Pois HenDua, mas neste caso será preso por ter cão e por não ter: ou por não ouvir os adeptos e ser teimoso, ou por ceder à pressão e ser fraco.
Enviado do meu SM-J510FN através de Tapatalk
Falo por mim: não gostei que o Peseiro tivesse vindo mas achei que devia ter acabado a época; gostei da aposta em JS e ainda à 3 dias disse aqui que devia ter oportunidade de ficar para o próximo ano.
Deve ouvir os adeptos mas nunca permitir que estes interfiram com questões internas do clube. Nós não sabemos o que se passa lá dentro e o presidente não pode tomar decisões com base nos assobios.
Há muitas outras questões em que ele devia ouvir os adeptos. No que tocas a decisões de gestão interna não.
O ponto é este. Para o que não lhe convém, e não lhe conveio muita coisa durante estes mandatos, Salvador não quer nem ouvir falar dos sócios.
Os sócios surgem, como que por artes mágicas, única e exclusivamente para legitimar despedimentos de treinadores.
Salvador sabia, quando foi buscar Peseiro, que a generalidade dos adeptos não aprovava semelhante decisão, que a maior parte dos adeptos era hostil (a palavra é mesmo esta) a Peseiro. Foi, no entanto, buscá-lo e, com todos os méritos e deméritos, assumiu a decisão como sua.
Quando viu a coisa a escurecer, os resultados a faltar, o balneário a desunir-se, lembrou-se, qual santo, dos adeptos.
Uma escolha que era sua caiu, vejamos bem, por causa dos adeptos. Um treinador que era o seu, que ele foi buscar mesmo depois de ter despedido, não foi despedido por ele - foi despedido pelos adeptos.
Ninguém que tivesse sido abençoado com um pouco de bom senso acreditaria, verdadeiramente, nisto. Diz-nos o senso comum, o normal decurso das coisas, as regras da experiência comum, que os adeptos - os tais que lá estão, época após época - apenas são chamados a responder pelos insucessos.
Para chamar a si os sucessos, e ainda são alguns, está sempre na linha da frente o nosso querido Presidente. E ainda há quem se conforme com esta teorização estapafúrdia. Anos de desrespeito para com os sócios, aliados a uma certa vaidade presunçosa, conduziram a isto. O sócio, às tantas, até já acredita que os insucessos derivam de culpa sua, mesmo quando a única coisa que fez foi, na verdade, demonstrar desagrado para com a prestação da sua equipa (que, como está bom de ver, jogava mal por culpa sua).