(continuação)
Bola na Rede: Já que estamos a falar desse assunto, queria perguntar-te se sentes falta de mais momentos desses no futebol, ou seja, a partilha e a confluência entre jogadores e adeptos?
Artur Jorge: Sim, porque não? Agora não porque estamos num contexto completamente diferente e específico e não vale a pena estar aqui a repetir tudo o que já foi dito. Eu acho que está intimamente ligado o jogador, ou o jogo em si, ao adepto. Tanto é que agora vivemos a experiência de jogar sem adeptos e é horrível. Não acredito que haja algum jogador que goste disto ou que possa retirar algum prazer disto. Porque não essas iniciativas fora do campo? Um jogador sente-se valorizado porque existem pessoas a apreciar o seu trabalho, o adepto fica super realizado. Normalmente, nota-se que os clubes já começam a fazer esse tipo de coisas. Acho que é importante e benéfico para todas as partes!
Bola na Rede: No final da temporada transata, encerras mais um capítulo. Certo que da forma que menos querias e desejavas porque o Setúbal acabou por descer de divisão. Vi um post teu na internet acerca da despedida, onde é percetível o agradecimento que fazes a todos os que caminharam contigo, dos jogadores ao staff. Que momentos é que guardas com mais sentimento de pertença e carinho?
Artur Jorge: Imensos! Nos dois anos tivemos grupos muito bons, mas o staff que ali trabalha é muito bom. Não só a nível profissional, mas também pessoal. Eles trabalham ali quase por amor à camisola. São pessoas que estão ali todo o dia, de manhã à noite, que dão quase a vida pelo clube e nós sentimos muito isso. A parte da rouparia, as senhoras do pequeno-almoço. Tudo isso! Estavas ali dentro e sentias aquilo como uma família. O ambiente era muito propício a isso. por trás, o clube tem uma grandeza irreconhecível – Setúbal é uma cidade muito grande, muito mais o distrito então. Eu acredito que existam poucos clubes na Primeira Liga a ter a massa adepta que o Vitória tem e quantidade de pessoas que seguem e acarinham o clube. A gabarem-te tanto num restaurante, num café, numa simples saída.
Artur Jorge anuncia saída do Vitória de Setúbal. https://t.co/38IsnOMpDq
https://twitter.com/CabineSport/status/1301799747246854144?ref_src=twsrc%5Etfw
Bola na Rede: O Vitória SC, talvez…
Artur Jorge: Sim, sim. Mas se nos referirmos a mais de metade dos clubes da Primeira Liga – e eu não quero estar aqui a dizer nomes – nenhum tem este tipo de História que o Vitória de Setúbal tem. Seguramente! Infelizmente, o clube atravessava uma crise financeira desde há muitos anos atrás. Eu passei ali momentos muito simples com as pessoas, mas ao mesmo tempo muito agradáveis. Mesmo dentro do campo, nos dois anos, temos momentos incríveis. No meu primeiro ano, fomos a Chaves e selamos a manutenção. Quem perdesse, praticamente descia. Mobilizaram-se imensas pessoas de Setúbal para nos ver vencer o GD Chaves. Eles desceram nesse ano. No ano passado, vamos a Alvalade a precisar de pontuar. Empatamos e a receção na chegada ao aeroporto é fantástica! Digna de clube grande! Foram, sem dúvida, momentos que me fizeram ver a grandeza do clube! Foi devido a isso, de facto, que me de muito prazer jogar lá. Esquecendo todos os problemas administrativos. Não pensavas naquilo também. Esquecias-te de tudo.
Bola na Rede: À próxima pergunta; não sei se me vais responder. Fizeste a tua formação e cresceste no SC Braga; tiveste dois anos em Setúbal fantásticos, como me acabas de dizer. Pode dizer-se que os dois clubes ocupam o mesmo lugar no teu coração?
