Final portuguesa: ABC vence em Praga e faz final com Benfica
Anabela Macedo
O ABC de Braga está na final da Taça Challenge, pelo segundo ano consecutivo. A final será integralmente portuguesa, com ABC e Benfica a marcarem presença na final. Além de garantida a vitória na competição europeia, para Portugal, garantia ainda da presença de cinco equipas portuguesas nas competições europeias, uma vez que ABC ou Benfica vão ceder a vaga na Taça Challenge, para o quinto classificado do campeonato, uma vez que os quatro primeiros já tinham o acesso garantido.
Vitória por 29-33, em Praga, frente ao Dukla. após um primeiro encontro difícil, em Braga, com vitória por apenas um golo, o ABC conseguiu impor-se novamente, para garantir, a passagem à final.
Para o ABC, será a segunda final da Taça Challenge consecutiva, a terceira da sua história. Nota ainda para uma final da Liga dos Campeões, com o dissabor de que o ABC terá, à quarta tentativa, a possibilidade de vencer uma competição europeia pela primeira vez. Até agora, são três derrotas, nas três finais. Para o Benfica, será a segunda final, sendo que também perdeu a primeira. Até à data, o Sporting, em 2009, é o único vencedor português na Europa, exclusividade que perderá ainda neste mês de Maio.
Entrou muito bem o ABC de Braga, com Humberto Gomes, a fazer um par de excelentes defesas, e a mostrar que, esta tarde, não ia ser fácil batê-lo. No ataque, um rapidíssimo Carlos Martins dava o mote e, em contra-ataque, abria o marcador. ABC na frente, uma vantagem que Pedro Spínola aumentou, para 2-0, em apenas dois minutos de jogo. Tardava a responder o Dukla e nem da linha de sete metros, Humberto se deixava enganar. Aos cinco minutos, vencia o ABC, por 3-1, após um excelente início.
No entanto, seguiu-se um péssimo momento do ABC, com alguns erros, e o Dukla, com um parcial de 5-0, fugia perigosamente no marcador (6-3). A equipa de Praga ainda liderou até ao 8-7, momento em que o ABC conseguiu uma excelente recuperação. Com um parcial de 6-0, concluído num bonito golo de Miguel Sarmento, o ABC liderava, aos 22 minutos, por 8-13 e os checos pareciam mais resignados, perante a melhor atuação da equipa bracarense.
A chegar aos 30 minutos, Diogo Branquinho fazia o 11-16, devolvendo a vantagem de cinco golos, à saída para o intervalo.
O segundo tempo abriu quase da mesma forma que o primeiro, com Carlos Martins a fazer o 11-17, na maior vantagem do encontro. O Dukla mostrou sempre acreditar na reviravolta, obrigando o ABC a exibir-se sempre ao melhor nível. Humberto Gomes continuava a brilhar na baliza, enquanto que no ataque, Pedro Spínola se mostrava um quebra-cabeças para a equipa adversária. O ABC foi sempre mantendo o Dukla à distância, conservando vantagens entre os quatro e os cinco golos.
Aos 15 minutos do encontro, o ABC vencia por 21-26, após mais um golo de Spínola. No entanto, a equipa de Praga foi sempre respondendo e conseguiu mesmo reduzir a desvantagem nos últimos minutos. Carlos Resende tentou gerir o plantel, e fez entrar Emanuel Ribeiro, para a baliza, mas também André Gomes e Oleksandr Nekrushets, na primeira linha. À entrada para os dez minutos finais, a vantagem do ABC era de apenas três golos (24-27) e o público da casa não deixava a equipa desistir da eliminatória. Mas, o ABC conseguiu sempre manter a concentração e, à entrada para os cinco minutos finais, Pedro Spínola conseguiu mesmo aumentar para seis os golos de vantagem (25-31). No final, 29-33 num encontro muito bem conseguido pelo ABC.
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