Bem.
O estádio é o que todos já sabemos e foi muito caro. Mas uma coisa é certa, mal ou bem pelo menos temos onde jogar.
No 1º de Maio nem cadeiras se pode colocar. Não vamos chutar para canto nem brincar com as coisas.
E depois o lagarto não devia comparar obras com envergaduras totalmente dispares. Comparar com o PEB? Onde se gastaram 9 M em tinta e ripas de madeira? Aquilo está exactamente igual com as excepções que já mencionei. Comparar com as obras da rodovia? Está bem mais bonito mas não é comparável. E ainda falta o desfecho das investigações. Comparar com obras que ainda não estão feitas como o nó de enfias (e que falta faziam) e das quais só existem (das que existem) estimativas em papel?
O Braga não tinha na altura nem tem actualmente capacidade para construir um estádio seu. A forma de melhorar a situação foi esta. Podia ter sido melhor e mais barata? Claro que sim.
Vou só lembrar que há exemplos do euro 2004 bem piores que o de Braga e outros que aproveitaram para diminuir a capacidade de lugares em vez de aumentar e, embora de outras formas bem camufladas, ficaram com os estádios para os clubes depois de beneficiarem com permutas, trocas e baldrocas por parte dos respectivos municipios.
Agora com a cidade desportiva, vamos "fabricar" paletes de vedetas para vender por muitos milhões (10% para o Braga) e daqui a uns anitos temos graveto para o nosso proprio estádio.
Mas na altura dava para recuperar o 1º de maio, como dava para ter optado pela 1ª variante a concurso-estádio tradicional com 4 bancadas.
O Braga não tinha condições, como não tinha nenhum clube. Os 3 grandes receberam avultadas compensações financeiras do Estado Central, os outros foram os municípios a arcar com os custos, e estádio do Bessa enterrou o Boavista (não fosse a cruz errada nas provas do apito dourado...).
Os outros até diminuíram capacidade? Foi uma má escolha, pois vê-se os estádios a abarrotar de pessoas.
O Estádio de Braga do ponto visto financeiro é o maior aborto. Só que o Braga não tem outro sítio para onde jogar (ao contrário do Farense, do Leiria que faliu, reabriu e chegou a jogar noutro sítio, ou o Beira-Mar, que agora lá jogam ali porque a Câmara também baixou a renda).
Olhar para um exemplo bem feito é só olhar para aqui ao lado.
Sobre as obras mencionadas por RR, que vem mais uma vez sacudir a água do capote, e enquanto se fala nisto, não se fala no Firmino Marques que foi enfiado para a AR com a imunidade parlamentar, fazem todo sentido. São tudo obras que beneficiam uma franja maior de munícipes por um custo mais reduzido, ou obras que não podem ser executadas porque o orçamento está todo cativo.
Sim, realmente não se pode comparar a necessidade de um complexo para a prática desportiva pelo cidadão comum, ou ter um pavilhão em condições que permita ao cidadão comum deixar de se deslocar ao Porto a Lisboa, com uma infraestrutura feita para usufruto de uma empresa privada que movimenta milhões.