Artur Jorge: Ocupam os dois lugares no meu coração, apesar de estarem em sítios diferentes. Com o SC Braga, eu tenho uma relação distinta. A começar pela relação familiar. Aconteça o que acontecer, é uma ligação muito íntima. O trajeto do meu pai, a forma como cresci. Passei os meus anos todos dentro do clube. É diferente! Quanto a Setúbal, antes de lá chegar não me dizia rigorosamente nada. Mas, depois, considero ser a cidade que melhor me tratou, onde me reconheciam e reconheciam o que fazia, onde fui eleito 10/15 vezes para o onze da jornada. Isto faz-me gostar do clube! Ali consegui ter sucesso. Lugares diferentes, mas os dois no meu coração.
b] - Segunda aventura europeia, o futuro e uma brincadeira final
«Comecei logo a jogar desde que cheguei e conquistei um papel interessante na equipa»[/b]
Bola na Rede: Na presente época, foste transferido para o APOEL, no Chipre, embarcando assim na tua segunda aventura europeia. Como tem sido a tua adaptação ao clube? Vives aí sozinho, com a família, com amigos?
Artur Jorge: Estou a viver com a minha mulher e com o meu filho, que inclusive nasceu aqui no Chipre. Em relação à adaptação, foi pacífica. É um país fácil de viver, com bom clima, tem umas diferenças obviamente do nosso país. Mas adaptei-me de forma muito natural. Fui muito bem recebido no clube, as condições de trabalho são impecáveis! Sentes e sabes que estás num clube muito grande, era campeão há oito anos seguidos. Tens sempre essa pressão e nós sentimo-la. Comecei logo a jogar desde que cheguei e conquistei um papel interessante na equipa. As coisas foram correndo bem a nível individual e isso ajuda muito na adaptação.
Artur Jorge saiu do Vitória de Setúbal e é reforço do APOEL, de Chipre. Assinou por 2 anos. https://t.co/L8iA3DqjhW
https://twitter.com/CabineSport/status/1302263131524280321?ref_src=twsrc%5Etfw
Bola na Rede: Mais em cima, falamos da relação e interação adepto-jogador. Esse facto foi altamente prejudicado pela vinda da pandemia. Como te sentes a jogar constantemente em estádios vazios?
Artur Jorge: É muito, muito estranho! Não se retira prazer e adrenalina do próprio jogo. É completamente distinto! No que é que algumas crianças pensam quando crescerem? Elas querem ser jogadoras de futebol, jogar com o estádio cheio e em altos patamares. É isto! Se formos à essência do futebol, é isto: ter a claque a cantar, ter bandeiras ao vento, luzes, ver tudo isso! às vezes, dá a sensação de que aquilo é um treino ou um jogo de pré-época. Nós, este ano, já jogamos playoffs de acesso à Liga Europa e dérbis contra o Omonia. É completamente absurdo. Fora do estádio, não existe ninguém porque está a polícia a controlar tudo, porque há confinamento obrigatório, porque as pessoas não podem sair de casa. Dentro do estádio, ouves os jogadores a trocar ideias e a falar, como se fosse um treino! Eles mostram muitos vídeos de como era no passado. Sinto muita pena de não estar a desfrutar dos ambientes que se vivem aqui.
Bola na Rede: Sabemos que, provavelmente, não pensaste sobre o que te vou perguntar. Tens em mente um regresso a Portugal ou pensas continuar a traçar o trilho europeu?
Artur Jorge: Admitir, admito. É o meu país. Adoro a Liga. Agora, olhando para a minha carreira e para aquilo que pretendo, acredito que passarei os próximos anos fora pelo que muitos jogadores relatam. Mas sim, acredito num regresso a Portugal! Estou sempre aberto a ouvir as abordagens e nunca direi de forma prévia que não.
Bola na Rede: Atualmente, com 26 anos, já pensaste o que fazer quando pendurares as chuteiras? Sabemos que é um bocadinho cedo, mas podes já ter tudo alinhavado…
Artur Jorge: Repara, eu posso ter uma ideia e amanhã já não a ter. As coisas mudam rapidamente. Durante estes anos todos que ainda espero jogar, a verdade é que depois a vida se altera e tu até tens novos planos… neste momento, obviamente, é lógico que não me vejo a fazer outra coisa no trabalho, no meu dia a dia. Porque também já tenho outras áreas onde tenho investimentos. É o que fiz desde sempre, é o que amo e é o que quero fazer. Tenho este tempo todo para me preparar, para fazer tudo da melhor maneira e exercer a melhor função naquilo que fizer.
Bola na Rede: Vamos agora deixar estes momentos mais sérios. Para finalizar, o que achas de fazermos uma brincadeira?
Artur Jorge: Claro que sim!
