bilheteira e o pagamento por mérito desportivo.

Depois é claro que os grandes clube e clubes que participem em competições europeias têm outras fontes de receita que os mais pequenos não têm, mas este sistema equilibra bastante a balança.

Edit: "Facility Fees" corresponde ao pagamento tendo em conta o número de jogos transmitidos. Nada tem a ver com bilheteira como referi anteriormente, erro meu.



Pelos vistos mais alguém vê a coisa de uma forma semelhante à minha.

Off topic: "Caro colega forista comunista caso esteja interessado podemos comprar a meias um exemplar da "Quinta dos Animais" de Orwell que me foi sugerido num post acima."

Bricandeiras à parte de facto isto é o que faz sentido. Se é televisão não é dos clubes, é da liga e a liga são todos. O mérito e as receitas adicionais não são direitos de tv.
A tabela tem exatamente o que eu tenho vindo a tentar dizer. Um jogo na tv vale x e esse x vale para todos. Se é para copiar copie-se este.
Eskol Equipa Principal
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1517 em: 31 de Maio de 2021, 16:01 »


Direitos televisivos: como são distribuídos nas principais ligas?


   Entre as cinco principais ligas europeias de futebol, a Premier League é a que distribui de forma mais equitativa os montantes relativos aos direitos televisivos. Isso ajuda a um aumento da competitividade dentro das quatro linhas.

   A distribuição dos direitos televisivos nas cinco maiores ligas europeias de futebol é cada vez mais importante para compreender a desigualdade que existe entre as equipas que nelas competem, dado que o montante a distribuir pelos clubes é cada vez maior. Quando chega a hora de distribuir os montantes envolvidos, nos últimos anos tem havido uma convergência para um modelo centralizado, em que todas as equipas aceitam os critérios da divisão da receita. A Série A (italiana), em 2010, e a LaLiga (espanhola), em 2015, foram as mais recentes a adotar este método, que já deu provas de ser o mais equitativo.
   Não obstante, de acordo com um estudo da consultora KPMG, a adoção desta estratégia não teve o mesmo resultado nos cinco países que albergam as maiores ligas, algo lógico se tivermos em linha de conta que os “métodos de distribuição das receitas são, muitas vezes, o resultado de negociações que envolvem muitas entidades, com diferentes posições e interesse negociais”, diz o estudo. Por isso, a diferença entre as equipas economicamente mais fortes e as que menos recursos obtêm desta negociação não são iguais nas cinco maiores ligas do Velho Continente.
   Segundo o estudo agora revelado, o lugar onde este modelo se revelou mais eficaz foi em Inglaterra. Na Premier League, o líder da classificação recebe apenas 1,6 vezes mais dinheiro que o último, e isso apesar de se utilizarem os mesmos critérios de distribuição que em Itália, Espanha e França. Na competição inglesa, 50% do montante total é distribuído em partes iguais pelos 20 clubes que competem; 25% é distribuído em função do mérito desportivo e os restantes 25% são distribuídos de acordo com o número de vezes que foram emitidos jogos de uma determinada formação.
   Fatores-chave
    São vários os fatores que determinam esta posição equitativa da Premier League. Por um lado, os 25% que dizem respeito aos méritos desportivos só têm em conta a temporada em curso e não a de campeonatos anteriores. A este montante somam-se os 25% referentes aos dados de audiência, que favorecem as equipas maiores. Distribuídos por todos, de forma igual, são as receitas da venda de direitos a nível internacional.
   No segundo lugar no que respeita à distribuição equitativa de receitas, a Bundesliga ocupa o segundo lugar, com uma diferença de 3,2/1 entre os clubes que mais e menos recebem. Aqui, a maior fatia do dinheiro corresponde, em grande medida, aos resultados obtidos nas últimas cinco temporadas. Ainda que não exista uma parcela distribuída igualmente por todos os participantes, esta liga mantém-se bastante equitativa.
   De facto, se só se tivessem em conta as receitas dos direitos obtidos a nível nacional, esta liga seria mais igualitária que a inglesa, algo que não acontece porque apenas os clubes maiores disputam torneios europeus. Para a temporada 2017/2018, será implementado um novo sistema, que continuará a depender, em larga medida, do rendimento desportivo dos últimos cinco anos. As mudanças “beneficiarão os conjuntos que tenham jogado regularmente na liga nas últimas décadas, tal como aos que tenham promovido jovens talentos nacionais”, diz a KPMG. Estas novas regras serão aplicadas também aos clubes que tenham descido de divisão, mas mantido presença regular na liga principal em épocas anteriores.
   A Ligue 1, francesa, fecha o “pódio”, com uma proporção de 3,7/1. Em França, 47% das receitas é distribuída por todos os clubes; 28% relaciona-se com o rendimento desportivo da temporada em curso e os restantes 25% são repartidos tendo em conta a audiência televisiva. Depois da Alemanha, é aqui que tem mais peso o rendimento desportivo, se bem que a distribuição em função das audiências dê mais receitas aos clubes maiores.
   Não muito longe surge a liga espanhola, que na última temporada mostrou “uma melhoria significativa” neste particular, ao registar um rácio de 3,7/1, graças à introdução do modelo de negociação centralizado. Desde a sua implementação que “o crescimento do valor dos direitos televisivos tem sido o catalisador de uma distribuição mais equitativa, que permitiu melhorar a situação de todos os clubes, mantendo os direitos de Real Madrid e FC Barcelona em níveis idênticos aos anteriores a este modelo”, pode ler-se no estudo da KPMG.
   A Série A italiana fecha a tabela, com uma proporção de 4,7/1. As razões prendem-se com o facto de apenas 40% serem repartidos entre os clubes e de a parcela que diz respeito aos dados de audiência atingir os 30%. Não obstante, para 2018, os clubes comprometeram-se com um modelo mais equitativo de distribuição do dinheiro.
   Assim sendo, se bem que é certo que os resultados obtidos não foram iguais, ”a adoção gradual de uma distribuição coletiva nas cinco principais ligas é entendida como um sinal de cooperação entre os seus membros, já que alguns clubes deixam de lado os seus interesses a curto prazo em benefício da liga como produto, criando assim um ecossistema que permite aos seus rivais crescer a um ritmo similar”, assinala a KPMG. Não obstante, “a médio prazo podem antecipar-se mais discussões como o resultado do aumento do peso dos direitos mediáticos internacionais das ligas e o impacto que pode ter nas ligas nacionais o aumento das receitas de bonificações de competições da UEFA, de que desfrutam apenas alguns clubes”, conclui a consultora.

