Tudo o que seja abandonarmos a zona do "parque norte" para mim é uma aberração e mais um desrespeito pela cidade e pelos bracarenses (sejam braguistas ou não). "Ah mas não fomos nós que escolhemos fazer assim o estádio" certo, mas ocupámo-lo por 30 anos (durante uma parte aparentemente só pagavamos o aluguer de um T0 nas parretas) e fizemos uma estrutura megalómana ao seu lado (necessária, contudo, mas aí já não há problema em ficar ali, nem problemas de acessibilidades), com doações à mistura (e o chefão ainda tem a lata de dizer que a CMB nunca ajudou em nada). Remexer noutra zona da cidade (1°de Maio ou outra zona qualquer) era voltar a arriscar um passo errado. Ficando no sítio onde está, só se "estraga uma casa".
A CMB (ps ou psd) bem sabe que ninguém vai comprar aquele mamarracho. O Braga sabe que o mais certo é ficar com o bicho de borla. Temos de ver o que é que podemos mexer com o comilão do arquiteto, ver se as ancoragens estão boas ou não, se dá pra demolir e fazer de novo, mais afastado da pedra (4 bancadas, acessos a toda a volta). Quanto ao dinheiro a gastar quem acha que a reconstrução do 1° de Maio ia custar "só" 60M, que olhe para o custo atual da cidade desportiva (de 20 passou para 45, mais do dobro).
Acessos (teríamos o mesmo problema no 1° de Maio): acho que a malta ainda tá a viver na mentira do carro e ainda não percebeu que o futuro é o autocarro, principalmente em Braga que tem cada vez mais população (não, o nó de Infías não vai ser resolvido e a variante do Cávado vai servir de pouco se o paradigma da mobilidade não for mudado). Temos vários parques nas periferias de Braga (a saber: Eleclerc, Nova Arcada, Minho Center, eventualmente até podem existir mais). Neste momento só temos 3 linhas (que eu saiba) a servir os jogos. São precisas mais linhas e mais autocarros.
Adeptos adversários (se nos mantivermos no estádio com a configuração atual): mantê-los a entrar pela Alameda (ainda mais agora com o pavilhão e toda uma zona dedicada aos adeptos do Braga) é bater no ceguinho. Metê-los lá em cima é bater no ceguinho. O lugar deles é onde já estiveram: nos setores mais afastados da pedra, na poente inferior e superior. Levá-los pelo caminho que usamos na taça da liga. Mais isolados, com estacionamento só pra eles no meio do monte, mas já dentro dos portões.
Bares e elevadores: o projeto já está feito mas ficou na gaveta desde 2017. É fazer ou reformular se for necessário.
A parte do transporte públicos é interessante. O municipal é servido por 1 linha (ou até nenhuma). O 1º de maio diria que quase diretamente é servido por todas as linhas da cidade, ou com uma ligação fácil. Praticamente não seria necessário inventar nada.
Para o EMB meter mais linhas é quase impossível, teriam que ser todas criadas de raiz para os jogos (que é o que é feito) e praticamente impraticável. Não serão mais que 100 ou 200 pessoas a ir para os jogos de Bus isto depois de 20 anos. Qualquer pessoa fora da cidade ir ver um jogo à noite é impossível nos dias de hoje e nos outros dias é uma aventura só para malucos.
A noite branca (uso quase sempre) são João, etc, não é um bom exemplo, porque simplesmente as pessoas não tem hora especifica para chegar ou vir embora. NO jogo não dá para atrasar. Em 30 minutos do continente ao estádio o BUS faria 2 trajetos? Num jogo grande se calhar nem um... Para as freguesias mais distantes é impraticável, mais ainda com os horários dos jogos.
Eu também acho que o futuro é o autocarro, mas quando o carro deixar de ser futuro, já o Municipal se foi há muito! Alguém acredita que o Municipal vai durar 50 anos no ativo com as condicionantes que tem? Acho que é mais fácil o Braga fechar portas que isso acontecer.
Tudo o que o pessoal sugere continua a ser para fazer do estádio um estádio dos anos 50 do século passado ou pior que isso. Será para gastar dezenas de milhões e ficar uma porcaria na mesma, tem condicionantes de raiz que tornam impossível algumas das mudanças. Só mesmo mandando abaixo. Não esquecendo que não é só investir mais, obviamente os custos de manutenção também disparam e o retorno será zero, ou menos que isso, não esquecendo que em breve todos os serviços vão sair do estádio, incluindo o museu... já estão a imaginar o que vai sair dali em breve?! Um bunker completamente abandonado. O estádio vai ter uso em média de 3 em 3 semanas, de resto andarão por lá os tratadores da relva.
A academia ficar ou estar ali em nada implica o estádio. As condicionantes do estádio nada têm a ver com a academia, a não ser que a academia passe a ter 8, 10, 20 ou 30 mil pessoas ao mesmo tempo lá. (nem sei se algum clube tem a academia ao lado do estádio por essa europa fora). Diria (sem entrar na parte da cedência dos terrenos) que a academia ali faz todo o sentido, uma nova centralidade com o movimente diário. O estádio ali é um mono sem qualquer uso. Por exemplo passa agora 2/3 meses a ser uma inutilidade.