Bola na Rede: Tem cuidado, porque isto está a ser gravado e, com as respostas que deres, podes ferir suscetibilidades. Pedia-te, assim muito rápido, um TOP 3 de jogadores mais engraçados/ peritos na arte de fazer partidas com quem partilhaste o balneário.
Artur Jorge: Tenho que fazer um exercício de memória (risos). Um TOP 3? (suspiro)… Pedro Santos, no SC Braga. A parte do engraçado e também das partidas. Ele tinha muitas partidas em SC Braga. Muito engraçado passar o dia com ele. Era um rapaz muito divertido. Depois, o Berto, do Vitória de Setúbal. Sempre muito engraçado, a dançar, a ouvir música muito alto, na maior parte dos dias. E o Mansilla, que joga agora no SC Farense.
Bola na Rede: Numeraste isso do 1.º para o 3.º ou do 3.º para o 1.º?
Artur Jorge: Não sei, não sei (risos). Os três à sua maneira, eram os três muito divertidos, com um certo grau de maluquice, positiva, obviamente. Posso estar a esquecer-me de alguém, mas foram os que me vieram logo à cabeça.
Bola na Rede: A segunda pergunta é outsider deste lote de quatro. Primeiro os cereais, o leite ou nenhum dos dois porque os teus cuidados alimentares não permitem isso?
Artur Jorge: Quando como leite com cereais, sempre primeiro o leite.
Bola na Rede: Imagina que ias fazer uma viagem e que só podias escolher um jogador e um treinador para te acompanhar, obrigatoriamente. Quem escolhias?
Artur Jorge: Jogador é o Nené, do CD Santa Clara, que é o meu melhor amigo, já desde infância. Um treinador (risos), não sei quem podia escolher… escolhia o meu pai, Artur Jorge, treinador dos sub-23 do SC Braga. Escolhia-o a ele! E era bom porque íamos todos em família.
Bola na Rede: Por último! Preferias apagar o teu perfil de Instagram ou aquele autogolo aos 14 segundos?
Artur Jorge: (risos). O autogolo, sem dúvida nenhuma. Era o único momento da minha carreira que apagava, caso tivesse oportunidade.
em: https://bolanarede.pt/internacional/restodomundo/anos-vitoriafc-desfrutei-jogar-entrevista-bnr-com-artur-jorge/
Bola na Rede: Já que estamos a falar desse assunto, queria perguntar-te se sentes falta de mais momentos desses no futebol, ou seja, a partilha e a confluência entre jogadores e adeptos?
Artur Jorge: Sim, porque não? Agora não porque estamos num contexto completamente diferente e específico e não vale a pena estar aqui a repetir tudo o que já foi dito. Eu acho que está intimamente ligado o jogador, ou o jogo em si, ao adepto. Tanto é que agora vivemos a experiência de jogar sem adeptos e é horrível. Não acredito que haja algum jogador que goste disto ou que possa retirar algum prazer disto. Porque não essas iniciativas fora do campo? Um jogador sente-se valorizado porque existem pessoas a apreciar o seu trabalho, o adepto fica super realizado. Normalmente, nota-se que os clubes já começam a fazer esse tipo de coisas. Acho que é importante e benéfico para todas as partes!
Bola na Rede: No final da temporada transata, encerras mais um capítulo. Certo que da forma que menos querias e desejavas porque o Setúbal acabou por descer de divisão. Vi um post teu na internet acerca da despedida, onde é percetível o agradecimento que fazes a todos os que caminharam contigo, dos jogadores ao staff. Que momentos é que guardas com mais sentimento de pertença e carinho?
Artur Jorge: Imensos! Nos dois anos tivemos grupos muito bons, mas o staff que ali trabalha é muito bom. Não só a nível profissional, mas também pessoal. Eles trabalham ali quase por amor à camisola. São pessoas que estão ali todo o dia, de manhã à noite, que dão quase a vida pelo clube e nós sentimos muito isso. A parte da rouparia, as senhoras do pequeno-almoço. Tudo isso! Estavas ali dentro e sentias aquilo como uma família. O ambiente era muito propício a isso. por trás, o clube tem uma grandeza irreconhecível – Setúbal é uma cidade muito grande, muito mais o distrito então. Eu acredito que existam poucos clubes na Primeira Liga a ter a massa adepta que o Vitória tem e quantidade de pessoas que seguem e acarinham o clube. A gabarem-te tanto num restaurante, num café, numa simples saída.
