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Sp. Braga vence Guimarães e segue na Taça de Portugal
DESPORTO
2014-11-24visitas (83)comentários (0)
autor
Joana Russo Belo
contactar1050
Uma alma imensa. Num dérbi de alta voltagem, emoção e sofrimento até ao apito final. O Sp. Braga está nos oitavos-de-final da Taça de Portugal, depois de ter eliminado o V. Guimarães, por 2-1, naquela que foi também a primeira vitória fora de portas esta temporada dos guerreiros, enquanto os vimaranenses sofreram a primeira derrota da época no D. Afonso Henriques.
Num grande hino ao futebol, o jogo teve tudo o que um dérbi deve ter: emoção, intensidade elevada, ritmo alto, ambiente brutal nas bancadas, golos e casos à mistura.
Entrada forte das duas equipas, com o Vitória, logo no primeiro minuto, a deixar um aviso, com Alex a rematar para defesa de Kritciuk, o eleito de Sérgio Conceição na baliza bracarense. A resposta bracarense foi imediata. Pardo centrou para Éder que, de cabeça, esteve perto de marcar, valeu Bruno Gaspar a cortar em cima da linha de golo.
Num começo de jogo alucinante, disputado a todo o gás, os vimaranenses responderam por Hernâni, que rematou para defesa apertada de Kritciuk. O russo voltou a aplicar-se ao desviar com uma palmada um pontapé de canto, quando Tomané se preparava para encostar.
Aos 20 minutos, um dos casos da partida: Rúben Micael caiu na área numa luta com Traoré, ficou a pedir penálti, Duarte Gomes mandou seguir, mas o lance deixou muitas dúvidas, ficando uma grande penalidade por apontar a favor dos bracarenses.
Com duas equipas em campo a jogarem de peito aberto, sem medo, as oportunidades sucederam-se e Éder esteve perto do golo, após grande passe de Danilo, com o remate do internacional a sair cruzado e a rasar o poste. Adivinhava-se o golo, que surgiu pouco depois. Em dois minutos letais, o Sp. Braga chegou à vantagem.
Primeiro com um golaço, verdadeira obra de arte de Rafa. O extremo meteu a bola por cima de um adversário, entrou na área e disparou de pé direito ao ângulo. Um brilhante momento de inspiração.
Ainda se festejava e Pardo ampliou. Éder pressionou Traoré e o colombiano desmarcou-se, atirando pelo meio das pernas de Assis.
No segundo tempo, as emoções redobraram, com 45 minutos impróprios para cardíacos. Tomané obrigou Kritciuk a defesa apertada, num lance em que se gritou golo no D. Afonso Henriques e depois novo lance confuso deixou dúvidas e ao que pareceu uma grande penalidade por marcar a favor dos vimaranenses, por mão de André Pinto.
E foi de grande penalidade que o Vitória reduziu, após falta de Goiano, que foi expulso na sequência do lance. Chamado a converter, André André atirou em cheio para o golo.
A jogar com dez e sem o lateral, Conceição teve de mudar a estratégia, lançou Pedro Santos (mas o extremo sentiu dificuldades no papel de defesa) e depois Sasso, adaptado a lateral. Em superioridade numérica, o Vitória carregou intensamente à procura do empate, com minutos finais de nervos à flor da pele. Mas foi mais forte o coração enorme de guerreiro.
Rui Vitória: “Derrota não belisca a nossa postura”
Foi a primeira derrota no Estádio D. Afonso Henriques e a segunda da brilhante temporada que o V. Guimarães está a realizar. Mas não será a eliminação da Taça de Portugal que vai beliscar a equipa vimaranense. As pala vras são de Rui Vitória, técnico que elogiou a determinação e carácter dos jovens atletas, traídos por duas desatenções, que deram o triunfo, ontem, ao Sp. Braga.
“Durante o jogo todo fomos uma equipa boa, sabíamos o que tínhamos de fazer com identidade. Houve três minutos em que o Sp. Braga acaba por fazer dois golos, mas isso não belisca a postura que tivemos hoje [ontem]. Parece-me que o Sp. Braga foi feliz, lutou, trabalhou, mas nós fizemos o que tínhamos que fazer para vencer. Tivemos sempre muito mais o controlo do jogo e foram duas desatenções que acabaram por perturbar”, sublinhou o treinador vimaranense, admitindo que o resultado “é injusto”.
“O futebol é isto. Não digo que temos de levantar a cabeça, porque a cabeça não está baixa. Há uma revolta maior de querer mostrar no próximo jogo. Tivemos sempre grande determinação e convicção, mas fomos infelizes”, frisou o técnico.