   Como sou, pelo menos assim me considero, uma pessoa realista (os meus amigos e família já acham que sou pessimista...) acho que as "entidades (i)responsáveis" tudo farão para inovar e acabaremos por assistir a um "baralha e fica na mesma. Uma "Centralização à Portuguesa".

  Viva o BRAGA!
No meio de toda a discussão acho que este é comentário mais importante. Vamos fazer apostas em como o nosso rácio dos 3 primeiros para os últimos vai ser muito pior que o da Itália? (o último desses países mencionados)

Exato. Aqueles 4,7/1 italianos já seriam um sonho para o nosso Tugão.
joaoPC Equipa Principal
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1518 em: 31 de Maio de 2021, 17:10 »
Nem sei porque é que na Champions há prêmios e distribuição de direitos televisivos cada vez maiores á medida que vais progredindo na prova
Simples, depois de eliminado não há jogos para dar na televisão. Logo não podes receber por jogos que não fazes. O campeonato são 34 jogos para todos.
Mas e o vencedor recebe mais porque?
E não estou a falar do dinheiro das transmissões televisivas, mas sim prêmio de classificação
« Última modificação: 31 de Maio de 2021, 17:13 por joaoPC »
reg107 Juniores
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  Re: Futebol português em debate
« Responder #1519 em: 31 de Maio de 2021, 17:16 »
Nem sei porque é que na Champions há prêmios e distribuição de direitos televisivos cada vez maiores á medida que vais progredindo na prova
Simples, depois de eliminado não há jogos para dar na televisão. Logo não podes receber por jogos que não fazes. O campeonato são 34 jogos para todos.
Mas e o vencedor recebe mais porque?
E não estou a falar do dinheiro das transmissões televisivas, mas sim prêmio de classificação

Estamos a falar de coisas diferentes claramente. Deixei já bem claro que uma coisa é o que vale a transmissão do jogo, outra são os prémios pelos resultados desportivos.
Se vires a tabela inglesa, tens lá claramente tudo o que é tv com o mesmo valor. Depois claro que se ganhas recebes o justo prémio.
 

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