Artur Jorge anuncia saída do Vitória de Setúbal. https://t.co/38IsnOMpDq
https://twitter.com/CabineSport/status/1301799747246854144?ref_src=twsrc%5Etfw
Bola na Rede: O Vitória SC, talvez…
Artur Jorge: Sim, sim. Mas se nos referirmos a mais de metade dos clubes da Primeira Liga – e eu não quero estar aqui a dizer nomes – nenhum tem este tipo de História que o Vitória de Setúbal tem. Seguramente! Infelizmente, o clube atravessava uma crise financeira desde há muitos anos atrás. Eu passei ali momentos muito simples com as pessoas, mas ao mesmo tempo muito agradáveis. Mesmo dentro do campo, nos dois anos, temos momentos incríveis. No meu primeiro ano, fomos a Chaves e selamos a manutenção. Quem perdesse, praticamente descia. Mobilizaram-se imensas pessoas de Setúbal para nos ver vencer o GD Chaves. Eles desceram nesse ano. No ano passado, vamos a Alvalade a precisar de pontuar. Empatamos e a receção na chegada ao aeroporto é fantástica! Digna de clube grande! Foram, sem dúvida, momentos que me fizeram ver a grandeza do clube! Foi devido a isso, de facto, que me de muito prazer jogar lá. Esquecendo todos os problemas administrativos. Não pensavas naquilo também. Esquecias-te de tudo.
Bola na Rede: À próxima pergunta; não sei se me vais responder. Fizeste a tua formação e cresceste no SC Braga; tiveste dois anos em Setúbal fantásticos, como me acabas de dizer. Pode dizer-se que os dois clubes ocupam o mesmo lugar no teu coração?
Artur Jorge: Ocupam os dois lugares no meu coração, apesar de estarem em sítios diferentes. Com o SC Braga, eu tenho uma relação distinta. A começar pela relação familiar. Aconteça o que acontecer, é uma ligação muito íntima. O trajeto do meu pai, a forma como cresci. Passei os meus anos todos dentro do clube. É diferente! Quanto a Setúbal, antes de lá chegar não me dizia rigorosamente nada. Mas, depois, considero ser a cidade que melhor me tratou, onde me reconheciam e reconheciam o que fazia, onde fui eleito 10/15 vezes para o onze da jornada. Isto faz-me gostar do clube! Ali consegui ter sucesso. Lugares diferentes, mas os dois no meu coração.
b] - Segunda aventura europeia, o futuro e uma brincadeira final
«Comecei logo a jogar desde que cheguei e conquistei um papel interessante na equipa»[/b]
Bola na Rede: Na presente época, foste transferido para o APOEL, no Chipre, embarcando assim na tua segunda aventura europeia. Como tem sido a tua adaptação ao clube? Vives aí sozinho, com a família, com amigos?
Artur Jorge: Estou a viver com a minha mulher e com o meu filho, que inclusive nasceu aqui no Chipre. Em relação à adaptação, foi pacífica. É um país fácil de viver, com bom clima, tem umas diferenças obviamente do nosso país. Mas adaptei-me de forma muito natural. Fui muito bem recebido no clube, as condições de trabalho são impecáveis! Sentes e sabes que estás num clube muito grande, era campeão há oito anos seguidos. Tens sempre essa pressão e nós sentimo-la. Comecei logo a jogar desde que cheguei e conquistei um papel interessante na equipa. As coisas foram correndo bem a nível individual e isso ajuda muito na adaptação.
Artur Jorge saiu do Vitória de Setúbal e é reforço do APOEL, de Chipre. Assinou por 2 anos. https://t.co/L8iA3DqjhW
https://twitter.com/CabineSport/status/1302263131524280321?ref_src=twsrc%5Etfw
Bola na Rede: Mais em cima, falamos da relação e interação adepto-jogador. Esse facto foi altamente prejudicado pela vinda da pandemia. Como te sentes a jogar constantemente em estádios vazios?