Lembrando que o Sp. Braga “é recheado de bons jogadores”, Rui Vitória elogiou a qualidade da jovem equipa vimaranense: “nós também temos, há jovens com potencial e valor. Foi uma ou duas desatenções que acontecem em qualquer jogo, hoje [ontem] foi o Sp. Braga mais feliz, noutra altura seremos nós. Ficaria chateado se não tivéssemos determinação e convicção. Fomos uma equipa muito mais ofensiva e com mais remates.”
Sérgio Conceição: “Uma das quatro melhores equipas”
Os olhos estão postos no Jamor desde o início da temporada - num dos objectivos já assumidos pelo clube bracarense - por isso, Sérgio Conceição estava visivelmente feliz no final da partida em Guimarães, que carimbou a presença nos oitavos-de-final da Taça de Portugal.
“Esperávamos esta intensidade até porque sabíamos que seria difícil, pela excelente equipa do Vitória de Guimarães, extremamente moralizada e recheada de jovens valores potenciados ao máximo por um grande treinador. Se não tivéssemos a intensidade e a organização que tivemos, não teria sido possível. Conseguimos o nosso objectivo, num campo difícil. Este era um jogo de nível elevado”, sublinhou o técnico arsenalista, elogiando a atitude guerreira dos atletas.
“Fomos briosos, os jogadores foram fantásticos”, destacou, sem deixar passar em branco a actuação da equipa de arbitragem de Duarte Gomes.
“Se não falar da arbitragem pensam que só falo quando perco. Tenho de falar de algumas situações que podiam ter condicionado: na primeira parte, houve uma grande penalidade sobre o Rúben Micael que não foi assinalada e tivemos uma quantidade de amarelos que não é normal. Não devia ter havido tantos amarelos, pois isso condiciona o nosso jogo, às vezes é pior ter muitos amarelos do que sofrer um pénalti. E o penálti assinalado para o Vitória não era”.
Lembrando que a Taça de Portugal é uma das metas, Conceição reforçou o sonho do Jamor.
“O objectivo de início de época é chegar o mais longe possível, queimando etapas. Estamos nos oitavos e agora há que olhar para o campeonato. Queremos vencer o Penafiel e regressar aos lugares que ambicionamos. Somos uma das quatro melhores equipas nacionais”, rematou.
DESPORTO
2014-11-24visitas (83)comentários (0)
autor
Joana Russo Belo
contactar1050
Uma alma imensa. Num dérbi de alta voltagem, emoção e sofrimento até ao apito final. O Sp. Braga está nos oitavos-de-final da Taça de Portugal, depois de ter eliminado o V. Guimarães, por 2-1, naquela que foi também a primeira vitória fora de portas esta temporada dos guerreiros, enquanto os vimaranenses sofreram a primeira derrota da época no D. Afonso Henriques.
Num grande hino ao futebol, o jogo teve tudo o que um dérbi deve ter: emoção, intensidade elevada, ritmo alto, ambiente brutal nas bancadas, golos e casos à mistura.
Entrada forte das duas equipas, com o Vitória, logo no primeiro minuto, a deixar um aviso, com Alex a rematar para defesa de Kritciuk, o eleito de Sérgio Conceição na baliza bracarense. A resposta bracarense foi imediata. Pardo centrou para Éder que, de cabeça, esteve perto de marcar, valeu Bruno Gaspar a cortar em cima da linha de golo.
Num começo de jogo alucinante, disputado a todo o gás, os vimaranenses responderam por Hernâni, que rematou para defesa apertada de Kritciuk. O russo voltou a aplicar-se ao desviar com uma palmada um pontapé de canto, quando Tomané se preparava para encostar.
Aos 20 minutos, um dos casos da partida: Rúben Micael caiu na área numa luta com Traoré, ficou a pedir penálti, Duarte Gomes mandou seguir, mas o lance deixou muitas dúvidas, ficando uma grande penalidade por apontar a favor dos bracarenses.
Com duas equipas em campo a jogarem de peito aberto, sem medo, as oportunidades sucederam-se e Éder esteve perto do golo, após grande passe de Danilo, com o remate do internacional a sair cruzado e a rasar o poste. Adivinhava-se o golo, que surgiu pouco depois. Em dois minutos letais, o Sp. Braga chegou à vantagem.
Primeiro com um golaço, verdadeira obra de arte de Rafa. O extremo meteu a bola por cima de um adversário, entrou na área e disparou de pé direito ao ângulo. Um brilhante momento de inspiração.
