Um clube é uma dinâmica coletiva.
Nem Salvador nem nenhum Presidente podem, por si só, ser responsabilizados pelo sucesso ou insucesso dessa dinâmica.
Naturalmente, Salvador e quem trabalha no SCB podem e devem fazer mais.
Mas a época que termina com este ato eleitoral também recomenda uma reflexão da massa adepta.
Não podemos virar as costas ao nosso clube porque não gostamos do Salvador, do Peseiro, da música de entrada em campo ou da cor das cadeiras do estádio.
Acho que esta época provou também que há um elemento fraturante e não unificador no clube: as claques. Que andaram estes meses todos a cantar "o Braga somos nós" quando ontem não levaram mais do que 20 sócios a votar.
Este discurso faz muito mal ao Braga. O Braga não é as claques. O Braga é quem se esforça em prol do Braga, sejam claques, sócios e adeptos, funcionários, colaboradores, jogadores, treinadores, parceiros... Chega de discursos que nos partem por dentro.
Jogadores e treinadores foram este ano hostilizados de forma inexplicável. E eles também são Braga. Perrichon, Canário, Barroso, Zé Nuno, Castanheira, Quim, Hugo Viana, Custódio, Alan e Lima são Braga, como Braga foram e são o Baiano, o Ricardo Ferreira, o Pedro Santos, o Rui Fonte...
Como diz o Abel, juntos para vencer. Não há outro caminho!
As eleições já acabaram, chega de tentar mandar poeira para os olhos dos outros. Que tristeza de afirmação.
Além disto quando as claques cantam "O Braga somos nós" ao contrário do que dizes referem-se aos adeptos como um todo não em exclusivo a elas, obviamente. Como referiram na tarja colocada no último jogo em casa onde dizia algo do género "Da Nascente à Poente, o Braga Somos nós".