Artur Jorge: É muito, muito estranho! Não se retira prazer e adrenalina do próprio jogo. É completamente distinto! No que é que algumas crianças pensam quando crescerem? Elas querem ser jogadoras de futebol, jogar com o estádio cheio e em altos patamares. É isto! Se formos à essência do futebol, é isto: ter a claque a cantar, ter bandeiras ao vento, luzes, ver tudo isso! às vezes, dá a sensação de que aquilo é um treino ou um jogo de pré-época. Nós, este ano, já jogamos playoffs de acesso à Liga Europa e dérbis contra o Omonia. É completamente absurdo. Fora do estádio, não existe ninguém porque está a polícia a controlar tudo, porque há confinamento obrigatório, porque as pessoas não podem sair de casa. Dentro do estádio, ouves os jogadores a trocar ideias e a falar, como se fosse um treino! Eles mostram muitos vídeos de como era no passado. Sinto muita pena de não estar a desfrutar dos ambientes que se vivem aqui.
Bola na Rede: Sabemos que, provavelmente, não pensaste sobre o que te vou perguntar. Tens em mente um regresso a Portugal ou pensas continuar a traçar o trilho europeu?
Artur Jorge: Admitir, admito. É o meu país. Adoro a Liga. Agora, olhando para a minha carreira e para aquilo que pretendo, acredito que passarei os próximos anos fora pelo que muitos jogadores relatam. Mas sim, acredito num regresso a Portugal! Estou sempre aberto a ouvir as abordagens e nunca direi de forma prévia que não.
Bola na Rede: Atualmente, com 26 anos, já pensaste o que fazer quando pendurares as chuteiras? Sabemos que é um bocadinho cedo, mas podes já ter tudo alinhavado…
Artur Jorge: Repara, eu posso ter uma ideia e amanhã já não a ter. As coisas mudam rapidamente. Durante estes anos todos que ainda espero jogar, a verdade é que depois a vida se altera e tu até tens novos planos… neste momento, obviamente, é lógico que não me vejo a fazer outra coisa no trabalho, no meu dia a dia. Porque também já tenho outras áreas onde tenho investimentos. É o que fiz desde sempre, é o que amo e é o que quero fazer. Tenho este tempo todo para me preparar, para fazer tudo da melhor maneira e exercer a melhor função naquilo que fizer.
Bola na Rede: Vamos agora deixar estes momentos mais sérios. Para finalizar, o que achas de fazermos uma brincadeira?
Artur Jorge: Claro que sim!
Bola na Rede: Tem cuidado, porque isto está a ser gravado e, com as respostas que deres, podes ferir suscetibilidades. Pedia-te, assim muito rápido, um TOP 3 de jogadores mais engraçados/ peritos na arte de fazer partidas com quem partilhaste o balneário.
Artur Jorge: Tenho que fazer um exercício de memória (risos). Um TOP 3? (suspiro)… Pedro Santos, no SC Braga. A parte do engraçado e também das partidas. Ele tinha muitas partidas em SC Braga. Muito engraçado passar o dia com ele. Era um rapaz muito divertido. Depois, o Berto, do Vitória de Setúbal. Sempre muito engraçado, a dançar, a ouvir música muito alto, na maior parte dos dias. E o Mansilla, que joga agora no SC Farense.
Bola na Rede: Numeraste isso do 1.º para o 3.º ou do 3.º para o 1.º?
Artur Jorge: Não sei, não sei (risos). Os três à sua maneira, eram os três muito divertidos, com um certo grau de maluquice, positiva, obviamente. Posso estar a esquecer-me de alguém, mas foram os que me vieram logo à cabeça.
Bola na Rede: A segunda pergunta é outsider deste lote de quatro. Primeiro os cereais, o leite ou nenhum dos dois porque os teus cuidados alimentares não permitem isso?
Artur Jorge: Quando como leite com cereais, sempre primeiro o leite.
Bola na Rede: Imagina que ias fazer uma viagem e que só podias escolher um jogador e um treinador para te acompanhar, obrigatoriamente. Quem escolhias?
Artur Jorge: Jogador é o Nené, do CD Santa Clara, que é o meu melhor amigo, já desde infância. Um treinador (risos), não sei quem podia escolher… escolhia o meu pai, Artur Jorge, treinador dos sub-23 do SC Braga. Escolhia-o a ele! E era bom porque íamos todos em família.
Bola na Rede: Por último! Preferias apagar o teu perfil de Instagram ou aquele autogolo aos 14 segundos?
Artur Jorge: (risos). O autogolo, sem dúvida nenhuma. Era o único momento da minha carreira que apagava, caso tivesse oportunidade.
em: https://bolanarede.pt/internacional/restodomundo/anos-vitoriafc-desfrutei-jogar-entrevista-bnr-com-artur-jorge/