Ainda se festejava e Pardo ampliou. Éder pressionou Traoré e o colombiano desmarcou-se, atirando pelo meio das pernas de Assis.
No segundo tempo, as emoções redobraram, com 45 minutos impróprios para cardíacos. Tomané obrigou Kritciuk a defesa apertada, num lance em que se gritou golo no D. Afonso Henriques e depois novo lance confuso deixou dúvidas e ao que pareceu uma grande penalidade por marcar a favor dos vimaranenses, por mão de André Pinto.
E foi de grande penalidade que o Vitória reduziu, após falta de Goiano, que foi expulso na sequência do lance. Chamado a converter, André André atirou em cheio para o golo.
A jogar com dez e sem o lateral, Conceição teve de mudar a estratégia, lançou Pedro Santos (mas o extremo sentiu dificuldades no papel de defesa) e depois Sasso, adaptado a lateral. Em superioridade numérica, o Vitória carregou intensamente à procura do empate, com minutos finais de nervos à flor da pele. Mas foi mais forte o coração enorme de guerreiro.
Rui Vitória: “Derrota não belisca a nossa postura”
Foi a primeira derrota no Estádio D. Afonso Henriques e a segunda da brilhante temporada que o V. Guimarães está a realizar. Mas não será a eliminação da Taça de Portugal que vai beliscar a equipa vimaranense. As pala vras são de Rui Vitória, técnico que elogiou a determinação e carácter dos jovens atletas, traídos por duas desatenções, que deram o triunfo, ontem, ao Sp. Braga.
“Durante o jogo todo fomos uma equipa boa, sabíamos o que tínhamos de fazer com identidade. Houve três minutos em que o Sp. Braga acaba por fazer dois golos, mas isso não belisca a postura que tivemos hoje [ontem]. Parece-me que o Sp. Braga foi feliz, lutou, trabalhou, mas nós fizemos o que tínhamos que fazer para vencer. Tivemos sempre muito mais o controlo do jogo e foram duas desatenções que acabaram por perturbar”, sublinhou o treinador vimaranense, admitindo que o resultado “é injusto”.
“O futebol é isto. Não digo que temos de levantar a cabeça, porque a cabeça não está baixa. Há uma revolta maior de querer mostrar no próximo jogo. Tivemos sempre grande determinação e convicção, mas fomos infelizes”, frisou o técnico.
Lembrando que o Sp. Braga “é recheado de bons jogadores”, Rui Vitória elogiou a qualidade da jovem equipa vimaranense: “nós também temos, há jovens com potencial e valor. Foi uma ou duas desatenções que acontecem em qualquer jogo, hoje [ontem] foi o Sp. Braga mais feliz, noutra altura seremos nós. Ficaria chateado se não tivéssemos determinação e convicção. Fomos uma equipa muito mais ofensiva e com mais remates.”
Sérgio Conceição: “Uma das quatro melhores equipas”
Os olhos estão postos no Jamor desde o início da temporada - num dos objectivos já assumidos pelo clube bracarense - por isso, Sérgio Conceição estava visivelmente feliz no final da partida em Guimarães, que carimbou a presença nos oitavos-de-final da Taça de Portugal.
“Esperávamos esta intensidade até porque sabíamos que seria difícil, pela excelente equipa do Vitória de Guimarães, extremamente moralizada e recheada de jovens valores potenciados ao máximo por um grande treinador. Se não tivéssemos a intensidade e a organização que tivemos, não teria sido possível. Conseguimos o nosso objectivo, num campo difícil. Este era um jogo de nível elevado”, sublinhou o técnico arsenalista, elogiando a atitude guerreira dos atletas.
“Fomos briosos, os jogadores foram fantásticos”, destacou, sem deixar passar em branco a actuação da equipa de arbitragem de Duarte Gomes.
“Se não falar da arbitragem pensam que só falo quando perco. Tenho de falar de algumas situações que podiam ter condicionado: na primeira parte, houve uma grande penalidade sobre o Rúben Micael que não foi assinalada e tivemos uma quantidade de amarelos que não é normal. Não devia ter havido tantos amarelos, pois isso condiciona o nosso jogo, às vezes é pior ter muitos amarelos do que sofrer um pénalti. E o penálti assinalado para o Vitória não era”.
Lembrando que a Taça de Portugal é uma das metas, Conceição reforçou o sonho do Jamor.
“O objectivo de início de época é chegar o mais longe possível, queimando etapas. Estamos nos oitavos e agora há que olhar para o campeonato. Queremos vencer o Penafiel e regressar aos lugares que ambicionamos. Somos uma das quatro melhores equipas nacionais”, rematou.
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